De acordo com os relatos que nos
chegam, nomeadamente no âmbito das EQM, a nossa existência neste planeta serve
um propósito, tem um sentido (é importante salientar que a filosofia e a
religião sempre tentaram responder à questão do sentido da vida). Portanto,
neste contexto, é-nos dado um conjunto de informações que possuem semelhanças
com algumas filosofias, doutrinas e tradições espirituais, nas quais o planeta
Terra é visto como uma escola onde se aprendem importantes lições.
No entanto, como curiosidade, e
tal como acontece com outros assuntos, também aqui há espaço para a conspiração,
porque existe uma versão alternativa do factos (não estou a falar da versão
materialista, ontologicamente falando). Essa versão alternativa diz que o planeta
Terra é, afinal, uma prisão! Suponho que esta teoria foi inspirada no
gnosticismo (e não só). Alguns chegam mesmo a usar conceitos e termos
gnósticos.
Talvez, digo eu, não seja uma
prisão para todos, ou então é uma prisão com mais regalias para uns do que para
outros, e com direito a tortura. Mas há quem não concorde com esta teoria de
que a Terra é um planeta prisão, apelidando-a de desinformação. Dizem que não
existe qualquer hipótese de engano nem manipulação. Na internet podemos
assistir a várias trocas de argumentos entre estas duas posições, tanto nos
comentários aos vídeos como nos próprios vídeos.
Não pretendo destruir o optimismo
nem a esperança de ninguém (isso seria contrário à intenção e lógica deste
blogue), mas há coisas que são evidentes e essas ninguém pode negar: nesta
realidade constatamos a existência de limitações e obstáculos e, em menor ou
maior grau, existe uma dificuldade ou até mesmo impossibilidade de criar a
nossa própria realidade; seja escola ou prisão, também podemos constatar que
muitas pessoas abandonam esta vida num estado bem pior do que aquele em que
entraram (interiormente, mentalmente, etc); não sabemos o que se esconde por
detrás da cortina nem os propósitos das coisas, mas não raras vezes gera-se um
sentimento de injustiça e indignação, principalmente quando vemos que a vida
muitas vezes favorece e premeia indivíduos que aparentemente não merecem, a
vida concede-lhes uma boa dose de liberdade que por sua vez permite-lhes fazer
mais porcaria do que seria aceitável. Desta forma, parece que só uns precisam
de levar com lições, enquanto outros aparentemente não têm nada a aprender,
apesar do seu comportamento revelar o contrário; no fundo, escolas e prisões
partilham muitos aspectos em comum, pelo menos nestas sociedades criadas pela
espécie humana aqui na Terra.
Talvez não exista conspiração
nenhuma e a verdade seja mesmo aquela que é contada pelas pessoas que
experienciaram as EQM. Mas se houver conspiração, se realmente estivermos a ser
manipulados e enganados por uma qualquer espécie de seres de natureza duvidosa,
talvez nunca venhamos a saber ao certo, porque a ilusão pode ser perfeita ou
quase perfeita (embora os preponentes desta teoria digam que existe sim uma
forma de escapar). Da mesma forma que nós humanos, em determinadas situações, conseguimos
enganar e manipular outras espécies de animais, satisfazendo-lhes uma série de
necessidades e criando um conjunto de condições (nem que seja por breves
momentos). Embora, na minha opinião, os animais não são assim tão idiotas como
algumas pessoas pensam, e provas não faltam por aí.
Depois de alguma reflexão, estou
mais inclinado para a versão das EQM que vê estas experiências como sendo genuínas
e sem embustes de qualquer género, porque parece ser mais verossímil. No entanto,
devo dizer que não estou totalmente satisfeito.
Esta versão (sem conspiração)
parece ser a verdadeira. A informação disponibilizada faz um certo sentido sim,
é verdade que explica muita coisa, para além de confirmar aquilo que dizem
certas filosofias, tradições e outro tipo de experiências dentro deste âmbito.
Mas será que faz total sentido? Não, confesso que não! Do meu ponto de vista,
não faz total sentido porque, assim como tantas outras pessoas, custa-me
aceitar muitas coisas… Para além disso, existem também certos aspectos que não
estão totalmente claros. Contudo, as dúvidas e dificuldades na compreensão de
certas dinâmicas são perfeitamente naturais, tendo em conta todas as limitações
inerentes a esta minha condição e ponto de vista, somado ao facto de, em muitos
casos de EQM, aquelas pessoas não terem tido acesso a toda a informação (algumas
também referem que não conseguem neste momento ter acesso a toda a informação,
em termos de memória).
Nota: Para quem estiver
interessado, existem vários vídeos na internet (não só em inglês) onde se expõe
o assunto, com opiniões e diferentes versões da mesma teoria. E, claro, não
esquecer as caixas de comentários desses vídeos porque é sempre interessante
ver: os argumentos a favor desta teoria; os desabafos e as histórias de vida de
uns e de outros (embora este aspecto não apareça nos comentários de todos os
vídeos); e também a contra-argumentação, o lado daqueles que não concordam com
esta teoria.