sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Baú dos OVNIS

Episódio da série "Fenómeno" transmitida pela RTP2.




Restantes partes:

https://www.youtube.com/watch?v=ZLwjVN3Zg1Y

https://www.youtube.com/watch?v=8qotXudXH9U

https://www.youtube.com/watch?v=1aJJkYIVv7c

https://www.youtube.com/watch?v=pOERfwLsyZc

https://www.youtube.com/watch?v=V-h5yXLQH6k


Desinformação

Recentemente, tive a oportunidade de confirmar aquilo que não deveria surpreender ninguém. Dois exemplos que, na minha opinião, mostram duas coisas: alguns jornalistas não são isentos, e certos canais de televisão têm uma motivação ideológica e filosófica.

Em relação ao que pude ler numa revista bastante conhecida e que reúne bastantes leitores, o texto pareceu-me tendencioso, desinformação completa. E se não é feito de propósito, parece! Qual teria sido a razão? Bem, algumas dessas razões passam-me neste momento pela cabeça… Já é um tema gasto!

Sobre o canal de televisão (já com historial de debunking), o mesmo transmitiu um documentário, supostamente imparcial, mas que habilmente e em certos momentos pretendia induzir o espectador a não tirar nenhuma conclusão sobre o tema, criando dúvidas no espectador, mesmo quando seria legítimo tirar uma conclusão. 

Obviamente, ambos falavam sobre dois temas ligados ao mistério: o fenómeno OVNI (no caso do documentário) e a natureza da consciência (no caso da revista). Mas, mesmo quando falamos de outros assuntos menos misteriosos, por vezes também podemos notar falta de isenção que surge disfarçada de imparcialidade ou aparece de forma mais descarada.  

Não pretendo generalizar, sei que existem muitos tipos de jornalistas e jornalismos, e compreendo perfeitamente que por vezes é difícil ir contra a corrente. Mas sabemos muito bem que existem jornalistas que inclusivamente são pagos para fazerem determinados trabalhinhos, de forma a influenciar a opinião pública sobre os mais variados assuntos, são como mercenários. Outros simplesmente têm de obedecer a ordens que vêm de cima, ou então estão amarrados a determinadas ideias preconcebidas e isso transparece quando abordam certos temas (vão na corrente, a tal conformidade).

Acredito que os meios de comunicação mais convencionais exercem uma grande influência na população (em todo o mundo). Imaginando outras possibilidades, e salvo algumas excepções, não penso que estejam a fazer um bom trabalho (e para chegar a esta conclusão não precisamos de recorrer aos temas misteriosos…). 

Convém também dizer que o Cepticismo nasceu na Grécia e nada tem a ver com este tipo de cepticismo vulgarmente praticado, pois neste caso não se trata da dúvida, mas sim da negação dogmática, que é uma crença como qualquer outra, portanto trata-se de um pseudocepticismo. Subtilmente criando a dúvida tendenciosa ou descaradamente forçando explicações, trata-se de uma atitude ou situação em que algumas pessoas se auto-intitulam cépticas dizendo que não podemos tirar conclusões, mas depois acabam por cair em contradição quando afirmam que certos fenómenos são explicados assim ou assado, quer seja através da química do cérebro ou outra coisa qualquer. 




segunda-feira, 22 de setembro de 2014

O materialismo entrou e nem sequer pediu permissão!










Maratona EQM

Antes de mais, é importante dizer que não se trata de converter pessoas, como se de uma religião se tratasse. Mas penso que existem boas razões para levar a sério (como sendo real) este tipo de experiências. É também importante ter bem claro na nossa mente que as EQM (assim como outros temas) apenas podem ser entendidas com mais clareza quando tomamos em consideração todos os seus vários aspectos. Embora possamos construir argumentações baseando-nos em apenas um ou dois aspectos, é importante juntar tudo e não deixar nada de fora, não ignorar nada. E às EQM podemos juntar outros fenómenos (alguns não tão raros como se possa pensar) e estudos (inclusivamente antropológicos, históricos, etc). E é assim, juntando tudo, que podemos obter uma perspectiva do quadro todo. De forma a obter um todo coerente.

Porque é que eu penso que não vale a pena perder tempo a tentar convencer os cépticos (e afins)? (para aqueles que ainda não tiveram a oportunidade de pensar nisto, volto novamente a tocar neste assunto. E não podia deixar de tocar neste tópico, porque faz também parte do “jogo”, vem juntamente com a embalagem)

Em primeiro lugar, no caso daqueles que dizem que são ateus, principalmente os militantes, é totalmente inútil, uma tarefa estéril. Qualquer pessoa que fale sobre EQM será vista como um “inimigo da razão” e outros preconceitos do género. Certos ateus defendem a razão mas são também eles próprios capazes de dizerem coisas sem sentido e ilógicas. Em certo sentido, alguns parecem estar ao mesmo nível de um bom fundamentalista religioso intolerante, noto que ambos têm em comum realizar interpretações literalistas, ou descontextualizadas, de certos textos e escrituras religiosas, mitológicas, etc.

Quanto aos auto-intitulados cépticos, dá a sensação (falsa) de que ainda é possível estabelecer algum tipo de diálogo. Mas será possível dialogar ou tentar mostrar algo a um materialista convicto? Evidentemente que não! É perder tempo! Não são imparciais, independentemente do que possam dizer.

Por isso, este tipo de informação apenas pode ser destinado a todos aqueles que estão dispostos a aceitar a ideia, aqueles que podem ter reais dúvidas mas não se fecham a essa possibilidade, ou então aqueles que já conhecem o tema mas pretendem aprofundá-lo ou saber mais alguma informação.

Existem também algumas pessoas religiosas que podem não estar satisfeitas com certas revelações, digamos assim, e relatos de algumas dessas experiências. Encaram esses mesmos relatos como totais mentiras porque estão em contradição com a sua doutrina religiosa (ou relatam situações que não estão de acordo com uma determinada interpretação das escrituras dessa religião).

Penso que é essencial continuar com este tipo de pesquisa, incentivá-lo, divulgar toda a informação (mesmo que não queiramos tirar conclusões, ou seja, pode ser algo puramente descritivo), para que haja uma compreensão cada vez maior.

Evidentemente respeitar as dúvidas que possam surgir (as nossas e as dos outros), mas estar sempre atento àqueles que querem simplesmente negar e forçar argumentos e explicações a todo o momento (nem que seja necessário tirar coisas fora do contexto ou introduzir), aqueles que gostam de ludibriar as pessoas, etc. O assunto também não pode ser abordado de forma superficial! Naturalmente, não sou contra um cepticismo saudável, devemos ser rigorosos com certas coisas, devemos estar atentos, mas existe uma diferença entre possuir uma certa dose de cepticismo e disparar balas em tudo aquilo que sai fora do paradigma materialista.

Uma certa vertente filosófica encara a sabedoria como um fluir pela vida, ou seja, dentro deste conceito, o verdadeiro sábio não demonstra uma imensa preocupação em mudar o mundo (seja qual for o sentido pretendido ou a intenção), ou seja, a sua acção não tenta forçar nada nem ninguém, de maneira que a mudança no mundo, quando surge, vem de forma natural, vem como consequência natural e espontânea da sua acção, que é uma acção particular. Neste sentido, no caso de querermos aplicar esta filosofia, penso que não vale a pena entrar ou dar demasiada importância a este tipo de debates, até porque existem várias ratoeiras nestas coisas, o ego normalmente salienta-se bastante, costuma haver fricções e agressividade (sob várias formas), e devemos sempre questionarmo-nos se certas coisas realmente valem a pena. Dito isto, a única função que este género de debate pode ter é única e exclusivamente fornecer determinado tipo de informações e pontos de vista (e para isso até nem sequer necessitamos de debates e confrontos). Os debates (e não só) destinam-se a atingir aquelas pessoas realmente interessadas e de mente aberta, com reais e sinceras dúvidas ou desconhecedoras dos temas. E depois cada um tira as suas próprias conclusões. Mas, ao contrário do que alguns talvez pensem, certos debates (e não só) raramente mudam aqueles que defendem ou possuem uma posição contrária! Não é possível mudar aquele que já se decidiu sobre algo (principalmente quando existe uma assistência, na Internet ou fora dela), porque esses oferecerão sempre resistência e temos de respeitá-los (embora, na minha perspectiva, muitos não têm razão nenhuma nas afirmações que fazem).

