segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Publicado Estudo Científico sobre o EVP

Uma revista científica (pelo menos, segundo dizem, parece obedecer a critérios considerados científicos) chamada "Neuroquantology Journal" publicou um estudo pormenorizado sobre o EVP (fenómeno electrónico de voz). A investigação foi dirigida por Anabela Cardoso e teve a colaboração de cientistas de outros países, tendo sido realizada nos laboratórios da Universidade de Vigo.





terça-feira, 25 de dezembro de 2012

OVNIs: Casos Europeus

Mais um episódio da série documental " UFO Europe Untold Stories" e desta vez é abordado o caso ocorrido em Alfena- Portugal, em 1990. 

Um misterioso e estranho objecto voador capta a atenção dos habitantes de Alfena. Um objecto que quase parece ter sido tirado de um livro de H.G.Wells. Este caso teve múltiplas testemunhas, tendo o objecto sido fotografado.














As Curas Proibidas

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

OVNIs na Europa

Documentário fresquinho sobre casos europeus. 

Neste episódio, podemos encontrar o caso ocorrido em Castelo do Bode-Portugal , em 1977. 









sábado, 1 de dezembro de 2012

As Luzes de Hessdalen

Hessdalen, na Noruega, tem sido palco de estranhos fenómenos que envolvem luzes e objectos voadores desconhecidos.



sexta-feira, 30 de novembro de 2012

O Ciclo Idiota

Documentário que fala sobre a poluição ambiental, contaminação dos alimentos e OGM ( organismos geneticamente modificados).











terça-feira, 27 de novembro de 2012

Super Humanos


Podemos dizer que, de uma forma ou de outra, toda a gente é extraordinária, no sentido em que cada pessoa é única e por isso possuidora de características também únicas, quer seja pela forma distinta de fazer algo, uma habilidade especial (fruto de um treino intenso ou que surge de forma natural e espontânea), etc. Como seres humanos somos diferentes e únicos nos defeitos (que às vezes são virtudes para uns), nas virtudes (que às vezes são defeitos para outros), nas dificuldades, na personalidade, nas capacidades e habilidades pessoais, nas tendências e, mesmo aceitando que existem pessoas que são bastante semelhantes a outras, ninguém é exactamente igual (mesmo quando pretendem ou são “forçadas” a serem iguais). 

No entanto, existem casos de habilidades pessoais ou características pessoais que naturalmente despertam mais a nossa atenção por serem realmente surpreendentes.

Teremos todos poderes adormecidos dentro nós ou estarão esses poderes reservados apenas a uma minoria? Serão estes casos apenas a ponta do icebergue no que diz respeito às nossas capacidades humanas? Possuiremos capacidades inimagináveis mas apenas não acreditamos nelas ou não sabemos como despertá-las?

Somos aquilo que o destino faz de nós ou teremos livre arbítrio? Talvez seja uma mistura das duas coisas e nunca chegamos a perceber bem quando é que acaba uma e começa a outra!

Talvez entre todas essas capacidades haja uma que é realmente a mais importante de todas e ela não é abordada nestes documentários…












sábado, 17 de novembro de 2012

Water

A água, elemento essencial para a vida, poderá ter propriedades desconhecidas?

Este documentário mostra-nos experiências que parecem indicar que a água possui memória e, segundo alguns, ela é capaz de receber, armazenar e transmitir informação, ou seja, para além de ser influenciada por outros factores, a estrutura da água também é influenciada pelos nossos pensamentos, intenções, emoções e palavras. Por isso, há quem defenda que a qualidade e o tipo de estrutura apresentado pela água pode ter uma grande influência na nossa saúde, comportamento, etc. 


   




domingo, 11 de novembro de 2012

A Educação Proibida


A educação que destrói mais do que constrói…

Claro que não podemos ficar apenas pela educação, isto é um problema sistémico. Talvez seja necessário criar uma nova civilização.

Cada vez mais fico com a sensação de que a Internet pode fazer (e tem feito) muito mais pela mudança e partilha de ideias do que a comunicação social/jornalismo convencional (que deixa muito a desejar).








sábado, 10 de novembro de 2012

Tesla


Nikola Tesla foi um importante inventor e cientista e conseguiu mudar o mundo como poucos conseguiram na História. Para muitos, é considerado um génio e o pai de todos os grandes inventos do séc. XX. A electricidade, tal como a conhecemos hoje, nasceu com Tesla.

Envolto em enigmas, parece que nunca se interessou pelo seu próprio benefício económico e apenas queria que os seus inventos e descobertas beneficiassem gratuitamente toda a humanidade. Isso, naturalmente, trouxe-lhe algumas desvantagens e logicamente é o tipo de atitude que quase não tem lugar neste mundo, principalmente num país altamente capitalista como os EUA.

Tesla era claramente alguém que estava à frente de seu tempo e por vezes há sempre um preço a pagar por isso. Devido a certas características da sua personalidade e ao facto de fazer afirmações bizarras e inacreditáveis sobre possíveis desenvolvimentos científicos futuros, terá sido provavelmente ostracizado.







sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Reencarnação


O que é a consciência? Qual é a origem da consciência? Muitas outras questões poderiam se colocar, mas talvez a próxima e mais natural pergunta seja: Quando é que tudo começou? Quando é que começou o nosso ponto de partida? Começou no momento da concepção ou nascimento ou terá começado uma eternidade antes?

Na tentativa de responder a estas questões, não podemos evitar ou deixar de falar num conceito muito antigo e que está presente em várias religiões e filosofias antigas (embora com algumas diferenças) - a reencarnação.

A reencarnação, basicamente, consiste na ideia de que existe um espírito ou alma (muitas pessoas costumam fazer uma distinção entre espírito e alma, por isso muitas vezes opto por usar a palavra consciência) que é imortal e capaz de ligar-se sucessivamente a diversos corpos com um fim específico que pode ser o auto-aperfeiçoamento, a vivência de certo tipo de experiências e aprendizagens ou razões relacionadas com um outro conceito chamado karma (do sânscrito e significa acção) que, segundo alguns, enquanto não for extinto, manter-nos-á presos a este ciclo de morte e renascimento.

Nesta teoria, a consciência teria um ponto de origem e faria um percurso de evolução, progredindo e encarnando em diversas formas de existência ou corpos cada vez mais evoluídos até chegar a uma libertação deste processo e, como consequência, voltar novamente a esse ponto de origem que constitui a verdadeira essência e identidade de todas as coisas e seres.

Dentro desta visão, os animais e outros organismos menos complexos também possuem uma consciência sujeita a estes processos e, para alguns, também nós humanos passámos por esses estágios.

