quinta-feira, 26 de julho de 2018

Regressão de memória

No contexto da regressão de memória, com recurso à hipnose (portanto, ao contrário de outros casos, aqui não existe uma lembrança ou acesso espontâneo a memórias que estavam guardadas e vedadas até àquele momento), muitas vezes aparecem as tão badaladas memórias de vidas passadas. Mas, quer sejam regressões a vidas passadas ou simplesmente lembranças de acontecimentos recalcados desta vida presente, há quem afirme que este processo pode gerar memórias falsas.

No caso das memórias de vidas passadas, e apesar de hoje a hipnose ser vista com outros olhos, parece-me evidente que essa ideia não cai bem e por isso existe uma certa aversão e rejeição por parte de certas pessoas, pelas razões que todos já conhecemos.
Contudo, sejam acontecimentos de vidas passadas ou desta vida presente, devo dizer que não descarto totalmente a possibilidade de ocorrerem falsas memórias, principalmente se houver uma abordagem errada, irresponsável, ou pouco ética, por parte da pessoa que está a conduzir essa regressão (antes, durante e depois). Aliás, há estudos e casos que mostram que as falsas memórias são possíveis, com ou sem recurso à hipnose. Para ser sincero, nunca me debrucei muito sobre esses estudos e casos em particular, por isso não posso opinar muito sobre o assunto, apenas deixo a informação. Recordo-me apenas de ter lido que houve casos de falsas memórias durante o chamado “pânico satânico” ocorrido nos Estados Unidos, na década de 80 do século passado.

Quando falamos de memórias de acontecimentos traumáticos nesta vida presente, embora isso à partida possa ser difícil, em certos casos ainda é possível verificar e investigar se realmente aconteceu, ou qual a probabilidade de ter acontecido.

É, de facto, um tema polémico e complexo, ainda mais quando falamos de vidas passadas. Mas, neste caso em particular, como podemos saber se determinada memória é realmente verdadeira?

Eu poderia talvez juntar todo um conjunto de informações (de proveniência diversa) que aponta para a existência de vidas passadas, no sentido de dar força a essa ideia. Poderia também dizer que, depois de uma regressão, existem casos de pessoas que experienciam uma resolução ou alívio dos seus problemas pessoais, uma transformação interior, ou até mesmo uma cura de alguma doença física. No entanto, nada disto serve para corroborar determinadas informações e acontecimentos, histórias, pormenores fornecidos neste caso por aquela pessoa submetida à regressão. Ou seja, devemos colocar duas questões importantes:

Será que é possível confirmar a informação que extraímos da regressão?
E se conseguirmos confirmar essa informação, qual a plausibilidade daquela pessoa ter tido conhecimento de certos pormenores específicos através de meios digamos normais?
 
 

Em baixo, dois programas que tentam responder a estas questões, mas existem mais desse género.

Deixo aqui ficar apenas uma parte de cada programa, as restantes partes podem ser facilmente encontradas.

Nota: Mais uma vez, volto a lembrar que existem comentários que acrescentam mais informações, reflexões e análises aos artigos principais. E, por exemplo, alguns vídeos mais antigos deixaram de funcionar, mas se o leitor tiver muita curiosidade e interesse, pode enviar-me um comentário com pergunta e, se eu me recordar do vídeo, responderei e darei o nome do documentário, ou programa, e posso também sugerir outra forma de encontrá-lo.