Naturalmente, eu também posso ser acusado de possuir demasiadas certezas. Bom, o que posso dizer sobre isso é que certezas absolutas nunca existem, a dúvida está sempre presente, principalmente para quem não tem a experiência directa das coisas (não só em relação às EQMs),mas penso que tudo (não só as EQMs) aponta para que a visão materialista esteja errada.

Em tudo é necessário uma certa dose de fé, mesmo quando estamos a falar de ciência: fé na ciência, fé nos paradigmas, fé nos modelos, fé nas pessoas que fazem parte da comunidade científica, fé nas pessoas que usam as ferramentas científicas (principalmente quando nada entendemos de determinada área e, para alguns, demasiada dependência nos técnicos/especialistas pode ser um problema). Para além disso, o verdadeiro cientista, aquele que procura conhecimento (conhecimento sem sabedoria é inútil, segundo alguns), tem de ter fé, tem de confiar e saltar para o desconhecido, tem de, se assim for necessário, estar disposto a deixar velhas ideias e abraçar novas, e não pode estar apegado a crenças rígidas sobre as coisas. Quando alguns cientistas seguem por um caminho, eles muitas vezes sentem uma intuição ou um sentimento que os impulsiona, têm de confiar e depois logo verão se valeu a pena e muitas vezes vale.

Dizem que, em ciência, devemos testar as teorias, de maneira que uma teoria apenas pode ser aceite quando “sobreviveu” e reuniu suficientes evidências. Mas, como todos sabemos, a ciência é feita por seres humanos, e aqui as dinâmicas de grupo também exercem a sua influência na produção de conhecimento e na aceitação ou rejeição de determinadas visões do mundo. A comunidade científica precisa de estabelecer acordos, consensos e as pressões (vários tipos) para a conformidade também existem neste âmbito, independentemente da qualidade das evidências ou plausibilidade de uma ideia ou conjunto de ideias. Não é menos verdade que a opinião de determinados membros da comunidade científica tem mais influência do que outras, e mesmo os mais prestigiados podem sofrer consequências, se começarem a defender heresias. A nossa tão querida ciência também tem tabus: certos temas são rapidamente aceites, enquanto outros são negados sem hesitar, e muitas vezes aqueles que são negados chegam a possuir melhores evidências do que alguns daqueles que foram acolhidos e abraçados. Há coisas proibidas!

Felizmente temos pessoas que pesquisam seriamente os temas proibidos (não só as EQM), publicam estudos, apresentam casos, divulgam informação.

Em relação às EQM, se considerarmos que são apenas alucinações, teremos problemas com esse argumento.

Se decidirmos, tal como alguns defendem, que este assunto não pode ser tratado pela ciência porque apenas constitui evidência o que é externamente observável, aquilo que pode ser medido ou é acessível aos sentidos. Se decidirmos que experiências subjectivas deste género (devidamente enquadradas, contextualizadas, e cruzadas com outras informações que as confirmam, etc) não podem ser admitidas, então, na minha perspectiva, teremos de repensar muitos aspectos que são estudados hoje por áreas que consideramos científicas, principalmente na área da psicologia, medicina, neurociências, etc. Ou seja, se nenhum tipo de experiência interna pode ser objecto de estudo ou fazer parte de um estudo científico, então temos também um problema.

Por exemplo, eu posso provar que, durante uma EQM, determinada pessoa não teve uma real experiência fora do corpo? Não! Realmente, não posso provar que não foi real. (partindo do principio de que a pessoa não mentiu, claro).

Eu posso provar que, durante uma EQM, determinada pessoa (ou conjunto de pessoas) teve uma real experiência fora do corpo (EFC)? Se eu aceitar como prova determinadas descrições e informações fornecidas por essa pessoa após a experiência ocorrer, então nesse caso sim, existem provas porque há informações precisas e que seriam impossíveis de saber, se a pessoa não tivesse tido uma EFC real. Aliás, há estudos feitos nesse sentido.

Claro que estas EFC podem ocorrer também noutros contextos… Mas neste contexto assume uma outra importância. Para além disso, uma EFC num contexto de uma EQM dá a sensação de ser uma experiência muito mais profunda e complexa.

E aqui estamos nós, num momento de transição, a consciência não consegue ser explicada em termos puramente materialistas, a consciência dá sinais de ser algo que não se confina a um cérebro, e esta ideia nada tem de novo. Considero que existem áreas experimentalmente mais fáceis, digamos assim, e essas áreas podem oferecer evidências científicas que suportem a ideia de que a consciência não está somente dentro de um crânio (e já ofereceram...). Quanto às EQM, admito que existem características diferentes neste caso, e mesmo que alguns continuem a considerar que esta não é uma área de investigação legitimamente cientifica, acredito que a curiosidade não desaparecerá e continuarão a existir estudos e recolhas de relatos, seja qual for o rótulo que lhe queiramos colocar.

Em ultima análise, se de repente a maior parte das pessoas tivesse tido a “mesma” (nunca é exactamente igual) experiência e a tivesse encarado como tendo sido real, passaria a ser real para todos. O real é aquilo que é partilhado por todos!

Quem realmente pode ter a certeza absoluta de alguma coisa? O que vivemos todos os dias é real ou apenas um sonho? O que é real? O que é a matéria? Para quem vivenciou as EQM, em muitos destes casos há algo que sobressai nos relatos deste tipo de experiência: a experiência foi sentida como tendo sido muito real, demasiado real, mais real do que esta que vivemos todos os dias, segundo as palavras de muitas dessas pessoas. Uma dimensão da existência, um plano que em certos aspectos torna-se difícil de explicar usando a nossa linguagem, está além do tempo e do espaço, fora do tempo e do espaço. E para essas pessoas já não resta nenhuma dúvida.











quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Os fenómenos estranhos partilham a mesma origem?

Algumas pessoas pensam que a nossa realidade é influenciada por algo desconhecido e poderoso. Referem que muitos fenómenos e estranhas aparições têm em comum a mesma origem, assumindo diferentes disfarces ao longo do tempo e em diferentes contextos.


O que me parece é que existem outros e esses outros interferem neste vasto jogo que é a existência/realidade. Se esses outros são apenas diferentes disfarces e têm a mesma origem, isso eu não sei! No entanto, estou inclinado a dizer que existem fenómenos, seres e situações de origem e naturezas distintas.


terça-feira, 26 de agosto de 2014

Ateísmo

Cada um deve ser livre para acreditar no que quiser ou não acreditar. Eu também não acredito em tudo e isso é perfeitamente natural. Mas, por exemplo, tal como vemos em muitos debates, acreditar (e dizer com total certeza) que não existe nenhuma realidade para além do que concebemos como material, isso, na verdade, não será mais uma crença?

Se quisermos ser realmente científicos na abordagem, e não tendo a certeza de algo, ou melhor dizendo, na ausência de evidências (embora a palavra evidência possa ser mais abrangente e tolerante do que muitos apregoam por aí...), a atitude mais correcta seria dizer: não sei!

Para além disso, classificar-se apenas como ateu pode suscitar dúvidas, uma vez que existem muitos tipos de ateus: por exemplo, há ateus que são budistas e há ateus que são materialistas. Depois, na minha opinião, a dificuldade de alguns ateus não está propriamente em aceitar a existência de algo transcendente, digamos assim (não gosto muito de usar a palavra Deus, porque talvez, por várias razões, seja inadequado). Os ateus, simplesmente, têm aversão a um determinado conceito de Deus, aliado ao facto de não tolerarem a religião, quer seja por motivos pessoais, quer seja por razões históricas e influências de alguns filósofos do iluminismo que tiveram muita importância em moldar todo um pensamento.

