quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Os fenómenos estranhos partilham a mesma origem?

Algumas pessoas pensam que a nossa realidade é influenciada por algo desconhecido e poderoso. Referem que muitos fenómenos e estranhas aparições têm em comum a mesma origem, assumindo diferentes disfarces ao longo do tempo e em diferentes contextos.


O que me parece é que existem outros e esses outros interferem neste vasto jogo que é a existência/realidade. Se esses outros são apenas diferentes disfarces e têm a mesma origem, isso eu não sei! No entanto, estou inclinado a dizer que existem fenómenos, seres e situações de origem e naturezas distintas.


terça-feira, 26 de agosto de 2014

Ateísmo

Cada um deve ser livre para acreditar no que quiser ou não acreditar. Eu também não acredito em tudo e isso é perfeitamente natural. Mas, por exemplo, tal como vemos em muitos debates, acreditar (e dizer com total certeza) que não existe nenhuma realidade para além do que concebemos como material, isso, na verdade, não será mais uma crença?

Se quisermos ser realmente científicos na abordagem, e não tendo a certeza de algo, ou melhor dizendo, na ausência de evidências (embora a palavra evidência possa ser mais abrangente e tolerante do que muitos apregoam por aí...), a atitude mais correcta seria dizer: não sei!

Para além disso, classificar-se apenas como ateu pode suscitar dúvidas, uma vez que existem muitos tipos de ateus: por exemplo, há ateus que são budistas e há ateus que são materialistas. Depois, na minha opinião, a dificuldade de alguns ateus não está propriamente em aceitar a existência de algo transcendente, digamos assim (não gosto muito de usar a palavra Deus, porque talvez, por várias razões, seja inadequado). Os ateus, simplesmente, têm aversão a um determinado conceito de Deus, aliado ao facto de não tolerarem a religião, quer seja por motivos pessoais, quer seja por razões históricas e influências de alguns filósofos do iluminismo que tiveram muita importância em moldar todo um pensamento.

No caso da religião, há aquilo que muitas pessoas chamam de espiritualidade, que lhe serve como base e pode ser visto como algo distinto. Não sou fã de religião organizada, confesso. Faço a minha própria religião porque, se for preciso, gosto de liberdade para mudar a qualquer momento, embora entenda que nem tudo é mau na religião. Penso que existem diversos caminhos e há boas razões para acreditar que existe algo de transcendente. Não se conhece nenhuma cultura sem esse lado do sobrenatural, apesar das diferenças e variantes. Não sei se a justificação é simplesmente a do homem primitivo estar aflito (como podemos estar a qualquer momento) e de repente inventar um ser sobrenatural, que inicialmente era o divino despersonalizado, impessoal (que está em tudo e todos) e gradualmente adoptou uma personalidade humana, tornando-se um criador separado…


É importante perceber que a religião tem muito de construção humana e foi e é produto de uma certa cultura, e às vezes torna-se necessário filtrar certos aspectos. Contudo, isso não quer dizer que o "sobrenatural” não exista!


Sobre a redefinição do ateísmo:


A Ciência e as suas limitações

Certas correntes de pensamento aceitam a existência de um mundo independente da mente humana, mas referem que o conhecimento acerca do mundo é sempre uma construção humana e social, por isso consideram impossível atingir qualquer verdade objectiva e absoluta acerca do mundo natural. Existem limitações reais e por isso as teorias apenas podem ser vistas como aproximações à verdade e nunca verdades perfeitas. Apesar disso, consideram que a ciência, no seu lado prático, pode ser algo que permite desenvolver ferramentas valiosas e possui uma diversidade de métodos úteis. 

Portanto, esse conhecimento, construído pela comunidade científica, tem como objectivo explicar o mundo natural através da elaboração de modelos que podem evoluir à medida que a História avança, e esses modelos são sempre interpretações da realidade e não verdades absolutas. Alguns até dizem que determinados modelos aceites pela comunidade científica não foram e não são especialmente baseados em sólidas evidências, mas foram e são simplesmente uma espécie de moda, digamos assim.

Para além disso, não podemos esquecer que, dentro desta cultura actual, devido a várias razões, às vezes existe uma tentação para distorcer e esconder dados recolhidos em pesquisas. Por exemplo, por vezes, devido a interesses relacionados com negócio (mas não só), muitos optam por não publicar os resultados negativos e, como consequência disso, podemos ficar com uma perspectiva limitada das coisas.

