E porque existem muitas realidades dentro da realidade e outras possibilidades dentro das impossibilidades, surge este espaço dedicado a todos aqueles que gostam de divagar por aí ( sempre sem perder de vista o chão ) e aos outros que simplesmente têm curiosidade.
Um espaço aberto a todos os amantes do mistério, viciados em utopias, filosofeiros da vida, buscadores de algo e poetas à solta. Os mais curiosos também podem entrar e talvez também deixem ficar a sua opinião.
Há quem tenha a ideia, convicção,
ou mesmo a crença (como preferirem) de que a nossa sociedade (claro que depois
isto pode variar de país para país) progride sempre, evolui no correcto e
melhor sentido. Mas, com toda a franqueza, considero que, no que diz respeito a
certos assuntos, constato, entre outras coisas, um esvaziamento progressivo do
bom senso (situação que pode ser sempre reversível), e cada vez mais seguidismo
no que concerne a certos aspectos das nossas sociedades. Situação que me levou
a repensar e a mudar algumas posições e opiniões pessoais…. Há também muita
gente que partilha de opiniões dissidentes, felizmente, e provavelmente em
número maior do que se possa imaginar… Todos nascemos na mesma realidade, mas,
não raras vezes, dá quase a sensação de que habitamos em distintos universos
paralelos.
Isto de certa forma também está
relacionado com o assunto dos vídeos publicados abaixo, porque, tal como
acontece em relação a outras questões sociais e aspectos culturais, também existe
a ideia de que a ciência (refiro-me obviamente mais ao caso das ciências
naturais) evolui sempre, sem excepção, para patamares cada vez mais perfeitos.
Mas será que a ciência evoluiu sempre em direcção a patamares e verdades mais
perfeitas do que as ideias e crenças anteriores? Lanço a questão!
Não nego o valor da ciência (nem
poderia negar), mas é um facto que a ciência, no passado (longínquo e também
mais recente), já se enganou muitas vezes, e hoje continua a estar
completamente enganada em relação a muita coisa! Também podemos constatar que a
ciência (permeada pelo materialismo) resiste a mudanças, mesmo quando estas são
justificadas ou pertinentes.
Uma entrevista com um conhecido
historiador e autor, membro do CTEC (centro transdisciplinar de estudos da
consciência, sediado na Universidade Fernando Pessoa, e também dedicado ao
estudo do fenómeno ovni), e que muito tem contribuído para a investigação,
estudo, divulgação, respeito e valorização deste tema em Portugal. Nesta
entrevista, o autor responde a várias perguntas e apresenta o seu novo livro: “Ficheiros
Secretos à Portuguesa”.
Queria apenas deixar algumas
notas e opiniões sobre o conteúdo do programa:
Este livro não tenta realizar
qualquer tipo de interpretação sobre o que poderá estar por detrás do fenómeno.
Por isso, não tenta especular sobre a sua natureza ou origem do mesmo, não tira
qualquer tipo de conclusão ou conclusões, e também não expõe qualquer tipo de
crença pessoal. A função deste livro não se destina a analisar esse tipo de
questões, e isso é compreensível. No entanto, neste ponto e sobre o tema em
geral, penso que é perfeitamente possível e aceitável desenvolver não uma
crença pessoal (porque simplesmente sai fora deste contexto), mas sim uma
convicção alicerçada e bem fundamentada. A crença pessoal, segundo o
dicionário, é uma convicção profunda que não é baseada numa análise racional,
etc. Mas o facto de determinada convicção surgir de uma forma que entendemos
como não racional, não quer necessariamente dizer que essa crença está errada
ou que deve ser negligenciável, por isso não tenho qualquer preconceito em
relação a esse lado.Tal como o autor
refere, podem existir várias interpretações e explicações sobre o fenómeno
ovni, ou até, se quisermos, várias origens. Eu já escrevi sobre isso
anteriormente, por isso não vou expor aqui novamente a minha convicção em
relação a este assunto.
