terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Quem são os visitantes?


Eu penso que existe vida inteligente noutras partes do Universo e não faria sentido se assim não fosse. No planeta Terra existe vida sim, mas ainda há dúvidas se ela é inteligente! :)   

Quando a maior parte das pessoas pergunta: "Quem são os ETs?", possivelmente estão a referir-se aos seres (ou entidades) que nos visitam ou aos tripulantes dessas naves que muitas vezes chamamos de OVNIs. Pessoalmente, estou convicto de que somos visitados por algo exógeno à nossa realidade, pelo menos será algo que em princípio não pertence à nossa civilização tal como a conhecemos. Por várias razões, não acredito que seja algum projecto secreto militar por exemplo, pelo menos como primeira origem.

Muitos objectos podem ser simplesmente sondas sem tripulantes. No entanto, como já tinha referido num texto publicado anteriormente, acho que, com ou sem tripulantes, várias hipóteses poderiam se colocar quanto à sua origem: viajantes do tempo; seres de outros planetas dentro do nosso Universo; seres de um Universo paralelo; seres de uma outra dimensão ou realidade qualquer ou então alguém que poderá viver nesta mesma Terra há imenso tempo (talvez há mais tempo do que nós), mas que permanece de certa forma escondido em bases subterrâneas e outro tipo de estruturas, inclusivamente usando o fundo do oceano. Portanto, que somos visitados, isso já tenho poucas dúvidas, a questão é saber por quem! E aqui acho que todas estas hipóteses podem fazer sentido. Por isso, talvez não estejamos a ser visitados apenas por ETs (ETs no sentido que estamos todos habituados a compreender), mas por diferentes entidades de diferentes lugares do espaço e do tempo. Sendo possível que a viagem possa ser realizada através de uma espécie de portais (isso tornaria as viagens mais curtas, no caso de civilizações que estejam a grandes distâncias de nós). Eu sei que há pessoas que afirmam que esses visitantes são seres de outras galáxias (ou mesmo da via láctea) e de outros planetas dentro do nosso Universo e eu acredito que sejam, mas, como eu próprio não sei, gostaria de abrir outras hipóteses e não excluir nada.

Em relação às intenções dessas entidades, pois aqui as opiniões dividem-se, mas eu penso que não são más intenções (pelo menos a grande maioria), mas como não posso ter a certeza, não podemos excluir a possibilidade de algumas visitas serem feitas com intenções menos boas. Pode ser com uma intenção de mera curiosidade, pesquisa ou por outras razões que nos ultrapassam. Eu acredito que, se de facto são civilizações anos-luz mais evoluídas do que nós, então já tiveram tempo suficiente para terem desenvolvido conceitos éticos e de respeito pela vida, respeito pela liberdade dos outros e devem perceber as verdades universais muito melhor do que nós e daí eu pensar que, na sua larga maioria, não nos querem mal. Mas não será difícil perceber porque é que quererão manter uma certa distância... (pelo menos para já).

Já li também quem defenda que poderiam ser demónios. Bem, quanto a isto, não acredito muito, mas posso sempre estar enganado. Se pensarmos em demónios como entidades incorpóreas, ou seja, imateriais em sua essência, então não precisarão de veículos ou naves para se deslocarem... É verdade que já foram descritos seres como sendo de luz, mas não conhecemos a natureza dessa luz (se seria algo espiritual, digamos assim, ou não), mas, mesmo estes, vieram em veículos...

A verdade é que estes fenómenos são um grande mistério (pelo menos para mim) e torna-se sempre difícil falar destas coisas quando sabemos tão pouco sobre elas. Estamos ainda muito no reino das suposições, das hipóteses e numa fase de tentar perceber o que é que se está a passar. No entanto, eu penso que os casos das abduções (que tantas pessoas referem) são assuntos muito mais complexos do que os avistamentos normais, digamos assim. Eu tenho uma visão geral do fenómeno das abduções, mas confesso que não perco muito tempo com este assunto, pois dedico-me mais ao resto que está relacionado com o fenómeno OVNI. Quando falamos de avistamentos de naves e entidades associadas a essas naves em circunstâncias normais (sem ser abduções propriamente ditas), com ou sem múltiplas testemunhas, torna-se um assunto muito menos complexo, na minha opinião. Com isto, não quero desvalorizar as abduções nem as experiências das pessoas, mas cada caso é um caso e aqui podem estar muitos factores envolvidos...