Sob uma determinada perspectiva, podemos afirmar que a subjectividade, o mundo interior é o nosso único mundo, independentemente do que possa existir lá fora. A consciência (vou usar a palavra consciência) é o nosso único mundo. A consciência é o que está mais próximo de nós. Essa é a única coisa que podemos realmente conhecer. Tudo o resto é incerto. No sentido em que tudo o resto é conhecido através da mente, relacionamo-nos com o exterior sempre através dessa consciência ou subjectividade, como alguns gostam de lhe chamar.



Humor

Atenção porque muitas vezes o humor serve para propagar e disseminar ideias cruéis e preconceituosas. Certas coisas são manifestações de preconceito, generalizações e faltas de respeito, por mais naturais e ingénuas que possam parecer aos olhos de alguns…

Surge disfarçado de humor, mas é algo perverso, capaz de fazer estragos, e encerra grande irresponsabilidade, e não faltam exemplos por aí. O humor é saudável, pode ter uma força fantástica, pode até ser uma arma inteligente e possui aspectos positivos, mas há também o outro lado, o lado daqueles que não reflectem sobre as coisas que dizem e as suas consequências… (mas há também aqueles que, conscientemente, sabem muito bem o que estão a fazer, pois têm um plano mais ou menos definido…).

Alguns podem até pensar que tudo isto que acabei de dizer não faz qualquer sentido e talvez também pensem que eu seria a favor de uma espécie de censura em relação a determinado tipo de humor e certos temas. Errado! Não defendo proibições nem pretendo censurar nada. Apenas convido à reflexão!

Não vou entrar em pormenores acerca das situações dignas de serem aceitáveis e inaceitáveis. Isso fica ao critério de cada um. Eu tenho as minhas ideias e cada um tem o seu próprio ponto de vista. Cada um é livre para dizer o que quiser, da mesma forma que cada um é livre para não gostar de certas coisas e, nesse caso, só porque algo é visto como natural ou normal, não somos obrigados a aplaudir! (aliás não é só em relação ao humor, mas também no que diz respeito a outras situações e “modas”/comportamentos). Há quem pense que não deve haver limites para o humor, mas talvez às vezes seja bom colocarmo-nos no lugar do outro (ou dos outros) e sermos conscientes daquilo que fazemos e dizemos.


sábado, 23 de agosto de 2014

Manual do Revolucionário

Um manual do revolucionário! Não sei se existe tal coisa! Possivelmente já existem muitos destes manuais e cada um defendendo modelos e formas diferentes de realizar revoluções. Nem sequer pretendo criar uma série de preceitos e normas que guiem uma determinada revolução, tendo em vista a implementação de um modelo diferente.

Existem muitas ideias, movimentos e projectos por aí, e cada um de nós poderá participar conforme as nossas possibilidades e motivações pessoais (mesmo que seja só através da Internet). Posso encontrar muitos aspectos interessantes nalguns desses movimentos, mas também consigo encontrar coisas e opiniões com as quais não concordo. Nada parece ser 100% perfeito, ou seja, 100% de acordo com as nossas visões pessoais (pelo menos, falo por mim) e talvez isso seja muito difícil de alcançar, devido a uma série de factores relacionados com a individualidade (e devemos caminhar no sentido da defesa dessa individualidade e ainda há muito a fazer). Mas não vejo assim grande problema nisso, porque o importante é estarmos de acordo no que diz respeito aos aspectos essenciais, e esses não são poucos!

O sistema

Só existe uma certeza: a mudança chega sempre, mesmo que chegue mais tarde (mesmo que não seja para o nosso tempo de vida), e se as coisas não derem para o torto, claro. Mas haverá gente que defenderá o sistema instalado (o sistema é algo muito abrangente, não se restringe apenas a um determinado modelo económico…).Haverá sempre resistência por parte daqueles que controlam o sistema e por parte dos seus fiéis devotos. Uns acreditam que é assim que as coisas têm de ser, outros sabem que há sempre muitas vantagens a sacar deste sistema, muita gente sabe disso e, no caso de neste momento não estar a sacar vantagens, vivem na esperança de amanhã serem uma dessas pessoas que sacam vantagens. Todos podemos sacar vantagens hoje ou amanhã, mas existe sempre um lado perverso nisso tudo.

Certas coisas têm de ser pensadas a nível global. Desenganem-se aqueles que pensam o contrário, porque hoje podem estar bem, mas amanhã podem se dar muito mal. Está tudo ligado!