Outros termos que surgem associados à reencarnação, sendo parentes dela, são o renascimento e a metempsicose. Segundo algumas fontes, a metempsicose é uma teoria diferente de reencarnação em alguns aspectos. Quanto ao renascimento budista, é um conceito, de facto, com algumas diferenças.

Mas que provas temos em relação à reencarnação?

Embora muitos defendam que não se pode provar tal coisa, pois a objectividade não se aplica neste contexto, têm surgido alguns estudos e casos que sugerem que a reencarnação poderá ser um fenómeno real.

Entre esses estudos, destaca-se, por exemplo, o trabalho realizado por Ian Stevenson, da Universidade de Virgínia nos Estados Unidos. Ele estudou uma grande quantidade de casos em todo o mundo e encontrou evidências que apoiam a possibilidade da reencarnação. Segundo Stevenson, os relatos de vidas passadas surgem geralmente aos dois anos de idade, desaparecendo com o desenvolvimento do cérebro.

Outra possível prova é a chamada regressão hipnótica (contestada e rejeitada por muitos e aceite por outros como reveladora de memórias reais). Para Brian weiss, autor e terapeuta, a regressão, para quem consegue fazê-la, pode ser transformadora e revela pormenores de vidas passadas, pormenores que podem ser verificados. Brian, de acordo com a sua prática, defende que a regressão tem ajudado e solucionado problemas de muitas pessoas. Refere que acontecimentos traumáticos e situações que ficaram por resolver noutras vidas podem ser a causa de muitos tipos de problemas nesta vida actual.

De lembrar, e pelo que sei, a regressão não é possível para todas as pessoas, por razões que talvez desconheçamos, mas uma delas, por exemplo, pode ser devido ao facto de nem toda a gente ser hipnosensível. Também é importante dizer que muitos factos foram confirmados posteriormente e assim foi dada maior credibilidade às histórias. Em relação aos críticos da regressão, pois com certeza que estão no direito de duvidar, mas não nos podemos esquecer que, à partida, muitas vezes existe um preconceito devido ao paradigma materialista cientifico actual e isso dificulta muita coisa. A verdade é que, em termos de evidência, também existem muitas críticas e dúvidas por parte de algumas pessoas em relação à psicoterapia convencional, mas como ela se encaixa dentro de um paradigma mais “normalzinho” digamos assim, então já existe uma maior facilidade em ser aceite pela grande maioria das pessoas.

Tudo no universo e na natureza é feito de ciclos: vida, morte e renascimento. A nossa consciência, através da encarnação em vários seres, realiza também vários ciclos, ciclos que se perpetuam no tempo e que, para alguns, poderão ser ultrapassados e transcendidos.

Numa outra perspectiva, também poderíamos dizer que, mesmo dentro desta vida, morremos e renascemos uma série de vezes. Onde está a criança que um dia já fomos? Ela morreu e deu lugar a outra pessoa completamente diferente que, embora não seja totalmente diferente, completamente igual também não é. Também podemos experienciar a morte e nascimento de diferentes estados mentais num curto espaço de tempo. Por isso, os ciclos estão sempre presentes e as mudanças ocorrem mesmo sem o corpo físico morrer. De certa forma, não somos uma verdadeira identidade permanente, estamos sempre em constante mudança! A pessoa que entra e senta-se numa cadeira de comboio pode ser uma pessoa diferente daquela que se levanta e sai do comboio, embora aparentemente sejam a mesma pessoa.

Haverá, no entanto, uma parte de nós que nunca muda? Talvez haja e, de uma forma ou de outra, quando o tempo chegar, todos iremos saber a resposta.
















quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Espectros, Fantasmas e Afins

Fantasma, segundo a crença popular, é a alma ou espírito de uma pessoa ou animal falecido que poderá manifestar-se de uma forma visível (aparição) ou através de outro tipo de manifestações.

O fantasma é muitas vezes descrito como uma entidade solitária que assombra um determinado local (e não só) onde provavelmente viveu. No entanto, já foram relatadas aparições de objectos enormes (por exemplo, barcos) e de um grande número de pessoas que, devido a determinadas circunstâncias trágicas, faleceram juntas.

É importante também salientar que muitas vezes são descritas aparições de entidades estranhas (nem sempre amigáveis) que parecem ser não-humanas e, segundo algumas pessoas, são habitantes do chamado plano astral. *

Quanto ao fenómeno, penso que ele é real e não faz sentido afirmar que tudo se resume a explicações naturais e psicológicas, embora, e em certos casos, não seja de descartar essa hipótese. Excluindo as explicações naturais, penso que o fenómeno poderá ter não uma, mas várias explicações paranormais, sendo que muitas vezes torna-se claro que algo ou alguém interage com a nossa realidade material.

Este tipo de experiências é quase tão antigo quanto o próprio ser humano e poderão surgir associadas a outros fenómenos como o EVP (“electronic voice phenomena”- são sons capturados através de um gravador e que se assemelham a palavras) e a mediunidade (que me parece ser outro fenómeno bem real e não imaginário. Acredito na mediunidade, mas não acredito em todos os médiuns. Com isto quero dizer que nem toda a gente é o que diz ser e nem toda a gente possui realmente características surpreendentes e aqueles que as possuem não abundam. É necessário ter alguma cautela e, para além de muitas vezes essas comunicações passarem por um filtro que envolve preconceitos e doutrinas pessoais que fazem com que a mensagem não chegue de uma forma mais pura, digamos assim, também poderíamos dizer que, uma vez que quase ninguém tem total controlo sobre essas características, elas não poderão ser usadas da mesma maneira em todas as circunstâncias e muitas vezes não dependem da simples vontade de usá-las em determinado momento, ou seja, nem sempre estão disponíveis quando e como queremos).

Podemos dizer que este tipo de fenómenos são interessantes e mais reais do que aquilo que algumas pessoas possam pensar, mas, devido à sua natureza e às nossas capacidades actuais, nem sempre são fáceis de abordar e entender.





* Em relação a este ponto, sei que muitas pessoas, por várias razões, mostram curiosidade e ânsia em comunicar com estes planos ou dimensões, mas é necessário cuidado, pois muitas pessoas escolhem métodos errados (como o tabuleiro de Ouija), métodos que podem ser perigosos, têm dado valentes sustos a algumas pessoas e transformado para pior a vida de outras pessoas.