Em relação às pessoas dizerem que passaram por paredes, etc (no caso da experiência ser real e até pode ser), eu penso que isso não prova necessariamente que sejam demónios a operar, porque estes seres biológicos podem conhecer novas leis da física (nós dizemos que são leis, porque somos obcecados com a ideia de autoridade...) e podem possuir uma tecnologia que nem imaginamos ser possível.

Neste contexto das abduções e quanto às suas intenções, pois aparentemente faz sentido o que algumas pessoas dizem, ou seja, se eles levam alguém contra a sua vontade e realizam não sei quantas experiências, então aparentemente não respeitam a liberdade do ser humano. Mas, a questão é saber porque é que fazem isso, saber qual a verdadeira intenção e, mesmo que algumas pessoas tolerem mal essa experiência, a intenção pode ser boa no final! Muitas vezes nós fazemos o mesmo com os outros animais e, possivelmente, eles também não compreendem a razão e julgam que lhes queremos fazer mal e reagem mal. No entanto, apanhamos certos animais e fazemos certas coisas com eles com uma boa intenção, seja para preservar a espécie que está em extinção, etc. Mas, claro, raptar alguém contra a sua vontade é sempre uma violação da liberdade e aparentemente uma falta de respeito e, como é lógico, ninguém vai querer uma coisa dessas a não ser que haja uma justificação e um pedido de consentimento.

E porque é que vocês acham que eles (os visitantes- sejam eles quem forem) não se apresentam ou contactam de uma forma mais aberta?

1-Porque respeitam a vontade dos governos (supondo que os governos não querem que o cidadão comum tenha conhecimento da existência desses visitantes);

2-Porque estão se nas tintas para os governos, mas não vêem nenhum motivo para estabelecer um contacto mais abrangente. Simplesmente, não valemos muito a pena, somos ainda muito limitados e com uma consciência pouco evoluída em relação a eles. Nunca iríamos compreendê-los na totalidade;

3- Porque existe um propósito, existe uma razão específica e importante para eles decidirem não contactar de uma forma mais aberta;

4- Eles pretendem contactar, mas preferem fazê-lo gradualmente para preparar-nos aos poucos e assim fazer-nos aceitar melhor a sua presença sem levar um susto de repente.

5-Possivelmente existem diferentes visitantes, por isso todas as possibilidades sugeridas anteriormente estão correctas.

E será que eles (os visitantes) pensam como a maior parte de nós (humanos da Terra)? O que é que os move? Será que a sua acção é motivada única e exclusivamente pelos seus interesses egocêntricos? Possuirão valores diferentes? (De lembrar que, apesar de tudo, mesmo que nem todas as pessoas sejam genuínas, aqui na Terra há muitas que se dedicam a causas humanitárias, por exemplo). Uma civilização que exista há muito mais tempo do que nós (e não digo 100 nem 200 anos, mas muito muito mais) funcionará e pensará como nós? A sabedoria acumulada poderá ser imensa (sabedoria até mais do que conhecimento), de tal maneira que a separação entre religião e ciência poderá ter sido ultrapassada e algo novo e unificador pode ter surgido... Pois acredito que não é possível serem mais avançados do que nós, ainda andarem por aqui, e continuarem a comportar-se de forma infantil e auto destrutiva, tal como nós humanos fazemos. Têm possivelmente uma consciência e ética*cósmica (isto não é religião!). É evidente que o desconhecido é sempre o desconhecido e pode haver sempre excepções e visitantes com intenções menos boas, mas eu espero que não!

Aparentemente, os visitantes não interferem e deixam as coisas seguir o seu curso, mas será que, aqui e ali, interferem e nós nem percebemos isso?

Em relação a estarmos preparados, há pessoas que dizem que nós também não perderíamos tempo a falar com uma formiga ou uma minhoca, porque a formiga ou a minhoca nunca nos entenderia. Eu penso que a distância entre nós e eles (os visitantes) não será assim tão grande, mas poderá existir uma distância. Poderá ser preciso algo mais... Por exemplo, será que uma criança de repente pode entender e fazer o que um adulto faz, ou terá de amadurecer primeiro? Isto não é necessariamente ter de ser perfeito, mas poderá exigir um pouco mais de nós! Nós também sabemos que, não raras vezes, o ser humano dá-se muito mal com a diferença e já tivemos muitos exemplos disso... Por isso, pode haver razões fortes para as coisas não serem feitas de repente, mas um mistério é sempre um mistério e só eles (os visitantes) podem saber as razões! (ou talvez não!)