Por outro lado, para quê perder tempo quando sabemos que há muitas pessoas que não merecem o nosso tempo e a nossa “luta”? Este pensamento, assim como outros, já passou pela cabeça de muitas pessoas, inclusivamente pela minha. Será que vale a pena? Talvez seja uma boa opção pensar apenas naqueles que merecem e nos que merecerão, e assim contornamos a situação. Ou talvez seja demasiado arrogante pensar que só uns merecem e outros não! No entanto, não somos obrigados a gostar de toda a gente, e se alguém disser que gosta, não está a ser sincero! Dito isto, acredito que certas mudanças beneficiam e melhoram todos, os que merecem e os que não merecem (nunca esquecendo que este tipo de distinção pode ser sempre perigoso…).

O sistema tem muitas ferramentas para impedir certas mudanças, inclusivamente há agentes próprios que usam a Internet e sabem como manipular as coisas de forma a desviar as pessoas de certas ideias e fortalecer a crença noutras (não estou a inventar nada). Podem inclusivamente destruir a reputação de muita gente, há formas de o fazer.

Também existe pressão para uniformizar, a pressão para encaixar no padrão ou modelo que certa propaganda considera ser o ideal (que são meras convenções, na maior parte das vezes). Tudo isso existe, não são ilusões. A questão é saber o que é realmente importante e como podemos manter a nossa individualidade.

Matrix

Ainda sobre o tal sistema, alegorias e filmes como este podem ter vários níveis de leitura e interpretações, mas fica claro aqui a critica ao sistema. Filmes como este não aparecem por acaso (se é que existe tal coisa) e antes existiam outras formas de passar certas mensagens.



Sobre o passado e o presente

O passado foi o que foi e essas revoluções possivelmente foram o reflexo de uma determinada época, aconteceram dentro de um contexto, crença e mentalidade própria. Podiam ter sido feitas de outra maneira, mas talvez também sejam o resultado das limitações e imperfeições próprias dessas épocas. Talvez tivesse que ser assim mesmo, não sei!

O revolucionário pode se corromper (muitos transformaram-se em reaccionários), pode até ter as motivações erradas e enganar toda a gente, mas depois também temos aquele tipo de revolucionário que é genuíno e realmente acredita nas suas ideias, mas infelizmente não tem a sabedoria ou sensibilidade necessária e por isso realiza tudo da pior maneira possível, fazendo asneira, e depois até acaba por ser vítima dos seus próprios ideais (a História dá-nos muitos exemplos). Revoluções externas sem revoluções internas são um perigo! As duas coisas têm de surgir ao mesmo tempo, tem de haver um equilíbrio entre as duas e o problema às vezes está precisamente aí.

De qualquer maneira, para evitar os erros do passado, é necessário pensar noutra forma de organização. Para além disso, as revoluções sempre existirão, é cíclico, velhas estruturas dão lugar a novas estruturas (seja em que área for), existe uma renovação. Já não faz sentido as revoluções serem feitas com tiros ou simplesmente acções violentas, as revoluções não se fazem com tiros nem violência, fazem-se mudando a cultura, mudando as mentalidades e usando estratégias inteligentes e bem organizadas, e isso já não é pouco! (principalmente este tipo de revolução que falei anteriormente e no contexto actual).

Ao longo da História (inclusivamente a recente) o que podemos perceber é que, quando sucedem revoluções (das mais variadas), permanecem sempre alguns vícios e aspectos que podem demorar um certo tempo a desaparecer. Ou seja, uma revolução muda radicalmente a vida de uma civilização ou sociedade, mas é sempre um processo inacabado e continuo… (tal como o conhecimento, embora haja coisas que nunca mudam…)

Hoje, mais do que nunca, na minha opinião, e porque tudo tem o seu tempo e o seu momento (e é preciso respeitar isso também), felizmente temos o que não tínhamos antes, temos os meios e o mundo está ligado em rede…

Por muito que esses sistemas do passado tenham-nos feito evoluir (deixando também os seus efeitos secundários e alguns preocupantes), sabemos que existem alternativas viáveis. O problema pode estar na transição, isso é que nos pode preocupar e razões não faltam para assim pensar (hábitos mantidos, falsos valores, fanatismos religiosos, etc). Naturalmente, apoiarei tudo o que corra nesse sentido, mesmo que não seja para o meu tempo. Precisamos de educar as pessoas (ou sensibilizá-las) globalmente, demore o tempo que demorar, de forma a funcionarmos como um só, e não à base de chico-espertismos, competições e interesses sem um pingo de inteligência ou bom senso, que jogam fora o conhecimento acumulado e que podia ser posto em prática.