Muitos referem que existem outras explicações e que estão relacionadas com o efeito ideomotor, o inconsciente da pessoa (ou pessoas envolvidas na sessão) e com facto de algumas pessoas serem mais sugestionáveis ou terem determinadas características psicológicas que as tornam mais vulneráveis. O facto é que o indicador de madeira ou copo (em algumas versões) ganha vida própria e em certas situações são descritos outros fenómenos estranhos na sala. Penso que não podemos descartar a hipótese mais sobrenatural e, uma vez que há pessoas com mais sensibilidade do que outras, é necessário cautela, pois estamos a abrir uma porta e não sabemos o que poderá entrar por ela.










Programa com testemunho e debate : http://www.mitele.es/programas-tv/cuarto-milenio/temporada-7/programa-245/



sábado, 20 de outubro de 2012

EQM


O tema das EQM volta a estar em discussão depois da revista Newsweek publicar uma reportagem que fala sobre a experiência vivida por um neurocirurgião.

Nesta entrevista de rádio, Eben Alexander fala sobre a sua experiência e revela-nos como ela foi transformadora e mudou a sua visão materialista. Para Eben já não existem dúvidas, ele refere que a consciência é independente do cérebro.







quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Comunicação Não-Violenta


Comunicar de forma não-violenta é algo que por vezes torna-se difícil de atingir ou manter, por várias razões. Por isso, e no sentido de ultrapassar este problema, têm surgido formas de comunicar que procuram estabelecer relações de cooperação, em que predomina a comunicação eficaz e empática.

Neste contexto, surge a ''Comunicação Não-Violenta’’ desenvolvida por Marshall Rosenberg e que pretende fazer uma distinção clara entre: observações e juízos de valor; sentimentos e opiniões; necessidades (valores universais) e estratégias; pedidos e exigências/ameaças.

Para aqueles que apoiam este tipo de comunicação é importante fazer estas distinções no sentido de evitar situações menos boas. Para além disso, consideram que todas as acções têm origem numa tentativa de satisfazer necessidades humanas, mas essas tentativas devem ser realizadas evitando o uso do medo, vergonha, acusação, ideia de falha, coerção ou ameaças. O ideal seria conseguir que as nossas necessidades, desejos, anseios e esperanças não sejam satisfeitas às custas de outras pessoas.

Rosenberg aprova o uso defensivo da força, mas não com sentido punitivo. Afirma que esse desejo de punir e o uso de medidas punitivas existe somente nas culturas que têm visões moralistas do mundo e que usam as categorias de bom e mau. Refere que as culturas que não possuem tais classificações tendem a ser pacíficas.








Sincronicidade


Sincronicidade foi um termo cunhado por Jung e descreve acontecimentos que não estão ligados através de uma relação causal, mas sim através de uma relação de significado.

A sincronicidade, também muitas vezes designada por coincidência significativa, implica um padrão subjacente que é expresso através de eventos ou relações significativas. Ou seja, são situações onde ocorrem dois ou mais eventos que coincidem de uma maneira que seja significativa para a pessoa ou pessoas que vivenciaram essas coincidências significativas.

Acredita-se que a sincronicidade pode revelar-nos algo e necessita de uma compreensão que por vezes surge espontaneamente.






Programa sobre Sincronicidadeshttp://tu.tv/videos/cuarto-milenio-sincronicidades-14-10-07



sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Tao

Alan Watts fala sobre o antigo e misterioso conceito Chinês de Tao, contrastando-o com o conceito Abraâmico de Deus e comparando-o com a teoria da relatividade de Einstein.







terça-feira, 9 de outubro de 2012

A Obediência às Autoridades

A experiência de Milgram foi uma experiência científica realizada por Stanley Milgram e pretendia saber de que forma as pessoas tendem a obedecer às autoridades, mesmo em situações que vão claramente contra o bom senso. 

Esta experiência é realmente impressionante e serve para explicar muita coisa, não só no que diz respeito a acontecimentos do passado, mas também no que diz respeito a coisas que se passam nos dias de hoje.








Conformidade

As experiências de conformidade de Asch consistem num conjunto de experiências realizadas em 1951 e demonstram de forma significativa o poder da conformidade nos grupos.

A experiência é interessante e vem confirmar aquilo que todos nós podemos constatar, ou seja, a pressão (seja qual for a forma que ela assuma) para estar em conformidade com um grupo e com a sociedade em geral por vezes é enorme, mesmo quando sentimos e pensamos as coisas de forma diferente. 

Um bom exemplo disto é o comportamento demonstrado pelos adolescentes e jovens que, na sua larga maioria, adquirem rapidamente uma mentalidade de rebanho. A praxe é outro grande exemplo de como alguém pode anular-se e submeter-se a qualquer tipo de disparates  e humilhações apenas para integrar-se num grupo. Mas, a conformidade está presente em todas as idades... A maior parte das pessoas, de uma forma ou de outra, já sentiu (e ainda sente) estas pressões e, infelizmente, muitas vezes isso não nos favorece.








segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Matrix

Matrix não é apenas um filme de ficção científica com efeitos especiais inovadores, Matrix é o mito da caverna dos tempos modernos. Alguns filmes de ficção cientifica (e não só) têm essa virtude de transportar-nos para outras realidades, estimulando a nossa imaginação e, ao mesmo tempo, levantam questões importantes. Por isso, são muito mais do que simples entretenimento, estimulam a reflexão e carregam uma mensagem que nem sempre é facilmente compreendida pela maioria das pessoas (talvez isso seja feito propositadamente) e, por exemplo, estou a lembrar-me de um clássico, o filme "2001-Odisseia no espaço" que tem sido sujeito a diferentes interpretações e especulações acerca do seu significado.

O documentário apresentado em baixo ( 2º video) revela-nos os conceitos filosóficos que inspiraram a trilogia Matrix.











domingo, 7 de outubro de 2012

O Marketing da Loucura


O documentário em baixo tem gerado alguma discussão, muitos dizem que se trata de uma “caça às bruxas” e uma tentativa de destruir os psiquiatras e também criticam quem está por detrás da elaboração do documentário. O documentário, de facto, coloca em causa a psiquiatria, toma em conta a opinião de várias pessoas, entre elas estão profissionais de saúde que criticam a psiquiatria.

Pessoalmente, não pretendo fazer “caça às bruxas” a quem quer que seja, mas concordo com muita coisa que é defendida pela chamada antipsiquiatria e considero válidas e correctas muitas críticas que são feitas no documentário em baixo. Por isso, o objectivo não é destruir os psiquiatras, mas sim questionar e pôr em causa algumas abordagens, práticas e paradigmas da psiquiatria. Também não nego que os problemas existem e o sofrimento psicológico existe (como é lógico) e, quanto ao uso de psicofármacos, já disse o que pensava sobre isso na publicação com o título “Drogas”, e portanto não vale a pena repetir.