No caso da religião, há aquilo que muitas pessoas chamam de espiritualidade, que lhe serve como base e pode ser visto como algo distinto. Não sou fã de religião organizada, confesso. Faço a minha própria religião porque, se for preciso, gosto de liberdade para mudar a qualquer momento, embora entenda que nem tudo é mau na religião. Penso que existem diversos caminhos e há boas razões para acreditar que existe algo de transcendente. Não se conhece nenhuma cultura sem esse lado do sobrenatural, apesar das diferenças e variantes. Não sei se a justificação é simplesmente a do homem primitivo estar aflito (como podemos estar a qualquer momento) e de repente inventar um ser sobrenatural, que inicialmente era o divino despersonalizado, impessoal (que está em tudo e todos) e gradualmente adoptou uma personalidade humana, tornando-se um criador separado…


É importante perceber que a religião tem muito de construção humana e foi e é produto de uma certa cultura, e às vezes torna-se necessário filtrar certos aspectos. Contudo, isso não quer dizer que o "sobrenatural” não exista!


Sobre a redefinição do ateísmo:


A Ciência e as suas limitações

Certas correntes de pensamento aceitam a existência de um mundo independente da mente humana, mas referem que o conhecimento acerca do mundo é sempre uma construção humana e social, por isso consideram impossível atingir qualquer verdade objectiva e absoluta acerca do mundo natural. Existem limitações reais e por isso as teorias apenas podem ser vistas como aproximações à verdade e nunca verdades perfeitas. Apesar disso, consideram que a ciência, no seu lado prático, pode ser algo que permite desenvolver ferramentas valiosas e possui uma diversidade de métodos úteis. 

Portanto, esse conhecimento, construído pela comunidade científica, tem como objectivo explicar o mundo natural através da elaboração de modelos que podem evoluir à medida que a História avança, e esses modelos são sempre interpretações da realidade e não verdades absolutas. Alguns até dizem que determinados modelos aceites pela comunidade científica não foram e não são especialmente baseados em sólidas evidências, mas foram e são simplesmente uma espécie de moda, digamos assim.

Para além disso, não podemos esquecer que, dentro desta cultura actual, devido a várias razões, às vezes existe uma tentação para distorcer e esconder dados recolhidos em pesquisas. Por exemplo, por vezes, devido a interesses relacionados com negócio (mas não só), muitos optam por não publicar os resultados negativos e, como consequência disso, podemos ficar com uma perspectiva limitada das coisas.

Sob uma determinada perspectiva, podemos afirmar que a subjectividade, o mundo interior é o nosso único mundo, independentemente do que possa existir lá fora. A consciência (vou usar a palavra consciência) é o nosso único mundo. A consciência é o que está mais próximo de nós. Essa é a única coisa que podemos realmente conhecer. Tudo o resto é incerto. No sentido em que tudo o resto é conhecido através da mente, relacionamo-nos com o exterior sempre através dessa consciência ou subjectividade, como alguns gostam de lhe chamar.



Humor

Atenção porque muitas vezes o humor serve para propagar e disseminar ideias cruéis e preconceituosas. Certas coisas são manifestações de preconceito, generalizações e faltas de respeito, por mais naturais e ingénuas que possam parecer aos olhos de alguns…

Surge disfarçado de humor, mas é algo perverso, capaz de fazer estragos, e encerra grande irresponsabilidade, e não faltam exemplos por aí. O humor é saudável, pode ter uma força fantástica, pode até ser uma arma inteligente e possui aspectos positivos, mas há também o outro lado, o lado daqueles que não reflectem sobre as coisas que dizem e as suas consequências… (mas há também aqueles que, conscientemente, sabem muito bem o que estão a fazer, pois têm um plano mais ou menos definido…).

Alguns podem até pensar que tudo isto que acabei de dizer não faz qualquer sentido e talvez também pensem que eu seria a favor de uma espécie de censura em relação a determinado tipo de humor e certos temas. Errado! Não defendo proibições nem pretendo censurar nada. Apenas convido à reflexão!

Não vou entrar em pormenores acerca das situações dignas de serem aceitáveis e inaceitáveis. Isso fica ao critério de cada um. Eu tenho as minhas ideias e cada um tem o seu próprio ponto de vista. Cada um é livre para dizer o que quiser, da mesma forma que cada um é livre para não gostar de certas coisas e, nesse caso, só porque algo é visto como natural ou normal, não somos obrigados a aplaudir! (aliás não é só em relação ao humor, mas também no que diz respeito a outras situações e “modas”/comportamentos). Há quem pense que não deve haver limites para o humor, mas talvez às vezes seja bom colocarmo-nos no lugar do outro (ou dos outros) e sermos conscientes daquilo que fazemos e dizemos.


sábado, 23 de agosto de 2014

Manual do Revolucionário

Um manual do revolucionário! Não sei se existe tal coisa! Possivelmente já existem muitos destes manuais e cada um defendendo modelos e formas diferentes de realizar revoluções. Nem sequer pretendo criar uma série de preceitos e normas que guiem uma determinada revolução, tendo em vista a implementação de um modelo diferente.

Existem muitas ideias, movimentos e projectos por aí, e cada um de nós poderá participar conforme as nossas possibilidades e motivações pessoais (mesmo que seja só através da Internet). Posso encontrar muitos aspectos interessantes nalguns desses movimentos, mas também consigo encontrar coisas e opiniões com as quais não concordo. Nada parece ser 100% perfeito, ou seja, 100% de acordo com as nossas visões pessoais (pelo menos, falo por mim) e talvez isso seja muito difícil de alcançar, devido a uma série de factores relacionados com a individualidade (e devemos caminhar no sentido da defesa dessa individualidade e ainda há muito a fazer). Mas não vejo assim grande problema nisso, porque o importante é estarmos de acordo no que diz respeito aos aspectos essenciais, e esses não são poucos!

O sistema

Só existe uma certeza: a mudança chega sempre, mesmo que chegue mais tarde (mesmo que não seja para o nosso tempo de vida), e se as coisas não derem para o torto, claro. Mas haverá gente que defenderá o sistema instalado (o sistema é algo muito abrangente, não se restringe apenas a um determinado modelo económico…).Haverá sempre resistência por parte daqueles que controlam o sistema e por parte dos seus fiéis devotos. Uns acreditam que é assim que as coisas têm de ser, outros sabem que há sempre muitas vantagens a sacar deste sistema, muita gente sabe disso e, no caso de neste momento não estar a sacar vantagens, vivem na esperança de amanhã serem uma dessas pessoas que sacam vantagens. Todos podemos sacar vantagens hoje ou amanhã, mas existe sempre um lado perverso nisso tudo.

Certas coisas têm de ser pensadas a nível global. Desenganem-se aqueles que pensam o contrário, porque hoje podem estar bem, mas amanhã podem se dar muito mal. Está tudo ligado!

Por outro lado, para quê perder tempo quando sabemos que há muitas pessoas que não merecem o nosso tempo e a nossa “luta”? Este pensamento, assim como outros, já passou pela cabeça de muitas pessoas, inclusivamente pela minha. Será que vale a pena? Talvez seja uma boa opção pensar apenas naqueles que merecem e nos que merecerão, e assim contornamos a situação. Ou talvez seja demasiado arrogante pensar que só uns merecem e outros não! No entanto, não somos obrigados a gostar de toda a gente, e se alguém disser que gosta, não está a ser sincero! Dito isto, acredito que certas mudanças beneficiam e melhoram todos, os que merecem e os que não merecem (nunca esquecendo que este tipo de distinção pode ser sempre perigoso…).

O sistema tem muitas ferramentas para impedir certas mudanças, inclusivamente há agentes próprios que usam a Internet e sabem como manipular as coisas de forma a desviar as pessoas de certas ideias e fortalecer a crença noutras (não estou a inventar nada). Podem inclusivamente destruir a reputação de muita gente, há formas de o fazer.

Também existe pressão para uniformizar, a pressão para encaixar no padrão ou modelo que certa propaganda considera ser o ideal (que são meras convenções, na maior parte das vezes). Tudo isso existe, não são ilusões. A questão é saber o que é realmente importante e como podemos manter a nossa individualidade.

Matrix

Ainda sobre o tal sistema, alegorias e filmes como este podem ter vários níveis de leitura e interpretações, mas fica claro aqui a critica ao sistema. Filmes como este não aparecem por acaso (se é que existe tal coisa) e antes existiam outras formas de passar certas mensagens.



Sobre o passado e o presente

O passado foi o que foi e essas revoluções possivelmente foram o reflexo de uma determinada época, aconteceram dentro de um contexto, crença e mentalidade própria. Podiam ter sido feitas de outra maneira, mas talvez também sejam o resultado das limitações e imperfeições próprias dessas épocas. Talvez tivesse que ser assim mesmo, não sei!