Depois aparecerão sempre aqueles que têm um monte de verdades inalteráveis e absolutas sobre como o mundo deve ser, e aparecem com todo o tipo de argumentos para defender o sistema. Um desses argumentos é o direito ao trabalho. Só que o trabalho não é um direito, é uma obrigação imposta, não é uma escolha! O ser humano não nasceu para trabalhar, o Homem nasceu para criar. A tecnologia avança, a ciência avança, os meios avançam, e as pessoas querem continuar a ser escravas e a defender as virtudes do trabalho. Se a lógica for dar um passo de cada vez, então muita coisa é possível. E hoje já podíamos libertar muita gente, aliás os desempregados já estão libertos… Por exemplo, quando se falou do rendimento básico incondicional (proposta petição deixada na UE, feita por cidadãos de países membros), que poderia ser um dos primeiros passos para a utopia (palavra perigosa na boca de muita gente), os políticos em Portugal não defenderam essa medida, embora fosse algo viável na prática, mas sem vontade politica. E porquê? Não é difícil entender!



quinta-feira, 21 de agosto de 2014

As pirâmides guardam enigmas!

Foram entidades extraterrestres (em sentido amplo) que construíram ou ajudaram a construir as pirâmides? Não sei! Não posso afirmar tal coisa!

As pirâmides foram obra de uma civilização desconhecida e avançada? Não sei!

As pirâmides foram construídas por escravos? Não. Segundo os egiptólogos, não foram construídas por escravos, mas sim por trabalhadores livres e especializados.

As pirâmides guardam enigmas? Sim! Sem dúvida! Há coisas difíceis de explicar e que parecem não encaixar nas teorias amplamente aceites.

Em relação à tal civilização avançada, nunca se sabe! Quanto aos ETs, e apenas pensando no nosso universo, é importante não esquecer que o sistema solar é jovem quando comparado com outras regiões da nossa galáxia. Há regiões da nossa galáxia muito mais antigas. Por isso, imaginando que existem outras civilizações mais avançadas, essas civilizações podem ser milhares ou milhões de anos mais avançadas do que nós! Conseguimos imaginar tal coisa?! Nós somos patéticos e orgulhosamente arrogantes! Podemos neste momento estar a viver no “quintal” ou “zoo” de uma dessas civilizações, sem nos darmos conta disso!

Vamos aos pormenores:


(“A Revelação das Pirâmides”- documentário- 1ºparte)



Extra: O enigma Core 7, um misterioso cilindro encontrado no Egipto: http://www.dailymotion.com/video/x24wtx1_ancient-impossible-s01-e06-power-tools_shortfilms 

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

“É a natureza humana!”

O argumento da natureza humana como desculpa para defender o sistema e determinado (s) tipo (s) de cultura (s)!

Não vale a pena mudar nada porque a natureza humana é e sempre será assim ou assado, dizem alguns. Algumas pessoas pegam sempre no argumento de que os seres humanos sempre serão assim ou assado, porque é a natureza humana e essa é imutável. Mas o que é natureza humana e o que não é? É o velho debate! Somos levados a acreditar que certos aspectos fazem parte da natureza humana e são inalteráveis, mas certas coisas podem ser simplesmente produto de uma cultura e não coisas inatas.

O ser humano tem defeitos e virtudes em graus diferentes. Nós podemos apenas chamar-lhe características em vez de dizer que são defeitos ou virtudes, porque às vezes as coisas são relativas e o que aparenta ser um defeito mais tarde revela-se como uma virtude e vice-versa… Também sabemos que por vezes o ser humano simplesmente adapta-se ao que tem pela frente e desenvolve o que for preciso, mesmo que, por exemplo, tenha de usar certos comportamentos que poderiam ser evitáveis. Por isso, em vez de moralizar excessivamente, o que podemos fazer é implementar um modelo diferente para viver em comunidade, respeitando a individualidade de cada um.

Todos temos necessidades humanas e podemos sempre escolher melhores modelos para viver em comunidade, modelos que visem preencher essas necessidades, na base da cooperação e partilha, para o benefício de todos. Isso não vai contra a nossa natureza, antes pelo contrário.