Não faço “caça às bruxas” a ninguém, mas, sem querer generalizar, sabemos que muitos psiquiatras fazem “caça às bruxas” e, ultimamente, uma das armas usadas são abaixo-assinados e outras habilidades como processos em tribunal. Aliás, se este blogue não fosse quase “clandestino” e anónimo, se calhar também deveria preocupar-me, porque podiam fazer também um abaixo-assinado para me obrigar a calar… Afinal de contas, não brinquem com a autoridade! Mas será que essa autoridade que lhes foi concedida é legítima? Será que algumas das suas práticas são aceitáveis e seguras? Será que tudo o que eles dizem é verdade?

Em primeiro lugar, quando falamos nesta especialidade de medicina, é importante ter em atenção que não se trata propriamente de medicina no sentido mais convencional do termo, pois não existe um diagnóstico baseado em critérios objectivos (como análises laboratoriais, por exemplo) e algumas avaliações podem ser largamente subjectivas e abertas a interpretações. E, quando hoje em dia se criticam muitas abordagens que são consideradas pouco cientificas e que são rotuladas de pseudociências, é bom também referir que, de facto, há muita coisa na psiquiatria que também possui todas as condições para encaixar nessa categoria. Ou então que valorizem a subjectividade, mas valorizem todas as subjectividades, porque não podemos ter dois critérios e criticar umas coisas e depois fechar os olhos a outras, só porque vêm daquilo que consideramos fontes oficiais. Por isso, não estou a dizer que tudo o que eles fazem é uma porcaria e para algumas pessoas não é (e há imensas outras que se sentiram prejudicadas), mas há que duvidar de muita coisa e criou-se um mito que é acreditar que a psiquiatria trabalha com ciência exacta e isso não corresponde inteiramente à verdade!

Depois, e no seguimento do que disse em cima: há que reflectir e tentar perceber o que é uma doença e se certas coisas são realmente doenças mentais ou se classificar as coisas como doenças não será inapropriado; lembrar que passaram a vida a lançar propaganda e a fazer-nos acreditar que aquilo a que chamamos de depressão é provocado pela falta de serotonina no cérebro e dizem isso com a maior desfaçatez do mundo. No entanto, não há nenhum exame de diagnóstico que possa comprovar essa afirmação e, seja qual for o efeito que os antidepressivos possam ter (muitos são até perigosos para a saúde e de eficácia duvidosa, não são rebuçados), não sabemos se realmente estão a acertar quimicamente alguma coisa e provavelmente podem até desacertar; Há também quem refira, e com razão, que boa parte das classificações psiquiátricas são uma trapalhada, uma confusão que se adensa com o tempo e que rotular as pessoas e reduzi-las a uma classificação psiquiátrica é uma forma de estigmatização; etc, etc.

Outra crítica que aparece, não só em relação à psiquiatria, mas também em relação à psicoterapia (uma certa vertente da psicoterapia) é que muitas vezes não tem como objectivo libertar a pessoa, mas teria a função de uniformizar comportamentos e ajustar as pessoas a uma normalidade que muitas vezes nada tem de normal no sentido de ser algo natural e que faça sentido para a própria pessoa. Claro que há muitos tipos de psicoterapias (umas mais em moda, outras menos) e, dependendo das opiniões, umas serão melhores, outras piores. Para uns, é algo totalmente inútil e desnecessário e, para outros, é algo que pode fazer a diferença. Cabe a cada um tirar suas conclusões.

Voltando ao assunto inicial, torna-se necessário verificar alternativas para solucionar problemas e buscar interpretações diferentes para algumas coisas e saber que muitas vezes a solução de uma pessoa não tem de ser necessariamente a solução para todas as pessoas. E, antes de partirmos para soluções mais pesadas e arriscadas, há muita coisa que pode ser experimentada primeiro.

Hoje em dia, devido à crise, parece que estão a querer voltar à carga, assustando as pessoas e oferecendo-se como salvadores, e as pessoas têm de estar alerta para isso e ponderar bem.









quarta-feira, 3 de outubro de 2012

A Grande Máquina e os seus lucros

Já falei neste assunto noutra publicação, mas aqui neste documentário é mostrada a grande máquina e os seus lucros. A grande máquina tem sido altamente proveitosa para muita gente, com muita falta de ética à mistura e, se é verdade que trouxe-nos alguns benefícios, também é verdade que nos tem trazido algumas desvantagens e, acima de tudo, a desconfiança nestas estruturas é cada vez mais acentuada, pois nunca sabemos quando realmente nos dizem a verdade ou até que ponto essa verdade é inteiramente verdadeira, até porque a mentira tem sido usada várias vezes.

Neste cantinho, a máquina também tem sido proveitosa. Certos corporativismos têm reinado e beneficiado imensamente, desequilibrando muita coisa durante o processo. Mas agora apareceu uma lei que estragou a festa (mais vale tarde do que nunca), não sei se irá acabar definitivamente com certas habilidades, mas com certeza que essas habilidades irão diminuir consideravelmente.



  




domingo, 30 de setembro de 2012

O Mito da Caverna

A alegoria da caverna, escrita por Platão, é uma história sempre actual, por todas as razões e mais alguma.







sábado, 29 de setembro de 2012

Os Mistérios do Chi


Aqui estão dois exemplos de pessoas que afirmam ser capazes de controlar e usar o Chi (energia vital) de acordo com a sua vontade e, aparentemente, conseguem demonstrá-lo. A ser realmente verdade (e no primeiro caso, após ter sido estudado, não encontraram sinais de fraude), isto transforma automaticamente muitos praticantes, “mestres” e professores de Chi kung, artes marciais e outras práticas orientais em meros aprendizes de aprendizes.  











quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Estados Alterados

Testar os limites do corpo humano, os estados alterados de consciência, o domínio da mente e do corpo. Para uns, são coisas que, mediante uma disciplina rigorosa, treino e a utilização de técnicas específicas, podem ser atingidas por qualquer pessoa. Para outros, são coisas que dependem de diversos factores/condições e talvez não estejam acessíveis para toda a gente da mesma maneira (e com certeza que torna-se muito mais difícil para umas pessoas do que para outras). 

Este documentário fala sobre temas como a meditação e os limites do corpo humano, a hipnose, o curandeirismo e a visão remota (capacidade psíquica que, segundo os seus defensores, permite ver ou ter acesso a determinadas informações sobre um determinado local, objecto, lugar ou pessoa que situa-se longe do observador). 