O revolucionário pode se corromper (muitos transformaram-se em reaccionários), pode até ter as motivações erradas e enganar toda a gente, mas depois também temos aquele tipo de revolucionário que é genuíno e realmente acredita nas suas ideias, mas infelizmente não tem a sabedoria ou sensibilidade necessária e por isso realiza tudo da pior maneira possível, fazendo asneira, e depois até acaba por ser vítima dos seus próprios ideais (a História dá-nos muitos exemplos). Revoluções externas sem revoluções internas são um perigo! As duas coisas têm de surgir ao mesmo tempo, tem de haver um equilíbrio entre as duas e o problema às vezes está precisamente aí.

De qualquer maneira, para evitar os erros do passado, é necessário pensar noutra forma de organização. Para além disso, as revoluções sempre existirão, é cíclico, velhas estruturas dão lugar a novas estruturas (seja em que área for), existe uma renovação. Já não faz sentido as revoluções serem feitas com tiros ou simplesmente acções violentas, as revoluções não se fazem com tiros nem violência, fazem-se mudando a cultura, mudando as mentalidades e usando estratégias inteligentes e bem organizadas, e isso já não é pouco! (principalmente este tipo de revolução que falei anteriormente e no contexto actual).

Ao longo da História (inclusivamente a recente) o que podemos perceber é que, quando sucedem revoluções (das mais variadas), permanecem sempre alguns vícios e aspectos que podem demorar um certo tempo a desaparecer. Ou seja, uma revolução muda radicalmente a vida de uma civilização ou sociedade, mas é sempre um processo inacabado e continuo… (tal como o conhecimento, embora haja coisas que nunca mudam…)

Hoje, mais do que nunca, na minha opinião, e porque tudo tem o seu tempo e o seu momento (e é preciso respeitar isso também), felizmente temos o que não tínhamos antes, temos os meios e o mundo está ligado em rede…

Por muito que esses sistemas do passado tenham-nos feito evoluir (deixando também os seus efeitos secundários e alguns preocupantes), sabemos que existem alternativas viáveis. O problema pode estar na transição, isso é que nos pode preocupar e razões não faltam para assim pensar (hábitos mantidos, falsos valores, fanatismos religiosos, etc). Naturalmente, apoiarei tudo o que corra nesse sentido, mesmo que não seja para o meu tempo. Precisamos de educar as pessoas (ou sensibilizá-las) globalmente, demore o tempo que demorar, de forma a funcionarmos como um só, e não à base de chico-espertismos, competições e interesses sem um pingo de inteligência ou bom senso, que jogam fora o conhecimento acumulado e que podia ser posto em prática.

Depois aparecerão sempre aqueles que têm um monte de verdades inalteráveis e absolutas sobre como o mundo deve ser, e aparecem com todo o tipo de argumentos para defender o sistema. Um desses argumentos é o direito ao trabalho. Só que o trabalho não é um direito, é uma obrigação imposta, não é uma escolha! O ser humano não nasceu para trabalhar, o Homem nasceu para criar. A tecnologia avança, a ciência avança, os meios avançam, e as pessoas querem continuar a ser escravas e a defender as virtudes do trabalho. Se a lógica for dar um passo de cada vez, então muita coisa é possível. E hoje já podíamos libertar muita gente, aliás os desempregados já estão libertos… Por exemplo, quando se falou do rendimento básico incondicional (proposta petição deixada na UE, feita por cidadãos de países membros), que poderia ser um dos primeiros passos para a utopia (palavra perigosa na boca de muita gente), os políticos em Portugal não defenderam essa medida, embora fosse algo viável na prática, mas sem vontade politica. E porquê? Não é difícil entender!



quinta-feira, 21 de agosto de 2014

As pirâmides guardam enigmas!

Foram entidades extraterrestres (em sentido amplo) que construíram ou ajudaram a construir as pirâmides? Não sei! Não posso afirmar tal coisa!

As pirâmides foram obra de uma civilização desconhecida e avançada? Não sei!

As pirâmides foram construídas por escravos? Não. Segundo os egiptólogos, não foram construídas por escravos, mas sim por trabalhadores livres e especializados.

As pirâmides guardam enigmas? Sim! Sem dúvida! Há coisas difíceis de explicar e que parecem não encaixar nas teorias amplamente aceites.

Em relação à tal civilização avançada, nunca se sabe! Quanto aos ETs, e apenas pensando no nosso universo, é importante não esquecer que o sistema solar é jovem quando comparado com outras regiões da nossa galáxia. Há regiões da nossa galáxia muito mais antigas. Por isso, imaginando que existem outras civilizações mais avançadas, essas civilizações podem ser milhares ou milhões de anos mais avançadas do que nós! Conseguimos imaginar tal coisa?! Nós somos patéticos e orgulhosamente arrogantes! Podemos neste momento estar a viver no “quintal” ou “zoo” de uma dessas civilizações, sem nos darmos conta disso!

Vamos aos pormenores:


(“A Revelação das Pirâmides”- documentário- 1ºparte)



Extra: O enigma Core 7, um misterioso cilindro encontrado no Egipto: http://www.dailymotion.com/video/x24wtx1_ancient-impossible-s01-e06-power-tools_shortfilms 

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

“É a natureza humana!”

O argumento da natureza humana como desculpa para defender o sistema e determinado (s) tipo (s) de cultura (s)!

Não vale a pena mudar nada porque a natureza humana é e sempre será assim ou assado, dizem alguns. Algumas pessoas pegam sempre no argumento de que os seres humanos sempre serão assim ou assado, porque é a natureza humana e essa é imutável. Mas o que é natureza humana e o que não é? É o velho debate! Somos levados a acreditar que certos aspectos fazem parte da natureza humana e são inalteráveis, mas certas coisas podem ser simplesmente produto de uma cultura e não coisas inatas.

O ser humano tem defeitos e virtudes em graus diferentes. Nós podemos apenas chamar-lhe características em vez de dizer que são defeitos ou virtudes, porque às vezes as coisas são relativas e o que aparenta ser um defeito mais tarde revela-se como uma virtude e vice-versa… Também sabemos que por vezes o ser humano simplesmente adapta-se ao que tem pela frente e desenvolve o que for preciso, mesmo que, por exemplo, tenha de usar certos comportamentos que poderiam ser evitáveis. Por isso, em vez de moralizar excessivamente, o que podemos fazer é implementar um modelo diferente para viver em comunidade, respeitando a individualidade de cada um.

Todos temos necessidades humanas e podemos sempre escolher melhores modelos para viver em comunidade, modelos que visem preencher essas necessidades, na base da cooperação e partilha, para o benefício de todos. Isso não vai contra a nossa natureza, antes pelo contrário.

Há características que podem ser comuns a todos, há muitas diferenças entre as pessoas, há hábitos muito difíceis de mudar, mas o que é realmente natureza humana e o que não é? Ganância, por exemplo, faz parte da natureza humana? Muita gente quer que acreditemos que a ganancia faz parte da natureza humana e é algo que não pode ser mudado nunca. Essa crença convém ao sistema, e assim, uma vez que o ser humano é intrinsecamente ganancioso e egoísta, não vale a pena fazer nenhuma mudança, até porque qualquer proposta de mudança iria levar-nos para a ruína (tipo união-soviética), é isso que eles querem que todos pensem!

Gradualmente, podemos potenciar determinadas características e visões do mundo e, com isso, enfraquecer outras tendências desarmoniosas. Certos comportamentos apenas se manifestam se houver condições para tal suceder, assim como os genes, o ambiente pode ligá-los e desligá-los (como alguns referem). Para além disso, agora há pesquisas que sugerem que os efeitos das mudanças no estilo de vida, os efeitos dos hábitos e das experiências de vida podem passar para outras gerações (num curto espaço de tempo). De lembrar que também acreditavam que o cérebro era “estático” e agora descobriram que o cérebro tem plasticidade e que certos hábitos e práticas modificam literalmente o cérebro, inclusivamente tendo um impacto nas nossas emoções e reacções. Para além disso, há boas razões para acreditar que, por exemplo, o estado emocional de um grupo de pessoas reunidas num determinado momento pode influenciar o comportamento de uma comunidade inteira. De qualquer forma, acredito que somos mais do que genes e ambiente (e ainda há muita coisa nisso da genética que está por explicar), há algo mais em nós e o ponto de partida pode ter sido muito antes do nascimento.