Há características que podem ser comuns a todos, há muitas diferenças entre as pessoas, há hábitos muito difíceis de mudar, mas o que é realmente natureza humana e o que não é? Ganância, por exemplo, faz parte da natureza humana? Muita gente quer que acreditemos que a ganancia faz parte da natureza humana e é algo que não pode ser mudado nunca. Essa crença convém ao sistema, e assim, uma vez que o ser humano é intrinsecamente ganancioso e egoísta, não vale a pena fazer nenhuma mudança, até porque qualquer proposta de mudança iria levar-nos para a ruína (tipo união-soviética), é isso que eles querem que todos pensem!

Gradualmente, podemos potenciar determinadas características e visões do mundo e, com isso, enfraquecer outras tendências desarmoniosas. Certos comportamentos apenas se manifestam se houver condições para tal suceder, assim como os genes, o ambiente pode ligá-los e desligá-los (como alguns referem). Para além disso, agora há pesquisas que sugerem que os efeitos das mudanças no estilo de vida, os efeitos dos hábitos e das experiências de vida podem passar para outras gerações (num curto espaço de tempo). De lembrar que também acreditavam que o cérebro era “estático” e agora descobriram que o cérebro tem plasticidade e que certos hábitos e práticas modificam literalmente o cérebro, inclusivamente tendo um impacto nas nossas emoções e reacções. Para além disso, há boas razões para acreditar que, por exemplo, o estado emocional de um grupo de pessoas reunidas num determinado momento pode influenciar o comportamento de uma comunidade inteira. De qualquer forma, acredito que somos mais do que genes e ambiente (e ainda há muita coisa nisso da genética que está por explicar), há algo mais em nós e o ponto de partida pode ter sido muito antes do nascimento.

As pessoas não têm noção da força que o subconsciente exerce em nós. Os primeiros anos de vida são similares a autênticos estados hipnóticos, somos demasiado permeáveis a tudo, aprendemos e copiamos um monte de comportamentos, sentimentos, etc e muitos desses comportamentos e sentimentos ficam enraizados. Depois ficamos mais conscientes da nossa vida, o que não quer dizer que a hipnose não continue, ela continua, mas já de forma diferente. Todas as experiências na vida podem ter a sua importância. E existem certos aspectos que, de tão enraizados, podem ser muito difíceis de mudar, embora não seja impossível… A nossa vida é em grande parte gerida por comportamentos e reacções subconscientes. Por isso, estudar novas ideias, ter conhecimento de novas ideias, esse conhecimento adquirido, tudo isso é trabalhado pela mente consciente e a mente consciente, por si só, não pode mudar certos programas do subconsciente. Se assim fosse, bastaria ler um livro e mudaríamos automaticamente certas coisas e, na maior parte das vezes, não é assim que funciona. Ou seja, ter conhecimento não chega! O resto é tema para outras conversas, digamos assim.

Quanto ao passado, há quem diga que antes do neolítico o ser humano era muito diferente em certos aspectos e depois a tendência para se corromper, digamos assim, e complicar certos aspectos da vida aumentou bastante (não defendo que seja necessário voltar atrás no tempo, atenção). Há também outras teorias mais arriscadas acerca do passado da humanidade e de outras civilizações avançadas que se extinguiram…

Penso que não se valoriza devidamente o meio social, já falei nisto varias vezes. Para certas pessoas (uma certa área das ciências humanas) não é lucrativo ou conveniente estudar, discutir, debater, pressionar os governantes, ou tratar de muitos desses aspectos, ou então colocam a coisa apenas num nível teórico e não saem dele. Outros, por exemplo, da área da sociologia, quase não se ouve a sua voz, não sabemos o que pensam nem que estudos fazem, não sabemos que soluções apontam (ou então tenho andado distraído), mas suponho que não haja unanimidade em termos de teorias e soluções. Mas seja em que área for (das ciências humanas ou não), o que mais vemos e ouvimos (nos meios mais convencionais) são as mesmas coisas de sempre (não concordo com grande parte delas, embora haja algumas também interessantes), e verificamos, como era de esperar, um domínio absoluto da economia/politica sobre tudo o resto.

Não sou contra especializações, mas por vezes verificamos que não existe uma perspectiva total das coisas, perde-se o todo e nota-se dificuldade em harmonizar, articular e ligar todos esses conhecimentos provenientes de áreas diferentes. E muitos dos nossos problemas surgem devido a visões parciais e fragmentadas das coisas, teorias e práticas desactualizadas e, na minha opinião, pecamos por não simplificar a vida. Não sou contra especializações, mas por vezes há que ser um pouco generalista ou então saber como articular tudo (todas as áreas, não só as chamadas ciências humanas) no sentido de retirar o máximo proveito.