Umas situações parecem ser factos já provados ou verificáveis, outras ainda são alvo de controvérsia.







quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Os Gigantes de Galdar

Avistamento de OVNI nas Ilhas Canárias, em 1976.



 



Da Servidão Moderna

"A servidão moderna é uma escravidão voluntária, consentida pela multidão de escravos que se arrastam pela face da terra. Eles mesmos compram as mercadorias que os escravizam cada vez mais. Eles mesmos procuram um trabalho cada vez mais alienante que lhes é dado, se demonstram estar suficientemente domados. Eles mesmos escolhem os mestres a quem deverão servir. Para que esta tragédia absurda possa ter lugar, foi necessário tirar desta classe a consciência de sua exploração e de sua alienação. Aí está a estranha modernidade da nossa época. Contrariamente aos escravos da antiguidade, aos servos da Idade média e aos operários das primeiras revoluções industriais, estamos hoje em dia frente a uma classe totalmente escravizada, só que não sabe, ou melhor, não quer saber. Eles ignoram o que deveria ser a única e legítima reacção dos explorados. Aceitam sem discutir a vida lamentável que se planeou para eles. A renúncia e a resignação são a fonte de sua desgraça". 

("Da servidão moderna"- 2009, de Jean-François Brient ).







domingo, 16 de setembro de 2012

Os Donos de Portugal


Ontem as pessoas fizeram manifestações e mostraram a sua indignação (e têm razão), só é pena que só agora estejam indignadas (e porque agora começa a tocar a todos), mas mais vale tarde do que nunca. Compreendo perfeitamente a situação, mas penso que não é com violência que chegamos lá (embora, no geral, as manifestações até foram pacíficas). Para além disso, manifestações, só por si, não resolvem nada (já foram feitas outras manifestações e não melhorou, aliás até piorou). Mas o que é que realmente as pessoas querem? Essa é a grande questão. Querem menos austeridade, mais emprego, etc, mas fica a sensação de que a maior parte das pessoas não está consciente ou sensibilizada para certas coisas e possivelmente não querem a verdadeira mudança/revolução, ou seja, desejam que se resolvam os problemas que estão a ter um impacto directo nas suas vidas (e na vida das suas famílias), mas dá a sensação de que ainda não estão a ter uma visão total da situação. Por isso, talvez não queiram a verdadeira mudança (relacionada com a construção, desde a base, de uma nova civilização com novas filosofias e um novo modo de viver) ou então simplesmente não acreditam que tal seja possível e isso é perfeitamente compreensível, porque a máquina está montada de tal maneira, estamos tão dependentes dela (quer seja no âmbito nacional e principalmente internacional) que torna-se difícil acreditar que é possível desmontar isto com segurança e construir algo diferente.







Sobre o FMI (que faz parte da troika): 











A Crise Financeira Mundial








sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Ecovilas


A Ecovila é mais um modelo alternativo e possui alguns elementos em comum com o projecto Vénus, mas parece possuir também bastantes diferenças, quer a nível de filosofia, quer a nível de projecto. Poderá ser implementado em conjunto com projectos como o projecto Vénus, poderá coexistir com ele e constitui mais uma alternativa ao actual modelo de sociedade. Um conceito que está associado às ecovilas é a Permacultura que, muito resumidamente, consiste num método holístico para a criação de comunidades ambientalmente sustentáveis, socialmente justas e financeiramente viáveis.

Este modelo baseia-se na produção local e orgânica de alimentos; sustentabilidade e utilização de energias renováveis; bioconstrução; preservação dos ecossistemas locais; economia solidária, cooperação e rede de trocas; Governança circular, empoderamento mútuo e decisões por consenso; apoio social e familiar; sistema de saúde integral e preventivo; incentivo à diversidade cultural e espiritual; educação transdisciplinar e holística e activismo local e global.






 Findhorn ecovillage: http://www.youtube.com/watch?v=RH7khKVgbgg




quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Projecto Vénus


Os mantras actuais são: crise; medidas de austeridade; Troika, desemprego; competitividade; produtividade (com tantos cortes não vai haver quem compre…e só vale a pena produzir se o ser humano for o foco principal e não a economia); incentivos à emigração; os mercados (esse bicho papão); é necessário aumentar a natalidade (com tanta gente desempregada e falida vai ser difícil. Para além disso, o planeta não aguenta com tanta gente a consumir, poluir e destruir seus recursos. Não é a quantidade que interessa e sim a qualidade… Às vezes dá a impressão de que temos de parir desesperadamente como se estivéssemos a tentar reconstruir a civilização depois do dilúvio); Novelas e mexericos da vida privada dos jogadores de futebol e outros famosos e exemplos de como enriqueceram (please!); publicidade (somos bombardeados); é preciso acreditar no nosso país (a sério? Mesmo sabendo que nada vai mudar -aquilo que mais interessa), etc, etc.

A minha pergunta é: Até quando vamos tolerar isto?

Possuímos um sistema económico altamente complexo, cheio de problemas e corrupção (basta ver como surgiu a crise mundial) e acredito que a maior parte das pessoas realmente não entende como estas coisas funcionam (eu pelo menos não entendo muita coisa e penso que isto tornou-se propositadamente complicado para que seja mais fácil controlar as pessoas). Também já percebemos que isto é tudo menos uma ciência exacta e está cheio de opiniões contraditórias. Vemos toda gente a tentar fazer negócio à custa de toda a gente (aliás, isto já era assim antes mesmo de existir capitalismo). Pagamos para viver! Sim, pagamos para viver! Por muito que digam o contrário, neste sistema actual, viver tem um preço!

Segundo dizem, o país está falido, ou seja, andaram a brincar durante anos, veio a crise mundial, as fragilidades acentuaram-se e agora anda tudo aflito e a fazer asneira da grossa na tentativa de emendar os erros do passado. Tudo isto já era de esperar e, mesmo que a crise não existisse, eu continuaria a pensar o mesmo: esta porcaria tem de acabar!

Na verdade, não existem crises, existe é estupidez e teimosia para não perceber que já devíamos ter mudado de rumo (gradualmente e de forma constante) há bastante tempo (Portugal e o mundo).

Saudades do passado? Não! Saudades do futuro!

Apesar de tudo, ainda acredito que o futuro vai reservar-nos boas surpresas e a crise pode servir como uma espécie de mola. Sabemos que existem imensas possibilidades que não estão a ser exploradas e que estamos a viver em esquemas ultrapassados que já não se adequam ao nosso tempo. Muita coisa evoluiu, mas outras permanecem dogmaticamente iguais.