As pessoas não têm noção da força que o subconsciente exerce em nós. Os primeiros anos de vida são similares a autênticos estados hipnóticos, somos demasiado permeáveis a tudo, aprendemos e copiamos um monte de comportamentos, sentimentos, etc e muitos desses comportamentos e sentimentos ficam enraizados. Depois ficamos mais conscientes da nossa vida, o que não quer dizer que a hipnose não continue, ela continua, mas já de forma diferente. Todas as experiências na vida podem ter a sua importância. E existem certos aspectos que, de tão enraizados, podem ser muito difíceis de mudar, embora não seja impossível… A nossa vida é em grande parte gerida por comportamentos e reacções subconscientes. Por isso, estudar novas ideias, ter conhecimento de novas ideias, esse conhecimento adquirido, tudo isso é trabalhado pela mente consciente e a mente consciente, por si só, não pode mudar certos programas do subconsciente. Se assim fosse, bastaria ler um livro e mudaríamos automaticamente certas coisas e, na maior parte das vezes, não é assim que funciona. Ou seja, ter conhecimento não chega! O resto é tema para outras conversas, digamos assim.

Quanto ao passado, há quem diga que antes do neolítico o ser humano era muito diferente em certos aspectos e depois a tendência para se corromper, digamos assim, e complicar certos aspectos da vida aumentou bastante (não defendo que seja necessário voltar atrás no tempo, atenção). Há também outras teorias mais arriscadas acerca do passado da humanidade e de outras civilizações avançadas que se extinguiram…

Penso que não se valoriza devidamente o meio social, já falei nisto varias vezes. Para certas pessoas (uma certa área das ciências humanas) não é lucrativo ou conveniente estudar, discutir, debater, pressionar os governantes, ou tratar de muitos desses aspectos, ou então colocam a coisa apenas num nível teórico e não saem dele. Outros, por exemplo, da área da sociologia, quase não se ouve a sua voz, não sabemos o que pensam nem que estudos fazem, não sabemos que soluções apontam (ou então tenho andado distraído), mas suponho que não haja unanimidade em termos de teorias e soluções. Mas seja em que área for (das ciências humanas ou não), o que mais vemos e ouvimos (nos meios mais convencionais) são as mesmas coisas de sempre (não concordo com grande parte delas, embora haja algumas também interessantes), e verificamos, como era de esperar, um domínio absoluto da economia/politica sobre tudo o resto.

Não sou contra especializações, mas por vezes verificamos que não existe uma perspectiva total das coisas, perde-se o todo e nota-se dificuldade em harmonizar, articular e ligar todos esses conhecimentos provenientes de áreas diferentes. E muitos dos nossos problemas surgem devido a visões parciais e fragmentadas das coisas, teorias e práticas desactualizadas e, na minha opinião, pecamos por não simplificar a vida. Não sou contra especializações, mas por vezes há que ser um pouco generalista ou então saber como articular tudo (todas as áreas, não só as chamadas ciências humanas) no sentido de retirar o máximo proveito.

As soluções que tenho tido conhecimento, com algumas excepções, vêm principalmente de pessoas que no presente não estão ligadas a universidades ou a instituições mais convencionais ou ortodoxas, digamos assim. Na maior parte das vezes são sistemas, propostas, soluções e pensadores livres…

Por isso, voltando aos genes, os genes não determinam nada, os genes não são sentenças no que diz respeito a certos comportamentos, os genes podem talvez predispor, mas isso tem muito que se lhe diga. O meio influencia muito, a cultura influencia muito, a visão das pessoas é totalmente moldada por uma determinada cultura. O meio ambiental e social constantemente realizam o seu trabalho, mesmo que certas mudanças demorem muito tempo...

Alguém poderia argumentar que não podemos saber exactamente qual é a natureza humana (ou até dizer que não existe tal coisa) porque é impossível separar o ser humano do ambiente ou do contexto onde nasce e se desenvolve. É impossível separar o objecto do seu contexto. De qualquer forma, existe tamanha variabilidade e diferenças que torna-se difícil tomar uma decisão absoluta. E se existe uma natureza humana bem definida, até que ponto ela é maleável? O ser humano é adaptável talvez e não fixo. E para além disso, desconhecemos o futuro. Nada é imutável.

Pessoalmente penso que, por exemplo ninguém nasce violento ou ganancioso, as pessoas aprendem a ser violentas ou gananciosas, não é inato. Embora uns tornem-se mais facilmente gananciosos e violentos do que outros, mas não é algo comum a todos e, sendo natural e especifico da nossa espécie, tem de ser comum a todos em todos os contextos.

Existem culturas fora da nossa civilização e até mesmo comunidades muito específicas dentro da nossa civilização onde a violência é praticamente nula e ninguém acumula riquezas desmedidamente… Verificamos cooperação e não competição.

Podemos acabar com a escassez? De que forma está tudo relacionado? De que forma podemos gerir os recursos da Terra para benefício de todos, no sentido de evitar problemas e conflitos? Um sistema monetário ajuda ou prejudica? Podíamos colocar muitas mais questões em relação ao comportamento humano.

É evidente que existem diferenças entre países e as diferenças fazem-se notar a diversos níveis, pois existem razões para assim ser, mas, de uma forma geral, e como já tinha referido outras vezes, independentemente das diferenças, o sistema e funcionamento básico é igual para todos. Esse sistema não é seguro e carrega um potencial para problemas, e uma vez estando todos no mesmo barco, o que acontece noutras partes do mundo pode afectar-nos e as nossas acções podem igualmente afectar os outros. É importante perceber o que é um ecossistema e é igualmente importante saber que existe interdependência a todos os níveis.

O grande erro, na minha opinião, é achar que a civilização mudou (a nossa), ela não mudou, apenas mudou de máscara e manteve a mesma raiz, apesar da tecnologia, ciência (que não é totalmente aplicada), leis e novos direitos. Mas as leis não podem mudar certas coisas, uma pessoa que age na base da punição e recompensa, essa pessoa nunca será genuína e suas acções serão baseadas na polaridade do medo e haverá sempre uma forma de contornar a lei ou mesmo violá-la. As leis são como os antibióticos, necessários por vezes mas problemáticos a longo prazo. Quantas mais leis, mais confusões e novos problemas surgirão. As leis existem (muitas), evidentemente fazem parte do pacote, não resolvem os problemas na raiz, mas é o que temos neste momento para “segurar as pessoas”, e as elites geralmente dão-se muito bem com boa parte dessas leis… Penso que o melhor seria começar realmente a pensar na prevenção e promoção das condições necessárias para construir esse tal ser humano que tanta gente fala e outros tantos não acreditam. Penso que não faz mal nenhum pensar em utopias, a Internet já foi uma utopia (e aparenta ser algo que tem tiques desse futuro. Em certo sentido, é como um presságio, um prelúdio do que poderá surgir mais à frente).







terça-feira, 19 de agosto de 2014

Uma economia baseada nos recursos do planeta

O caso de Pam Reynolds

Dentro do universo das EQMs, existem certos casos que se destacam e isso deve-se ao facto de possuírem características muito particulares. O caso de Pam Reynolds, devido às circunstâncias em que ocorreu, destaca-se especialmente de todos os outros, embora haja outros casos também interessantes.







A Ilusão do Tempo e a Mecânica Quântica











sexta-feira, 30 de maio de 2014

Precognição: Uma prova científica

Há quem diga que experienciamos na vida (exteriormente) aquilo que já trazemos dentro de nós, tal como se de um espelho se tratasse, e muitas vezes não temos plena consciência desses aspectos porque não os conseguimos identificar ou então devido ao facto de estarem de certa forma escondidos, encobertos. Se assim for, e mesmo que não aconteça sempre, tal concepção da realidade pode gerar algum desconforto e desconfiança… A ideia da realidade funcionar como se fosse um espelho não é absurda, na minha opinião, mas continuo a achar que há certos exageros que são defendidos por algumas pessoas e que não correspondem à verdade.