As soluções que tenho tido conhecimento, com algumas excepções, vêm principalmente de pessoas que no presente não estão ligadas a universidades ou a instituições mais convencionais ou ortodoxas, digamos assim. Na maior parte das vezes são sistemas, propostas, soluções e pensadores livres…

Por isso, voltando aos genes, os genes não determinam nada, os genes não são sentenças no que diz respeito a certos comportamentos, os genes podem talvez predispor, mas isso tem muito que se lhe diga. O meio influencia muito, a cultura influencia muito, a visão das pessoas é totalmente moldada por uma determinada cultura. O meio ambiental e social constantemente realizam o seu trabalho, mesmo que certas mudanças demorem muito tempo...

Alguém poderia argumentar que não podemos saber exactamente qual é a natureza humana (ou até dizer que não existe tal coisa) porque é impossível separar o ser humano do ambiente ou do contexto onde nasce e se desenvolve. É impossível separar o objecto do seu contexto. De qualquer forma, existe tamanha variabilidade e diferenças que torna-se difícil tomar uma decisão absoluta. E se existe uma natureza humana bem definida, até que ponto ela é maleável? O ser humano é adaptável talvez e não fixo. E para além disso, desconhecemos o futuro. Nada é imutável.

Pessoalmente penso que, por exemplo ninguém nasce violento ou ganancioso, as pessoas aprendem a ser violentas ou gananciosas, não é inato. Embora uns tornem-se mais facilmente gananciosos e violentos do que outros, mas não é algo comum a todos e, sendo natural e especifico da nossa espécie, tem de ser comum a todos em todos os contextos.

Existem culturas fora da nossa civilização e até mesmo comunidades muito específicas dentro da nossa civilização onde a violência é praticamente nula e ninguém acumula riquezas desmedidamente… Verificamos cooperação e não competição.

Podemos acabar com a escassez? De que forma está tudo relacionado? De que forma podemos gerir os recursos da Terra para benefício de todos, no sentido de evitar problemas e conflitos? Um sistema monetário ajuda ou prejudica? Podíamos colocar muitas mais questões em relação ao comportamento humano.

É evidente que existem diferenças entre países e as diferenças fazem-se notar a diversos níveis, pois existem razões para assim ser, mas, de uma forma geral, e como já tinha referido outras vezes, independentemente das diferenças, o sistema e funcionamento básico é igual para todos. Esse sistema não é seguro e carrega um potencial para problemas, e uma vez estando todos no mesmo barco, o que acontece noutras partes do mundo pode afectar-nos e as nossas acções podem igualmente afectar os outros. É importante perceber o que é um ecossistema e é igualmente importante saber que existe interdependência a todos os níveis.

O grande erro, na minha opinião, é achar que a civilização mudou (a nossa), ela não mudou, apenas mudou de máscara e manteve a mesma raiz, apesar da tecnologia, ciência (que não é totalmente aplicada), leis e novos direitos. Mas as leis não podem mudar certas coisas, uma pessoa que age na base da punição e recompensa, essa pessoa nunca será genuína e suas acções serão baseadas na polaridade do medo e haverá sempre uma forma de contornar a lei ou mesmo violá-la. As leis são como os antibióticos, necessários por vezes mas problemáticos a longo prazo. Quantas mais leis, mais confusões e novos problemas surgirão. As leis existem (muitas), evidentemente fazem parte do pacote, não resolvem os problemas na raiz, mas é o que temos neste momento para “segurar as pessoas”, e as elites geralmente dão-se muito bem com boa parte dessas leis… Penso que o melhor seria começar realmente a pensar na prevenção e promoção das condições necessárias para construir esse tal ser humano que tanta gente fala e outros tantos não acreditam. Penso que não faz mal nenhum pensar em utopias, a Internet já foi uma utopia (e aparenta ser algo que tem tiques desse futuro. Em certo sentido, é como um presságio, um prelúdio do que poderá surgir mais à frente).







terça-feira, 19 de agosto de 2014

Uma economia baseada nos recursos do planeta

O caso de Pam Reynolds

Dentro do universo das EQMs, existem certos casos que se destacam e isso deve-se ao facto de possuírem características muito particulares. O caso de Pam Reynolds, devido às circunstâncias em que ocorreu, destaca-se especialmente de todos os outros, embora haja outros casos também interessantes.







A Ilusão do Tempo e a Mecânica Quântica