É sempre louvável e bem-vinda uma
divulgação séria sobre o tema (isso tem vindo a dar os seus frutos) no sentido
de dar alguma credibilidade, coisa que o entrevistado sempre tentou fazer. Mas,
do meu ponto de vista, tendo em conta o forte preconceito, a ridicularização e
o desdém que sempre existiu sobre este e outros temas semelhantes, talvez este
estilo de programa não seja, a meu ver, o mais conveniente e apropriado para
tratar destes assuntos. É muito grave? Não! Mas acho que devemos pensar em
tudo, de forma a prevenir eventuais situações e consequências, no sentido de
poupar o tema porque este já tem sido suficientemente atacado e maltratado. Por
exemplo, apresentar o tema de forma jocosa e leviana não contribui muito para
conservar aquele progresso que já foi obtido em relação à credibilidade e
respeito. Eu próprio já usei um pouco de humor aqui no blogue, de forma
moderada, mas usei-o de uma maneira que não tem o potencial de prejudicar
minimamente estas temáticas, para além disso este contexto é completamente
diferente e toda a gente sabe qual é, de facto, o objectivo deste blogue, isso
desde muito cedo ficou sempre bem claro. Portanto, o sentido de humor tem o seu
lugar, mas a participação em programas de humor, na minha opinião, deve ser
sempre ponderada. Nada contra o programa em si (este que está no link abaixo),
e a participação dos ouvintes é uma boa opção para qualquer tipo de programa,
mas simplesmente se eu tivesse de escolher, escolheria outro género.
Dentro deste âmbito, devido à sua
natureza, há muita coisa a gravitar à volta disto, muitas teorias e, na minha
opinião, existem sobretudo algumas conspirações sem qualquer base e nesse aspecto
estou de acordo com o entrevistado. Há muita gente a falar e a dizer muita
coisa e obviamente nem tudo é verdade.
Também é importante dizer que a
palavra ciência significa conhecimento, apenas isso! E depois, a partir daí,
encontramos vários tipos de ciências, e qual delas é a melhor? Depende! Por
exemplo, o cientismo adora passar a ideia de que tudo o que as ciências
naturais nos dizem é claro, óbvio, absoluto, constituído por verdades perfeitas
e tudo é transparente, só que, na realidade, existem também aqui muitas áreas
cinzentas e coisas que não são assim tão claras… Eu anteriormente já tinha
comentado sobre este assunto, mas seria interessante ouvir o que diz Stanton
Friedman acerca deste tema (ver a partir do minuto 33, vídeo no final deste artigo).
Outro aspecto, é a ideia de que a
investigação só pode e deveria ser realizada dentro de universidades e afins (ou
deve ser constituída apenas por pessoas com um determinado currículo e títulos),
porque somente desta forma ganha credibilidade (isto não é dito de forma explícita,
mas eu interpreto desta maneira, é a ideia que, de certa forma, passa). Não
concordo muito com este ponto, embora eu também reconheça que existe muita
gente que se diz investigador ou tem pretensões a investigador e claramente não
está preparada para tal. Estou à vontade para falar porque nunca fui investigador
no terreno, etc, no máximo sou apenas um divulgador e gosto de analisar e
reflectir sobre estes temas, com total liberdade. Também já falei sobre este
assunto numa publicação anterior por isso não vou repetir a minha opinião.
Extra:Ainda um vídeo com uma entrevista, sobre o
pentágono e os ovnis. Penso que vale a pena ver. De uma vez por todas, penso
que é necessário olhar para este assunto com mais seriedade, ganhar consciência
de que isto tem, de facto, importância. É necessário, cada vez mais, encontrar
argumentos para calar a boca de muita gente, e digo isto de uma forma um pouco
mais agressiva porque algumas pessoas (e grupos), com o seu comportamento, não demonstram
respeito por ninguém, e só têm servido para atrasar todo este processo de consciencialização
e entendimento do fenómeno.