Por outro lado, o que não existir dentro nós passa a existir devido a condicionamentos vários e “contágios”.

Mas, e o futuro? O futuro pode influenciar-nos? Se a resposta for afirmativa, então quantos futuros poderão existir? Ou existe apenas um futuro? Se calhar fazemos demasiadas perguntas, ou talvez faça sentido continuar a fazê-las!

Novos estudos científicos demonstram que a precognição existe e é mais comum do que se possa imaginar. Estamos a falar de experiências realizadas em laboratório e que foram replicadas com sucesso. Tendo em conta todos os estudos feitos até ao momento, a conclusão é que existe algo estatisticamente relevante e aqui ninguém escondeu os resultados negativos, ao contrário de outras áreas…

Tudo isto significa exactamente o quê? Se o futuro já existe, há lugar para o livre arbítrio? Sabendo o futuro, podemos modificá-lo? E em que situações podemos modificar o futuro? Até que ponto o presente influencia o passado?

Podemos colocar muitas mais questões, mas baseando-nos nestas experiências, podemos afirmar que existe retrocausalidade, ou seja, o futuro influencia o presente!


Ouvir:



quinta-feira, 29 de maio de 2014

Universos Paralelos e Viagem no Tempo

A ponta do icebergue...











Os disparates que se dizem na TV!

Liguei a TV e estava a dar um programa (não vou dizer o nome) e então o tema era sobre inteligência emocional e, nesse programa, a conclusão de alguns "peritos" era que um dos principais objectivos de gerir emoções é a adaptação ao mundo do trabalho, competição e podia ser algo até importante a nível de selecção para empregos. Ou seja, existem muitas razões para alguém querer gerir melhor as emoções e uma delas seria ser mais feliz, por exemplo, mas aqui o objectivo é basicamente adaptação ao sistema e actual sociedade, a mesma sociedade e sistema que tem todos os ingredientes para desorganizar as emoções, ou seja, há aqui um contra-senso.

É só tretas, enfim... A TV tem muito disto, como bem sabem. E diziam estas coisas no meio de outros disparates, por exemplo, inventar " défices de atenção" e outras "patologias", porque, como toda a gente sabe, o sistema educativo nunca tem culpa de nada…

Claro que é bom que as pessoas estejam com as emoções bem geridas e andem calminhas e submissas, porque pessoas descontentes e inadaptadas são perigosas para o sistema...

Estes tipos vêm para a televisão fazer autopromoção, fazem teses de doutoramento e mais não sei o quê, é só paleio. Se eles estivessem na pele de algumas pessoas, eu queria ver. Claro que é sempre fácil falar e muitas vezes eles próprios não têm esse controlo emocional que tanto apregoam, mas todos nós vivemos muito de fachadas, papéis e aparências, uns mais e outros menos...

O que eu acho brilhante é esta tendência para achar que as mudanças só podem vir de dentro e que as condições exteriores, ou seja, o meio pouco importa e depois pedem-se coisas que muitas vezes são extremamente difíceis e as pessoas não são todas iguais! Penso que tem de haver um equilíbrio entre as mudanças exteriores e interiores, apenas isso.





quarta-feira, 28 de maio de 2014

O fenómeno de Fátima

Este tema já foi abordado numa publicação anterior, mas podemos dizer que o fenómeno de Fátima (antigo e moderno) desperta sempre alguma curiosidade. Em relação a ele, podemos fazer muitas críticas (nem todas são positivas, é certo), podemos fazer (ou tentar) muitas interpretações: considerar a hipótese de se tratar de uma egrégora; algo relacionado com o fenómeno OVNI; aparição mariana; aparição de um ser celestial; podemos também preferir uma explicação mais racional, como alguns gostam de lhe chamar (principalmente no que toca ao chamado milagre ou milagres);etc.

Apesar de tudo isso, é importante salientar que o culto à Deusa e a entidades semelhantes já existia mesmo antes do cristianismo, em contexto pagão, e este tipo de seres sobrenaturais já não são propriamente coisas novas dentro de uma perspectiva histórica e antropológica. Por isso, acreditando que são aparições reais (suponho que sejam porque, reflectindo um pouco sobre o assunto, não parecem ser alucinações colectivas, apesar de muita gente cair no erro de medicalizar tudo, e acho que isso é um problema na nossa sociedade actual. Já não é o diabo que aparece como explicação, mas sim a alucinação, etc), é algo que acompanha a humanidade há imenso tempo e, assim como acontece com outro tipo de fenómenos, na minha opinião, nada tem a ver com a religião x ou y, porque antecede a própria religião. A religião veio mais tarde e apropriou-se destes fenómenos, muitas vezes distorcendo ou adicionando coisas.

Há quem diga que sempre que tentamos interpretar este tipo de fenómenos, com ou sem religião, corremos o risco de adulterá-los, quando simplesmente deveríamos vivê-los sem esse tipo de interferência, vivê-los no seu estado puro. Penso que podemos sempre tentar ser neutros, mas talvez isso não seja sempre inteiramente possível. A cultura (esta ou outra) molda a forma como olhamos para a realidade. Para além disso, à medida que o tempo passa, a maneira como olhamos para as coisas pode mudar consideravelmente, dependendo da idade (biológica) e outros aspectos.  

Debate:






Profetas da Ficção Científica: Philip.K.Dick





terça-feira, 29 de abril de 2014

Efeito Maharishi

Em relação a este tema, comentarei mais tarde, mas penso que vale a pena ver o vídeo.







Campos morfogenéticos









Estudo NASA prevê o fim da atual civilização

Parece que, com ou sem matemáticas, os "malucos das profecias" não estão sozinhos...

"O mundo tal como o conhecemos não vai durar mais que algumas décadas. Esta é a conclusão de um estudo patrocinado pela NASA que concluiu que a civilização industrial está a aproximar-se do fim devido à exploração não sustentável de recursos energéticos e à desigualdade económica e social."

Fonte: http://www.noticiasaominuto.com/mundo/190519/nasa-preve-o-fim-da-atual-civilizacao

E, já agora, também dentro deste contexto, Jeremy Rifkin, economista e autor, fala-nos sobre a sua visão do futuro:




sábado, 29 de março de 2014

Flatland: Explorando outras dimensões

Flatland é uma metáfora acerca da sociedade do Séc.XIX, mas que em muitos aspectos ainda continua actual.

Mudar mentalidades e preconceitos pode ser uma tarefa extremamente difícil, e certos aspectos culturais estão bastante enraizados. Certas experiências e novas ideias, para além de serem incompreendidas em geral, podem não ser muito bem recebidas, principalmente quando falamos de estruturas que se assumem como autoridades e que tentam de alguma forma suprimir essas ideias.

Quando não estamos expostos a diferentes ideias (mesmo que a principio pareçam muito estranhas), corremos o risco de tornarmo-nos mais limitados no pensamento. A diversidade enriquece e abre novas possibilidades que podem ser exploradas. E sem troca de ideias corremos o risco de estagnar e não evoluir para algo melhor.

Sobretudo, é importante que as pessoas saibam que a realidade não tem de ser só uma (esta), o mundo não tem de ser visto como “precisa” de ser visto, o mundo (a sociedade) é uma construção que está sempre a mudar, a cultura (actual) não tem necessariamente de nos dominar até aos ossos. O mundo não é o que precisa de ser, mas sim o que queremos que ele seja… Seguir o rebanho passivamente, sem reflectir, talvez tenha algumas vantagens adaptativas, mas não deixa também de ter imensas desvantagens e nem sempre estamos conscientes delas.

Por outro lado, Flatland fala-nos da possibilidade de existirem outras dimensões.

A existência de outras dimensões é bastante plausível e já é teoricamente aceite pelos físicos. E isto vem abrir muitas possibilidades e implica que talvez existam outros seres que vivem em dimensões que escapam à nossa percepção.

Na minha opinião, a existência de outras realidades (não apenas aquelas que concebemos como materiais) é mais do que provável e deve haver por aí mundos que não conseguimos compreender nem imaginar!







