quinta-feira, 30 de agosto de 2018

Porto do Graal


Portugal, “Portugral”, porto do graal (ou talvez não). Pode ser que o Indiana Jones, e tantos outros entusiastas dos templários na vida real, tenham andado durante muito tempo a procurar no lugar errado, é apenas uma hipótese que me surge.
Do meu ponto de vista, em termos internacionais, a história dos templários em Portugal (assim como tantos outros aspectos positivos da nossa História, embora muita gente só queira ver o negativo porque talvez lhes convenha de alguma maneira) tem sido fortemente negligenciada de forma quase inexplicável, mas as coisas têm vindo a mudar nos últimos anos. O que não quer dizer que todos andaram a dormir no passado não muito longínquo, porque sei que alguns (fora de Portugal) sempre estiveram atentos e já vieram cá algumas vezes para filmar e discutir sobre o assunto.
Apresento aqui mais um documentário sobre os famosos cavaleiros templários e a sua relação com Portugal. Não é uma produção nacional nem ibérica, e isso é positivo, aliás já não é a primeira vez que isto acontece, porque nos últimos anos já houve outros documentários produzidos fora de Portugal.
Pontos a reter: (sem nacionalismos exacerbados da minha parte)
- Os templários foram fundamentais na formação de Portugal como reino independente, aliás, embora eu não seja historiador, arrisco-me a dizer que Portugal dificilmente existiria sem a ajuda e influência dos templários. Portugal, se não me engano, é o país da europa com as fronteiras mais antigas. Há até quem afirme que Portugal foi inicialmente uma invenção dos templários e que tinha um propósito como nação, ou seja, existia um projecto ou um conjunto de ideias por detrás da criação do reino;   
-Em determinado momento do documentário, foi dito que Portugal (inicialmente um condado) tornou-se independente do reino espanhol, ou de Espanha. Ora eu penso que existe aqui uma incorrecção porque, na verdade, a Espanha não existia nessa época, tendo sido formada muito mais tarde. O reino de Portugal é mais antigo! Reino de Leão não é a mesma coisa que reino de Espanha. E mais tarde, durante a união ibérica, é preciso salientar que Portugal nunca pertenceu à Espanha, apenas partilhava o mesmo rei. É que a palavra união não significa aquilo que muitas pessoas pensam… Portugal nunca deixou de ser Portugal nem perdeu autonomia. Depois deu-se a chamada restauração da independência porque, do lado espanhol, durante o reinado de Filipe III, quiseram rasgar e não respeitar o acordo que tinha sido feito com os portugueses. Por isso essa história de que Portugal foi da Espanha (De que Espanha estamos a falar? O que é que isso significa?) é pura fantasia;
- D. Afonso Henriques foi educado pelos templários (segundo o documentário) e Bernardo de Claraval (seu parente) teve um papel importante durante o processo de independência;
- O selo de D. Afonso Henriques e a sua leitura (talvez arriscada, não sei);
- A criação da Ordem de Cristo pode ser encarada como uma refundação da Ordem do Templo;
- Tomar, a sede da Ordem em Portugal; o pentagrama; os túneis; as relíquias, os conhecimentos, os mapas (especulação); os segredos e os objectivos da Ordem;
-A expansão marítima que foi pioneira e teve um impacto na História Mundial;
-Os rituais de iniciação que teriam sido copiados dos essénios, um ritual de ressurreição no qual são criadas condições para que ocorra uma experiência fora do corpo, exactamente como acontece no fenómeno que hoje chamamos de EQM, com todas as mudanças interiores que essas experiências acarretam.