Somos vítimas da nossa própria cultura, é o nosso “matrix”. As condições, os conhecimentos e a tecnologia evoluíram e existem condições para construir algo melhor, mas as mentalidades estagnaram e teimam em não mudar. Podemos dizer que, de facto, ainda não somos civilizados, caminhamos para lá, mas ainda não chegamos lá. Parece que preferimos ser constantemente inundados de publicidade que, em boa parte, incentiva-nos a consumir porcarias que não precisamos para nada. Possuímos um sistema económico estúpido que só alimenta desequilíbrios e estimula nas pessoas o que nelas há de pior. E a caridade e a boa acção que sai deste sistema faz lembrar a mão que dá e depois tira, ou seja, o sistema que lança as bases para os desequilíbrios acontecerem (globalmente), ao mesmo tempo faz actos de caridade e boas acções que mais não são do que paliativos, pois não resolvem a causa do problema e muitas vezes deixam as pessoas nas mesmas condições iniciais e que darão lugar a novos problemas num futuro próximo.

Vivemos numa espécie de liberdade que não é bem liberdade, onde tudo é agressivo (mesmo quando não está presente, essa agressividade está latente e disso todos mais ou menos “sofrem”. Não quero ser hipócrita, por isso incluo-me também nesse grupo. A coisa contagia por vezes, mas pelos menos estar consciente disso já é bom). Há sempre uma certa hostilidade no ar, embora muitas vezes uma certa defesa seja necessária porque nos dias que correm todos são nossos “inimigos” e torna-se necessário uma certa defesa para bem da nossa liberdade, torna-se necessário uma certa resposta, não só para trazer um novo ar, mas também para conservar nossa individualidade que muitas vezes é atacada severamente pelos mais superficiais ou pela “Gestapo de sonâmbulos” defensores do sistema. Mas é evidente que isso será a parte saudável da coisa e há formas de expressar as nossas opiniões e de dizer aquilo que sentimos sem entrar em esquemas mais pesados, por isso a agressividade que eu falava no início é de outro género. Embora muitas vezes o silêncio seja a melhor opção…

Pessoas e instituições (havendo algumas diferenças entre públicas e privadas pelas razões que todos já conhecemos) partilham essa agressividade, de forma geral claro, porque vamos encontrar sempre excepções em quase tudo.

Dentro deste sistema, o cinismo, a competição, a incompreensão e a inveja são estimulados. Padecemos de uma espécie de loucura colectiva com contradições difíceis de compreender, onde, por um lado se fala de ética e, por outro lado, cada um tenta tirar proveito do outro.

Insistem em escolher políticos e esquemas antiquados. As pessoas geralmente não têm sabedoria, reflectem pouco (e, quando o fazem, apenas reflectem dentro de uma caixinha), possuem conhecimentos insuficientes sobre determinadas coisas (e hoje, mesmo havendo muita gente com graus académicos, ser licenciado ou doutorado às vezes também não resolve nada, porque certas coisas não se ensinam nas universidades nem nas escolas…) e escolhem políticos que também não demonstram muita sabedoria, para depois passarem a vida a dizer mal deles!

Será que precisamos de políticos para alguma coisa? Gente que nos engana, limitados e com pouca capacidade de imaginação. O poder corrompe e, geralmente, quem disser que te quer governar, provavelmente quer é tirar-te a liberdade e favorecer os interesses do seu partido e os seus próprios interesses, e, claro, favorecer os interesses dos mais poderosos e influentes.

Não estará na altura de dar uma vassourada nestas pessoas (todos os políticos e partidos)? Não estará na altura de partir para outra coisa qualquer?

O partido que ganhou as eleições e está no poder nem a maioria obteve, porque, como houve muita abstenção, acabou por não representar a vontade da maioria da população. Neste contexto, a democracia ainda é mais falsa…

Para além disso, como é possível que uma só pessoa ou um conjunto reduzido de pessoas possa governar ou representar milhões de cidadãos? Parece-me absurdo! É um modelo de democracia que não me atrai.

Mas eu penso que a culpa não é dos políticos, a culpa é das pessoas que votam neles. O Estado não é dos políticos, o Estado é das pessoas e são as pessoas que os metem lá! Estávamos mal e depois o que aconteceu? As pessoas (algumas) foram escolher políticos ainda mais à direita, neoliberais e estes ainda servem melhor o seu dono... É por estas e por outras que eu acho que a democracia (tal como está) é uma treta, é mais uma forma de ditadura. Deixámos de ter um ditador a decidir por nós e passámos a ter um conjunto de pessoas que decidem por nós e praticamente não tomamos parte nas decisões que dizem respeito à nossa própria vida. Por isso, devemos estar zangados com o povo e não com os políticos, porque os políticos são bastante previsíveis, já temos muitos anos de experiência. 

Uma coisa é certa, não podemos continuar no mesmo caminho e temos de rever esta forma de democracia que, para além de não ser directa e de não estabelecer consensos, quase sempre faz escolhas pouco sábias, por isso o que temos hoje em dia é um conjunto enorme de pessoas controladas e com lavagem cerebral que exerce ditadura sobre uma minoria (talvez não seja tão minoria assim) que já percebeu o que se passa e não tem mais vontade de participar nisto. Não temos realmente liberdade, estamos a viver o mundo de outras pessoas, é o que é!

Recentemente li um texto que dizia: “O que nos tem de nortear seja a qualidade de vida, modesta talvez mas enriquecedora enquanto experiência humana, enquanto ligação com a natureza de que fazemos parte.” Eu concordo com isto, mas penso que terá de ser modesta num sentido prático, porque não acredito muito num voltar às raízes vivendo em cabanas (quem quiser fazê-lo pode), ou seja, não me considero um primitivista. Voltar às raízes como filosofia e estilo de vida em harmonia com a natureza que nos rodeia, isso sim, mas não podemos regredir. Hoje temos tecnologia e as condições suficientes para poder viver bem, com conforto, sem stress ou grandes problemas.

As estruturas de poder não vão mudar nada, temos de ser todos nós a exigir essa mudança inteligente e, se eles não quiserem, temos de deixá-los sozinhos, não cooperar e depois criar outra coisa qualquer… claro que em teoria tudo é sempre mais fácil…

É evidente que não existem sociedades perfeitas e as utopias não aparecem feitas instantaneamente, as utopias vão-se criando, são processos que talvez nunca atinjam 100% de perfeição porque há sempre algo que se acrescenta, existe um aperfeiçoamento constante, por isso não podem existir doutrinas totalmente rígidas e, embora possamos partir de pilares essenciais, tudo tem de estar sempre aberto ao diálogo e reflexão para não cairmos em coisas duvidosas e até perversas como algumas que temos hoje. Umas vezes são processos mais rápidos, outras vezes mais lentos, e, se olharmos para trás, em muitos sentidos estamos a viver hoje uma utopia, claro que noutros aspectos parece que estamos a regredir.