* Prefiro usar a palavra ética, porque a ética preocupa-se em fundamentar as ideias e as acções. Por outro lado, a moral está mais ligada à religião, a aspectos culturais, tradições e tende a ser uma coisa que é imposta, uma espécie de dogma que não pode ser discutido nem reflectido. Muitas regras morais podem não fazer muito sentido e outras podem ser questionadas. Mas a liberdade individual, desde que não prejudique nada nem ninguém, deve ser sempre respeitada.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

O que é a Realidade?


A Inteligência, para além de não ser imutável, às vezes também pode ser algo difícil de definir, pois existem muitos tipos de inteligência e seguramente é algo que não pode estar limitado a um simples teste (como por exemplo, o teste de QI- que também tem sido alvo de algumas críticas) ou nota escolar.

Mas, tal como a inteligência, a realidade também pode ser algo difícil de definir. Para além disso, quando falamos da realidade, não podemos deixar de falar da consciência.

No que diz respeito à consciência, parece haver três perspectivas:

1- A consciência é o resultado da actividade cerebral, é um mero produto da mesma e apenas o material existe (uma visão mecanicista);

2- Existem duas coisas distintas: a matéria e a consciência. A consciência, embora se possa ligar à matéria, é de natureza completamente distinta desta (dualismo);

3- Apenas a consciência existe e aquilo a que chamamos matéria (ou realidade material) é apenas uma mera projecção realizada pela consciência e, dependendo de vários factores, a realidade pode ser percepcionada de várias maneiras e umas são mais ilusórias do que outras. Portanto, é o nosso corpo que está dentro da nossa consciência e não o contrário.

Sem querer estar a defender esta ou aquela perspectiva e sem querer estar a entrar em conceitos filosóficos/científicos muito complicados citando este ou aquele autor, o que parece ser verdade é que aquilo que percebemos como realidade material (inclusivamente o nosso próprio corpo) é o resultado da interpretação de estímulos sensoriais, ou seja, somos nós que damos forma à realidade exterior e, no caso de ela existir por si própria, torna-se sempre difícil saber se aquilo que existe lá fora é exactamente como o percepcionamos e em muitos casos, olhando mais de perto, aquilo que parece sólido, afinal não é assim tão sólido!

Uma coisa que podemos constatar é que não podemos separar completamente a realidade exterior do mundo interior, ou seja, embora possamos estar conscientes de algo, esse algo existe sempre dentro da nossa consciência.

Por outro lado, poderão também existir vários níveis de realidade e o que parece ser real e evidente para uns, poderá não ser tão real para outros. Numa determinada perspectiva, se todos concordam que algo é real, então será real… Mas, imaginando outras possibilidades, poderão existir diferentes níveis de consciência, consciências, afinidades e formas de ver a realidade. E, embora possamos partir do princípio de que, neste mundo, todos mais ou menos vemos a realidade da mesma maneira (embora de certo modo, nem sempre seja assim!), noutras dimensões, mundos e formas de existência que possam existir, a realidade pode ser vista de uma maneira muito diferente da nossa…     

sábado, 12 de janeiro de 2013

Profetas da Ficção Científica


Assim como certas lendas e mitos antigos não devem ser totalmente descartados, as histórias da ficção científica também poderão ter a sua importância.   

A ficção científica por vezes consegue ser profética e, embora muitas vezes seja posta de parte porque parece descrever fantasias pouco realistas, ela já influenciou e inspirou muitas pessoas a concretizarem coisas iguais ou semelhantes àquelas que são descritas nas histórias. Por isso, para além de muitas vezes levantar questões filosóficas e éticas importantes, parece também ter a capacidade de ser profética em certo sentido. Às vezes dá quase a sensação de que o escritor ou a pessoa que criou um determinado cenário está de alguma forma a ter acesso a uma espécie de biblioteca ou sítio onde estão armazenadas ou registadas todas as informações e acontecimentos que ocorreram, ocorrem e ocorrerão neste Universo (ou noutro universo paralelo). Mesmo que por vezes seja só um vislumbre.

Noutras ocasiões, a ficção científica é acusada de ser a responsável por alegações de avistamentos de seres e objectos voadores que parecem vir de outro mundo. Segundo algumas pessoas, a ficção influencia certas mentes e leva-as a experienciar fantasias, falsas interpretações e percepções das coisas. Em muitos casos, esta afirmação poderá até ter uma certa lógica, mas não será que o contrário também acontece? Ou seja, não serão reais certas experiências e avistamentos? E as mesmas não influenciaram as histórias da ficção científica? A resposta parece-me clara!