Encontro em Staffordshire









quarta-feira, 26 de março de 2014

Fenómenos Psi e outros fenómenos extraordinários

Nesta entrevista (que pode ver no final desta publicação), o autor do livro “Science and Psychic Phenomena: The Fall of the House of Skeptics ” fala-nos sobre algumas evidências acerca dos fenómenos Psi e também sobre os movimentos de cepticismo organizado que tentam destruir estes temas (acabo por ser bastante repetitivo, pode ser ou não um defeito, já falei várias vezes neste tema e noutros que lhe estão associados, mas há sempre coisas a acrescentar).  

Classificar pessoas é sempre uma tarefa complicada e nem sempre desejável, mas podemos dizer que certas pessoas, de tão racionais e científicas que são (provavelmente muitos destes cépticos), acabam por tornar-se demasiado cruas, mecânicas e até previsíveis, não havendo espaço para mais nada nas suas vidas, e por isso não abrem a porta a uma série de possibilidades.

Por outro lado, temos também os mais românticos, idealistas e sonhadores, que são precisamente o contrário dos primeiros e não se envergonham da fantasia. Aqui é tudo emoção e de tanta emoção e sentimento, de tanta ilusão às vezes acabam na desilusão.

Por isso, talvez seja necessário combinar ambas as coisas, ambas as características, criando um equilíbrio. Há aqueles que negam tudo, rejeitam tudo e, por outro lado, há aqueles que acreditam em tudo. Eu prefiro estar no meio desses dois extremos!

Mas, para além de outros aspectos que falarei mais à frente, penso que precisamos de focar a nossa atenção no seguinte:

Primeiro, é necessário compreender que existem diferentes tipos de fenómenos e determinados fenómenos têm as suas próprias regras e mecanismos, por isso torna-se necessário muitas vezes (embora nem sempre) adoptar ferramentas e métodos de investigação apropriados e posturas mais flexíveis. Ou seja, é necessário compreender que nem tudo pode ser reproduzido em laboratório sempre que a minha vontade manda ou sempre que me apetece. E mesmo que alguns fenómenos possam ser provocados ou que haja uma certa probabilidade de os prever, sabemos que, não raras vezes, a sua natureza é altamente imprevisível.

Também sabemos que nem tudo pode ser observado quando queremos. Muitas vezes é preciso ter paciência e esperar pelo momento certo. No mundo natural, por exemplo, também não conseguimos observar eclipses todos os dias, não é?

Mas, mesmo quando são preenchidos todos os requisitos filosóficos e metodológicos dos “cépticos” e positivistas, quando se aplica o método científico, seguindo um empirismo rigoroso, externamente observável, puramente experimental e sem recorrer a mais nada, mesmo nessas situações, observamos rejeição e negacionismo por parte dos cépticos.

Sabemos que a forma como dizemos certas coisas provoca resistência nos outros. Depois temos também aquilo que alguns chamam de dissonância cognitiva e todos tentamos compensar isso, mesmo sem nos apercebermos, e os cépticos não são excepção e isso nota-se perfeitamente em muitos dos seus discursos…

Podemos também dizer que existem vários tipos de conhecimento, vários tipos de ciências (embora algumas pessoas tenham raptado a palavra ciência só para si), vários tipos de ferramentas, diferentes métodos, vários tipos de evidências, ou, até diria, vários níveis de evidências.

As próprias ciências naturais consideram certas coisas como verdades, mas no fundo são suposições, baseadas em algo, é certo, mas contudo, não deixam de ser suposições.

E não nos podemos esquecer de que a realidade, ou, melhor dizendo, o conhecimento é uma construção. Para além de não podermos eliminar por completo a consciência e a subjectividade, pois fazem também parte da equação.

A realidade, na qual a ciência natural se debruça, pode ser ilusória, um sonho, porque os sonhos são todos reais até ao momento em que despertamos… Isso não quer dizer que eu não possa desfrutar do sonho e orientá-lo conforme as possibilidades…





Os autoritarismos e os policiamentos assumem várias formas, independentemente de haver situações excepcionais que exijam tal postura (coisa que pode estar aberta ao debate e deverá ser abordada sob várias perspectivas, o que nem sempre acontece). Temos vários sistemas de controlo e policiamento e, por exemplo, a psiquiatria e algumas áreas similares caem nessa categoria.

A função da psiquiatria é (e sempre foi) ajustar o individuo a uma sociedade profundamente doente (essa sim é doente!). Quem não entender isto, não entende nada!

O DSM5, segundo dizem, é uma autêntica vergonha! (os outros também não eram grande coisa).

Quando referimos que a sociedade estigmatiza o “doente mental”, esquecemo-nos de que os diagnósticos psiquiátricos não fazem outra coisa senão rotular, julgar e estigmatizar as pessoas… Não deixa de ser paradoxal!

A psiquiatria já serviu como instrumento político (e, segundo alguns, ainda serve) e é algo que evolui conforme as regras e normas sociais e culturais. Tende a normalizar e policiar os comportamentos, mas não só… (não esquecer que a homossexualidade já foi uma doença mental e existem outros exemplos). Por isso, tem também muito de pseudociência, mas não me recordo de ver nenhum ataque por parte dos cépticos (ou, melhor dizendo, pseudocépticos) porque no fundo participam todos do mesmo jogo de controlo…

O conceito de doença mental é outra coisa muito confusa e aqui de repente cabe tudo e mais alguma coisa, transforma-se tudo em doenças. Há que entender bem o que é uma doença! Não sou um cientificista, considero que existe espaço para estudar a psique, mas quem disser que existe uma base biológica/química que legitima muitos desses diagnósticos, está a mentir ou então foi alvo de doutrinação enganosa, pois aqui não há qualquer objectividade nesse sentido.

Dito isto, não nego a existência de sofrimento psicológico (que poderá ou não depender de vários factores) e suas possíveis consequências. Que fique bem claro!

E, para além de outras estruturas organizadas que têm também esta função de controlo, temos também estes movimentos organizados de cépticos.

Mas quando falo em estruturas, posso também falar de tradições mantidas, atitudes e comportamentos que agem por “contágio” e cópia, coisas repetidas, até inconscientemente, coisas que permanecem através das gerações, muitas vezes camufladas de coisa normal e boa parte delas partilham lógicas não muito agradáveis.

Depois, podíamos também falar do papel dos media (ou, melhor dizendo, do papel que não têm, porque, dentro de uma determinada lógica, não é suposto terem, apesar de algumas excepções e episódios esporádicos).

Lamentavelmente, muitas ideias ficam apenas limitadas à Internet porque, por exemplo, as televisões não as divulgam nem estão interessadas em debatê-las (ou porque não são bem-vindas ou talvez porque não têm consciência da sua importância). Podemos concordar com o essencial mas não concordar com tudo, podemos concordar com tudo e podemos até nem concordar com nada, mas seria justo dar suficiente tempo de antena a toda a gente e isso não se verifica! Em vez disso, preferem insistir em programas que não acrescentam muito…

O passado é uma construção feita no presente, acontecimentos presentes têm as suas causas no passado, mas em algum momento poderíamos dizer que os acontecimentos passados e presentes são influenciados pelo futuro?

Acerca do futuro, não sei exactamente como ele vai ser, mas podemos sempre fazer uma previsão e há coisas que são mais ou menos óbvias e uma delas é o desemprego. O desemprego será uma realidade no futuro (em geral, sem especificar nenhuma profissão). Isto é o tipo de coisa que provavelmente nenhum político ou economista quer dizer na televisão, mas, por exemplo, a tecnologia começa cada vez mais a “roubar” empregos e continuará a fazê-lo. Ao contrário do que muitos possam pensar, isto representa algo muito positivo porque liberta-nos da escravidão da obrigação do trabalho. No entanto, se não forem feitas mudanças tendo em vista um modelo diferente, então aí será dramático! Alguém vê os media a tocar em assuntos como este? Raríssimo!





A História repete-se em ciclos, sempre existiram ideias que chocam, o contraditório, visões incompatíveis, faz parte do “jogo”. Sempre existiram defensores de algo e opositores, e por vezes é a partir desse diálogo (ou debate) que se avança para outros patamares e novas ideias.

Ser contra algo ou discordar de algo, discordar de uma determinada ideia, etc, não é necessariamente uma coisa má e o conhecimento e a própria ciência evolui dessa maneira.