Podíamos começar a percorrer o caminho e muito podia já estar feito ou atingido e, se à partida dissermos que é impossível, então não vale a pena nem tentar. Necessitamos de algo que permita libertar as pessoas para uma vida mais plena e com sentido, onde a criatividade e a busca pelo autoconhecimento e novos horizontes possam se manifestar sem obstáculos desnecessários, onde cada um possa manifestar-se à sua maneira.

Neste sentido têm surgido projectos que possuem boas sugestões/alternativas e são baseados em conceitos interessantes, sustentáveis, mais humanos e respeitosos em relação à nossa liberdade e dignidade.

Um destes projectos é o projecto Vénus, criado por Jacque Fresco (que já deu uma conferência em Portugal). O projecto surge na tentativa de resolver problemas como o aquecimento global, a destruição do meio ambiente, o desemprego, o crime, a violência, a pobreza, a fome e a explosão populacional. Tem como objectivos: a criação de uma nova civilização global; a sustentabilidade; a utilização de energia de forma eficiente e a gestão dos recursos naturais da Terra usando automação avançada, focando nos benefícios à sociedade; economia baseada em recursos; usar tecnologias inovadoras e não-nocivas para o meio ambiente; um novo sistema social; a criação de uma sociedade pacífica em que todas as pessoas formam uma família global no planeta Terra, onde a competição, ganância e outras porcarias não terão espaço para se desenvolverem;

Jacque defende que os comportamentos disfuncionais da sociedade de hoje originam-se directamente do ambiente desumanizador de um sistema monetário (faz sentido). Refere que é necessário educar as pessoas (eu prefiro usar a palavra sensibilizar).Penso que se torna necessário uma nova consciência, porque a maior parte das pessoas acha que não há outro modo de viver senão este que é amplamente divulgado e incentivado.

Pessoalmente, não concordo com algumas opiniões pessoais de Jacque (só algumas) e, em relação ao projecto Vénus, penso que há muitos aspectos que não estão muito claros e devem estar abertos ao diálogo. No entanto, em geral, concordo com muito do que é aqui exposto e acho que vale a pena colocar a atenção nestas ideias. Muitos elementos são interessantes e, em muitos aspectos, a sua visão aproxima-se bastante da minha e em certos pormenores até a ultrapassa.

Uma das críticas que se costuma fazer ao projecto é o facto de se assemelhar a uma tecnocracia (Bem, em relação a isto, eu penso que a tecnocracia é algo que devemos evitar, pois baseia-se no controlo da sociedade exercido por uma elite). Os defensores do projecto afirmam que não é uma tecnocracia, pois existem algumas diferenças: o ser humano está sempre no centro, as pessoas estão em primeiro lugar e a tecnologia sem preocupação humana não tem sentido, a técnica existe para ajudar as pessoas e não o contrário; as equipas científicas não são círculos fechados e qualquer pessoa com o desejo de apresentar ideias pode entrar e oferecer soluções; o sistema baseia-se numa democracia real, onde todos têm o direito de participar; a ciência e o conhecimento estarão disponíveis para qualquer pessoa e não apenas para uma percentagem baixa da população que se transforma numa elite e toma as decisões isoladamente.

Parece-me claro que, devido a vários factores, este sistema monetário e social não tem futuro, ele irá acabar, isso é inevitável. O que podíamos fazer era acelerar muito esse processo e, com isso, evitaríamos problemas no futuro. Fazer uma transição mais ou menos rápida e mudar o sistema social.

Hoje, a adaptação tornou-se a palavra-chave na nossa sociedade e "salve-se quem puder", transformámo-nos (há muito tempo) em seres duvidosos. Sem ideais ou ideias que se encaixem dentro daquilo que é o mais saudável e natural para nós, a nossa individualidade fica em risco e a relação entre as pessoas torna-se complicada. Tudo está ligado, por isso não devemos negligenciar nada e neste momento é evidente que “não podemos resolver problemas usando o mesmo padrão de pensamento que tivemos para criá-los”.


















terça-feira, 11 de setembro de 2012

Drogas


O tema da droga é sempre polémico e, uma vez que há pessoas que parecem possuir dogmas e atitudes autoritárias em relação a isto (produto de uma lavagem cerebral feita durante quase uma vida), o diálogo pode tornar-se difícil. Por isso, antes de dizer seja o que for, queria apenas deixar bem claro que, apesar de eu achar que nenhum tipo de droga deve ser ilegal ou proibida e um adulto deve ter a liberdade para poder consumir aquilo que quiser, penso que as pessoas devem ser responsáveis em relação àquilo que consomem (sejam drogas ou alimentos) e, como é evidente, não estou aqui a defender a toxicodependência, antes pelo contrário. E, no caso de alguém querer consumir, o mais importante é consumir em privado e sem prejudicar a saúde dos outros!

Em relação a este tema, podemos verificar certas incongruências e coisas curiosas. Embora as leis variem de país para país, a venda, produção e consumo de algumas substâncias (as chamadas drogas ilícitas) é punida por lei, porque as autoridades alegam que estas são substâncias muito perigosas. No entanto, é permitido:

- A venda de armas, inclusivamente através da internet, com extrema facilidade (como nos USA), com os resultados que estamos todos habituados a ver!

-A abertura de estabelecimentos e até mesmo ruas inteiras que se dedicam à venda de bebidas alcoólicas para que os mais jovens (e os menos jovens), juntamente com os seus amigos e amigas, tenham a possibilidade de se alcoolizarem até não poderem mais. E, segundo alguns, é tudo perfeitamente normal! Na minha opinião, faz parte de um ritual juvenil de estupidificação em forma de rebanho (a pressão é grande, nós sabemos. A pressão para a conformidade é grande para todas as idades, mas nestas idades assume proporções e tácticas cruéis). Neste momento, muitas pessoas andam preocupadas com o problema do alcoolismo nos jovens (entre essas pessoas estão algumas que diziam que tudo era perfeitamente normal!). Mas eu pergunto: será que o álcool não causa dependência? Será que o álcool também não pode ser muito perigoso para a sociedade? Não é umas das principais causas de acidentes de viação e violência doméstica? Então porque é que não proíbem o álcool? O que é que causa mais dano, a canábis ou o álcool? Sabemos que é o álcool… É tudo uma questão cultural.