Esta série fala sobre os visionários da ficção científica e nestes episódios podemos conhecer um pouco do trabalho de Arthur C. Clarke e Júlio Verne. 











sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Meditação


Desde muito cedo, fomos condicionados pela sociedade em muitos sentidos. Para além disso, ainda vivemos numa época de feudalismo (uma versão diferente do passado, mas no fundo é a mesma coisa) e umas formas de escravatura foram substituídas por outras, porém continuamos a ser subservientes.

Um dos bens mais preciosos que podemos ter é a liberdade, mas muitas pessoas defendem que as revoluções exteriores não terão qualidade ou não farão sentido se em primeiro lugar não forem feitas revoluções internas (talvez seja assim, mas será regra absoluta?). Neste contexto, surge a reflexão e a meditação (que não pode ser confundida com a reflexão). 

Não vou entrar em grandes definições sobre o que é meditar, nem vou falar nas diferentes formas de praticar, cada um que procure por si próprio se achar que vale a pena. Muitas pessoas dizem que simplesmente consiste em focar a nossa atenção no momento presente, não interferindo, ou seja, não alimentando julgamentos nem análises sobre as coisas, desapegando-se das “maquinações” mentais.

Não sou um guru da meditação nem um expert no tema, muito menos um praticante assíduo, pois nem sequer tenho paciência para sentar-me durante muito tempo e praticá-la sempre a uma determinada hora marcada. Mas já fiz as minhas experiências e li algumas coisas sobre o tema e por isso tenho uma ideia formada sobre o mesmo (assim como toda gente pode ter a sua).

A meditação é uma ferramenta com provas dadas (inclusivamente em estudos científicos), mas não a vejo como uma panaceia. Será útil para uns e não tão útil para outros e, em certas situações, poderá ter também os seus efeitos secundários (e isto muitas vezes é pouco falado). A meditação pode ser uma faca de dois gumes, pois também pode trazer alguns problemas e, em certas situações, não se deve abusar, pois pode agravar determinadas situações ou estados psicológicos desagradáveis. É algo que deve ser bem ponderado e abordado, porque pode colocar determinadas pessoas em situações menos boas, principalmente quando se medita sentado e imóvel, que é para a maior parte das pessoas a prática mais difícil em termos de focar a atenção. Portanto, se alguém pensa em entrar nisto com toda a força (“a matar”) sem ser de uma forma gradual, deve ter algum cuidado. Ou seja, às vezes as pessoas entram com grandes expectativas logo de início e há a tendência para forçar as coisas, o que muitas vezes acontece sem a pessoa querer e de uma forma quase inconsciente.

Sendo assim, para algumas pessoas, a meditação em movimento talvez seja a melhor forma de iniciar e, nesse caso, qualquer coisa pode servir para focar a atenção. Existem várias formas de a praticar e há pessoas que às vezes meditam mesmo sem terem consciência disso quando, por exemplo, fazem um simples hobby ou realizam outra actividade qualquer. A própria actividade física ou o exercício físico, desde que seja abordado de uma determinada maneira, pode ser um caminho ou uma forma de meditação e neste caso podemos usar o corpo, o movimento e a qualidade do movimento como foco de atenção (trata-se de unir o corpo e a mente criando uma unidade). Viver sempre dentro da própria cabeça pode não ser muito boa ideia e também é importante viver o corpo e sentir o corpo.

Ao fazermos isto, corremos “sérios riscos” de esvaziar a mente por momentos, o que pode trazer-nos algumas vantagens mais tarde. Por exemplo, para além de outros benefícios, muitas pessoas relatam, durante estes momentos, terem desenvolvido ideias criativas que surgem espontaneamente, sem qualquer esforço (e às vezes fazendo algo tão simples como caminhar). Mas, com ou sem movimento, a importância está nesse “esvaziar da mente”.

Hoje em dia, o exercício físico costuma ser praticado por questões de saúde, para melhorar a aparência física ou para satisfazer a nossa obsessão de competir (no caso do desporto). No entanto, ele também pode ser usado com uma filosofia diferente, ou seja, para além de poder ser encarado como uma forma de arte, pode também servir para focar a atenção no que estamos a fazer e a sentir, de maneira que deixamos de estar reféns de um determinado resultado e esse resultado acabará por vir sem esforço, espontaneamente. Fazemos porque gostamos e desfrutamos daquele momento, sem pensar demasiado na meta. Com isto não quero dizer que não possam existir objectivos, mas quando ficamos demasiado obcecados com o destino, isso gera ansiedade, não desfrutamos da viagem e perdemos coisas importantes e, como quase ninguém é perfeito, todos caímos nesta armadilha (uns mais, outros menos).