Neste contexto, sou até capaz de concordar com os cépticos em relação a alguns assuntos, mas estes tipos abusam e tudo aquilo que não se encaixa na sua visão, visões alternativas que sejam diferentes da ortodoxia, do estabelecido (nas mais diversas áreas até), tudo o que mexe leva pau e fortemente, e muitas vezes sem necessidade nenhuma. E fazem-no recorrendo muitas vezes a atitudes e discursos provocatórios e pouco recomendáveis e usando formas que não são construtivas (ataques pessoais não são incomuns). Por vezes apenas incendeiam e ridicularizam, para além de serem peritos em passar “atestados de incompetência” aos outros, quando o assunto não lhes interessa.

Outro aspecto está relacionado com o facto de serem muito selectivos! Porque é que os cépticos nunca tocam, por exemplo, neste assunto: http://www.youtube.com/watch?v=IncNj99k2ig Não tocam nele nem nas mentiras que o rodeiam, mentiras que ainda continuam a ser papagueadas por alguns. O assunto não representa nenhuma novidade e estou certo de que não surpreenderá os mais atentos e perspicazes. Trata-se apenas da ponta do icebergue, pois esta área é abundante em situações duvidosas ou até misteriosas... Não vou entrar em polémicas sobre se a pessoa deve ou não deve tomar isto ou aquilo, isso cada um é que sabe (quando tem a liberdade para decidir…). Não dou palpites sobre a vida de ninguém e não quero ter uma postura demasiado radical. Não sou um proibicionista, desde que ninguém saia prejudicado, claro. Apenas acho que a pessoa tem de estar bem informada (em relação às mentiras também), o que geralmente não acontece. Porque muitas vezes é pior a emenda do que o soneto… Depois também podíamos falar da maneira como se diaboliza umas substâncias e depois tolera-se a venda e consumo de outras, mas isso já é um outro assunto.

Podemos dizer que este e outros assuntos simplesmente não fazem parte da agenda dos cépticos e seguramente não é por falta de motivos ou razões. Parecem ser defensores do status quo, e daí seleccionarem apenas certas coisas.

E sempre que tentam censurar algo (também se dedicam a isso), acabam por produzir o efeito contrário ao pretendido, ou seja, estimulam ainda mais a curiosidade e o interesse do público. Os cépticos parecem não entender psicologia básica! E embora algumas campanhas movidas no sentido de descredibilizar estes temas resultem, no geral não têm sido lá muito bem-sucedidos, pois o interesse por estes temas é cada vez maior!

A História avança e as vítimas por vezes transformam-se nos agressores, e nem o sabem!

É preciso entender como surgiram estes grupos e quais são as suas verdadeiras motivações. A História pode ajudar-nos a entender todos estes aspectos e o autor deste livro aborda também essa perspectiva histórica. Depois, tal como já tinha referido noutras publicações, é importante perceber que existe uma posição ideológica, dogmática, de carácter materialista e que, na minha opinião, é bastante clara, apesar de toda uma retórica mascarada de seriedade científica e de fomento do pensamento critico.

Haverá outra motivação por detrás disto? Algo que desconhecemos completamente? Não sei, mas o certo é que a sua tenacidade é impressionante.

Para além disso, como já tinha dado a entender, existe também aqui um problema relacionado com epistemologia e posturas intolerantes.





Os temas relacionados com mistérios e fenómenos extraordinários ou, se preferirem, invulgares (embora não tanto como se possa imaginar) têm o poder de causar duas reacções antagónicas: desprezo e crítica negativa ou fascínio e interesse crescente. No meu caso provocam um fascínio e interesse crescente!  

Muitas pessoas referem que certos temas são simplesmente tretas e, por exemplo, no caso do fenómeno OVNI, dizem que tudo não passa de folclore moderno. É evidente que têm todo o direito de assim pensarem, mas acredito que certos temas não têm nada de treta e merecem uma maior atenção.

Bem sei que certos temas têm sido maltratados por muita gente, umas vezes por desconhecimento de certos factos, outras vezes por negacionismo dogmático e um certo preconceito epistemológico, e outras vezes simplesmente por medo de serem ridicularizados, porque ainda há temas que, por ignorância, podem ser culturalmente inaceitáveis, embora já se fale mais abertamente deles. Também é verdade que existem muitas pessoas que se aproveitam destas coisas, por isso reconheço que nem tudo é verdade, mas, por outro lado, também há desinformação e tentativas de encobrimento para que ninguém saiba o que se passa...

Qualquer pesquisa feita de forma neutra e séria e que seja livre de preconceitos, irá surpreender, com toda a certeza!

No que toca aos OVNIs, uma percentagem desses objectos ( a maior parte) podem ser facilmente explicados, mas o que nos interessa são aqueles 5 ou 10% dos casos ( e não são poucos) em que decididamente não existe uma explicação, ou seja, são objectos voadores não identificados no sentido em que não possuem uma matricula que identifique a sua origem, mas, sem dúvida alguma, não são de cá! E não são de cá, porque, seguindo uma determinada lógica, a sua tecnologia e suas capacidades aeronáuticas desafiam tudo o que sabemos até ao momento e por isso são aquilo a que podemos chamar de OVETs (objecto voador extraterrestre- extraterrestre no sentido de ser de fora e fora implica muita coisa. Não tem necessariamente de ser do nosso Universo ou dimensão…)

A questão da prova tem muito que se lhe diga e isto está relacionado com aquilo que eu dizia anteriormente. Se alguém decide ter uma postura 100% cientificista e decide que prova é apenas um pedaço de ADN alienígena ou uma nave exposta para toda a gente ver, então nesse caso ainda não existem provas, isso é um facto! Mas se tivermos uma postura mais abrangente e tolerante, digamos assim, então nesse caso existem muitos indícios e mesmo provas. Se colocarmos todas as ferramentas de investigação à nossa disposição, então aí a história passa a ser outra, tal como numa investigação criminal e policial em que a evidência toma um outro sentido. Por isso, evidência não é apenas essa abordagem simplista naturalista, mas pode ser um conjunto de coisas que quando colocadas juntas permitem-nos juntar as peças de um puzzle e tirar algumas conclusões…

E sobre os OVNIS e outros fenómenos, não faz sentido acreditar que todos mentem ou estão alucinados ou que todos se enganam! Mas os cépticos preferem acreditar que assim acontece! Os cépticos dizem que o testemunho não tem qualquer valor… então, nesse caso, a própria medicina estuda sintomas e os sintomas não são externamente observáveis, diríamos o quê? Diríamos que a medicina deveria estudar apenas sinais?

Por exemplo, dizer que o cérebro se comporta mais como se fosse uma espécie de antena e que a consciência está dentro do cérebro da mesma forma que as imagens da TV estão dentro do televisor ou da mesma forma que o locutor de rádio está dentro do aparelho de rádio, mesmo com dados e informações que apontam nesse sentido, isso constitui uma heresia e terá de ser punido com os instrumentos adequados! Para mais algumas informações sobre o tema das EQMs, recomendo ouvir, por exemplo:


Este é mais um tema que, embora distinto (pensamos nós), encaixa perfeitamente nalgumas coisas que referi anteriormente. A ideia de que a consciência é apenas um produto da actividade eléctrica do cérebro pode ser um tremendo erro. Este tipo de reducionismo é defendido por muitas pessoas, mas existem certas evidências que apontam noutro sentido e as EQMs fazem parte desse grupo. Ao contrário do que alguns dizem, há coisas que simplesmente não têm uma explicação. A consciência parece não estar limitada a um cérebro. Mas afinal o que é a consciência? Pode até ser que apenas a consciência exista, é uma hipótese. É lógico que não nego que existe uma relação entre cérebro e consciência, mas parece que algo existe de forma independente…. É um tema polémico, sem dúvida, e que gera por vezes posições e discussões muito acesas e nas quais eu não quero entrar! (convém dizer que as pessoas que passaram por essa experiência geralmente não estão preocupadas em ganhar debates e têm uma postura diferente). Cada um é livre de pensar o que quiser, contra ou a favor, e não vale a pena mover inquisições como alguns cépticos fazem.

O mais curioso é que algumas pessoas que tiveram essa experiência também pensavam como os cépticos e depois abandonaram por completo a sua concepção materialista e o seu cepticismo desapareceu completamente. Existem muitos casos semelhantes, mas é este tipo de transformação radical que me deixa intrigado…