As “salas de chuto” escandalizavam muita gente, mas estes estabelecimentos de venda de álcool aparentemente não. Depois também dizem: “ah, mas o álcool é diferente, porque tudo depende da dose”. E nos outros casos não? É evidente que há drogas mais pesadas do que outras, mas de certa forma tudo depende da dose e, como já vimos, nem todas as drogas ilícitas encaixam nesse argumento.  Para além disso, podemos dizer que o consumo excessivo de drogas leves pode ser tão perigoso quanto o consumo moderado de drogas duras.

-Dar oportunidade a determinadas pessoas “certificadas” para que façam todo e qualquer tipo de experiências com os seus clientes (ou utentes), drogando-os vezes sem conta, muitas vezes sem qualquer tipo de critério e bom senso!

Em relação a este ponto, a minha opinião é que, com ou sem prescrição médica, cada um deve ter a liberdade para consumir os fármacos que quiser e ninguém tem nada a ver com isso. Depois acho que os cidadãos em geral não são informados sobre tudo o que diz respeito a este tipo de substâncias, ou seja, tenta-se exagerar nos efeitos chamados “terapêuticos” e encobrir os efeitos prejudiciais decorrentes da toma. Não sou absolutamente contra o uso de alguns psicofármacos (outros excluiria completamente) em situações muito pontuais e/ou especificas, por exemplo, antes de realizar determinadas intervenções e em situações de outra natureza. Mas, acho que estamos a assistir a um abuso na prescrição destas coisas, as pessoas consomem demasiadas drogas destas, passam a tomar isto a longo prazo, quando por vezes a indicação deveria ser apenas para curto prazo, está generalizado para tudo e mais alguma coisa, muitas vezes sem grande critério e negligenciando-se outras alternativas que porventura deviam ser experimentadas primeiro, etc. Por isso, tenho muitas reservas em relação a estas coisas e não confio nas pessoas que as prescrevem, vejo muita asneirada por aí e modelos completamente duvidosos e questionáveis. E, claro, o nosso velho amigo está por detrás disto tudo. Quem é ele? O negócio! Quando enormes lucros são gerados, a verdade pode ser sempre distorcida, não tenham dúvidas disso!

- A venda de tabaco, mesmo quando sabemos que o cigarro mata! Até consumir café em excesso pode provocar problemas de saúde, embora o café também tenha propriedades benéficas.

- Certos conteúdos que passam na TV, quer pela sua natureza violenta e outros aspectos, também não podem ser geradores de comportamentos perigosos? E que tal a publicidade? E as notícias dos telejornais, não são um abuso? Porque é que não proíbem o consumismo desenfreado que também causa tantos problemas? (agora, devido às condições actuais, até diminuiu). Porque é que não proíbem as pessoas de trabalharem mais do que deviam, porque, cansados, poderão tornar-se perigosos e desconcentrados? (e agora, como é preciso produzir, incentiva-se o abuso e, devido ao desemprego, há pessoas a tentar escravizar os outros). Porque não proibir a poluição e a degradação do meio ambiente? (na prática e a sério). Porque não proibir tantas outras coisas nefastas? (coisas que realmente nos afectam a todos).

O que é que verdadeiramente se esconde por detrás da proibição e penalização da droga?

Em Portugal existe um modelo que já descriminalizou o consumo (apenas o consumo e nos casos em que a quantidade de produto detido não for superior ao consumo individual correspondente a 10 dias, ou seja, o consumo é penalizado, mas nestes casos o crime passa a ser apenas uma contra-ordenação) e assenta no tratamento da toxicodependência. Este modelo, segundo dizem, tem tido bons resultados e foi elogiado por outros países que pensam em seguir o mesmo caminho. Embora, no que diz respeito ao tratamento e reabilitação, tenham surgido algumas críticas em relação a certas abordagens, nomeadamente no que diz respeito ao uso da metadona e aos critérios e duração da administração da mesma.

Penso que ninguém tem nada a ver com aquilo que cada um consome ou deixa de consumir e não faz qualquer sentido um Estado ou Entidade proibir coisas deste género. É um problema de cada um. Cada pessoa tem de ser responsável pelos seus actos e por aquilo que decide consumir e ponto final! Nada deveria ser proibido se de facto não está a afectar, incomodar ou prejudicar o outro de forma directa.

Se o objectivo é de facto acabar com a toxicodependência, proibir não resulta! O fruto proibido é o mais apetecido! E penso que isso já foi mais do que provado….É entendendo porque é que as pessoas procuram essas coisas, é construindo uma sociedade diferente, é indo às raízes das coisas, é criando condições para que quem tem predisposição para essas coisas não sinta vontade. Não é penalizando umas coisas e depois estimulando esquemas, ideias e filosofias sociais que levam as pessoas a experimentarem essas substâncias que queremos penalizar… há aqui muitos contra-sensos. E penso que ninguém pode apontar o dedo a ninguém, porque, de uma forma ou de outra, todos temos as nossas dependências, embora haja coisas mais limitadoras e preocupantes do que outras, mas há muitas dependências que não deixam de ser dependências, só que são incentivadas pela sociedade, essa é a diferença.

O caminho é compreender as causas profundas (o meio joga sempre um papel muito forte, mas geralmente não se toca muito nisso, na minha opinião, prefere-se sempre dissecar a pessoa, mas não se disseca muito o meio…), dar liberdade para que cada um experimente e compre o que quiser e, ao mesmo tempo, trabalhando para construir uma sociedade saudável que não seja contraditória. O caminho está aqui, é vendo o quadro todo. É construindo utopias e desenvolvendo condições para que haja cada vez menos razões para destruir a vida consumindo substâncias. O caminho está na sensibilização dos jovens (e não só) para a importância de ser moderado, para a importância de sermos nós próprios e de reflectirmos sobre as coisas (isso é que é ser fixe, por muito que os amigos lhes façam crer o contrário) e o divertimento pode viver juntamente com estes aspectos. Precisamos de uma nova juventude, uma juventude mais sábia e hoje em dia já se vêem cada vez mais excepções, mas ainda não é suficiente. Que não se deixem levar pelas armadilhas das modas e por certos comportamentos de rebanho.

Para finalizar, e não tendo números exactos, em certas situações e contextos, fico com a sensação de que a luta, a guerra contra a droga provoca mais sofrimento e mortes do que o próprio consumo. Acredito que com a legalização, a violência e o tráfico de droga poderiam diminuir consideravelmente.