Portanto, se não há cabeça nem paciência para meditar, então mais vale focar a atenção noutra tarefa qualquer e a meditação acabará por surgir naturalmente. E não acredito muito em regras rígidas, posturas muito rígidas, etc. A ideia que está por detrás dos exercícios é o mais importante e os progressos, se aparecerem, vêm daí.  

A meditação é uma forma de estar, não é necessariamente algo que se tenha de fazer sempre sentado e à hora marcada. Para além disso, e segundo algumas pessoas, a meditação poderá ser a porta de entrada para realidades e dimensões que escapam à nossa percepção comum… e até admito que possa ser.

Muitas vezes a meditação acontece naturalmente, sem nos apercebermos disso e não acontece apenas quando estamos sentados, como já referi. Qualquer coisa pode ser meditação e não precisamos de ser monges nem ascetas renunciando a quase tudo e muitas vezes até reprimindo violentamente coisas que são perfeitamente naturais (em alguns casos). Esse caminho poderá servir para algumas pessoas quando elas sentem que é necessário percorrê-lo, mas não penso que isso sirva para toda a gente e nem se quer tenho a certeza de que seja estritamente necessário seguir tal caminho (seja pelo motivo que for). Não acredito muito nesse “deixar de viver” voluntário (já nos basta por vezes o involuntário). Talvez para essas pessoas a coisa seja vista de uma outra forma e eu entendo as razões e as lógicas de quem segue esses caminhos, mas também não esqueço que há muitos caminhos e ninguém sabe bem para onde vai, por isso... Às vezes não é tanto o que fazemos ou o que deixamos de fazer, mas sim como o fazemos, é a forma como fazemos. Se o objectivo é apenas ser uma melhor pessoa, ser mais tranquilo ou explorar a mente e suas potencialidades, isso poderá ser atingido sem entrar nesses caminhos mais extremistas.

Muitos afirmam (talvez com razão) que quem sentar a pensar que, esforçando-se muito, vai conseguir sair dali um buda, está a enganar-se a si próprio e o simples facto de ter esse objectivo já o afasta disso. Para quem acredita que tal estado pode ser alcançado, talvez demasiada austeridade não seja uma boa ideia, pois poderá correr o risco de puxar a polaridade oposta, ou seja, a pessoa poderá entrar em descontrolo total, puxando a polaridade que mais deseja evitar, e, como se costuma dizer, o caminho do meio é o melhor!

Nota: Quando eu digo que por vezes a meditação (ao estar sentado e imóvel) também pode ter os seus efeitos secundários, estou sobretudo a falar daquele tipo de meditação na qual a atenção é direccionada para um único objecto ou aspecto, ignorando outro tipo de estímulos. Este tipo de meditação é particularmente mais difícil e requer algum esforço, embora a ideia seja ser paciente e não empregar demasiado esforço.  

Já o mindfulness (também realizado sentado, e agora também mais na moda), pelo contrário, é um tipo de meditação em que a atenção é direccionada para todo o tipo de estímulos que possam ocorrer, tanto internos como externos. Neste caso, a atitude recomendada é de total desapego, aceitação e não-julgamento perante as situações que se apresentam no momento presente, ou seja, pura e simples observação dos aspectos que aparecem e passam na nossa mente. Este tipo de meditação parece ser aparentemente mais fácil do que a primeira, mas isso não quer dizer que também não possua os seus inconvenientes e dificuldades…

Existem também outros tipos de meditação, mas nunca nos podemos esquecer que é possível usar o movimento do corpo e as nossas rotinas diárias como foco da atenção, depositando intencionalmente a atenção num ou mais aspectos, ou mesmo deixando que essa meditação ocorra espontaneamente.




quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Liberdade e Autoridade


Vivemos numa sociedade ainda muito obcecada com a ideia de autoridade e, muitas vezes até inconscientemente, isso motiva abusos e outras coisas desagradáveis, mas logicamente há uma razão para essas formas de autoridade existirem e, neste momento, talvez algumas façam sentido existir (algumas mas não todas) enquanto não se toma consciência da confusão que é esta coisa a que chamamos civilização actual. Portanto, como é dito no vídeo e com uma certa razão, certo tipo de autoridade (muitas delas são até completamente desnecessárias e outras merecem ser questionadas) nasce ou é criada a partir do nosso próprio desnorte enquanto indivíduos e, na minha opinião, principalmente enquanto sociedade. Ao criar uma autoridade, criamos também uma forma de prisão e violência contra nós próprios e às vezes criamos também uma aversão, resistência, fricção e desprezo em relação a essa mesma autoridade… Por outro lado, se, por vontade colectiva, criarmos um meio mais harmonioso e com umas filosofias diferentes das actuais, passamos a viver um outro tipo de modas, digamos assim, que, ao “contaminarem-nos”, gradualmente transformam a própria ideia de autoridade numa coisa obsoleta!  

Por exemplo, reparem como a autoridade passou da religião para a ciência e a ciência se transformou rapidamente numa nova autoridade. Evidentemente, a ciência é necessária e também é necessária uma certa organização do conhecimento, mas tudo começou a ser visto com o mesmo prisma, ou seja, são as leis da física, as leis da natureza, as leis disto e daquilo. Por detrás de tudo, há sempre uma obsessão com a ideia de autoridade e obediência e isso muitas vezes dá lugar a atitudes não muito boas.

Como conclusão, podemos dizer que quase todas as formas de autoridade são adulterações, são coisas antinaturais e, com o tempo, rapidamente podem prejudicar-nos e voltar-se contra o cidadão que foi habituado a encarar essa autoridade como algo natural. Um certo tipo de autoridade apenas se torna necessária enquanto o meio (no qual vivemos) for de má qualidade e a civilização insistir em alimentar um sem-número de mentalidades, filosofias e aspectos culturais. Com a gradual mudança do meio, a existência de um certo tipo de autoridade irá cada vez mais perder a importância, sendo reduzida com o tempo e podendo até mesmo desaparecer, dando lugar a um outro tipo de organização…

Se é verdade que há pessoas que nascem com umas inclinações que as predispõem para certo tipo de comportamentos desagradáveis, então também podíamos dizer que o seu “interruptor” só será ligado se existir uma mão para o ligar (neste caso, a mão será o meio social e cultural onde essa pessoa nasce e vive). Poderão existir sempre excepções a esta lógica e eu não sou portador de verdades absolutas, também não sei tudo, mas sem dúvida que o meio joga um papel demasiado importante em “ligar e desligar interruptores”… (ou então, se preferirem, “ligar e desligar botões”). Por exemplo, sem entrar em crimes considerados violentos, podemos falar de uma situação que se vê muito por aí e que muitas vezes tem consequências mais graves do que se imagina: são assuntos relacionados com o assédio moral, o bullying, etc (e estas coisas são, sem dúvida, um produto bem trabalhado e criado pelo meio e por muitas das filosofias e crenças do meio em que vivemos, mesmo quando depois toda a gente condena e pune estes comportamentos). Podemos dizer que certas pessoas quase que sentem um prazer sádico em destruir os outros, seja pela razão que for, e fazem-no também porque têm as tais condições para o fazer. No entanto, facilmente envolvidos pela corrente e até pelas suas próprias frustrações pessoais, vendo alguém vulnerável, podemos ter outras pessoas a juntar-se à “festa”, pessoas que inicialmente julgávamos que nunca seriam capazes de o fazer ou não teriam perfil para isso. Quer dizer, existe uma quantidade de condições e factores que fazem “milagres” e o meio tem a capacidade de fazer milagres no bom e no mau sentido!







terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Base Aérea da Ota, 1982


Em 1982, Júlio Guerra, piloto da Força Aérea Portuguesa, durante um voo de treino, encontra-se subitamente na presença de um objecto invulgar. Ao comunicar com a torre de controlo da Base Aérea da Ota, dois colegas juntam-se a ele e durante vários minutos conseguem observar o objecto que os surpreende no final devido às suas capacidades…

Este caso, que também pode ser encontrado na série “encontros imediatos” (série já publicada neste blog), é um dos principais a nível nacional e um caso importante porque chegou até às mais altas patentes militares, tendo sido tornado público.

Outra coisa que me chama a atenção é que isto ocorre na região centro do país e, quanto a mim, há algo de especial nessa região no que diz respeito ao fenómeno OVNI. Isso não quer dizer que não haja avistamentos noutras regiões, mas, por várias razões, arriscaria dizer que a zona centro do país poderá funcionar como uma espécie de “porta de entrada” (um portal) ou talvez mesmo uma zona onde existem bases para alguns desses objectos (assim como poderão existir noutras partes do mundo) … Evidentemente, não posso provar nada disto nem tenho a certeza absoluta, mas é um palpite!