Segue-se um conjunto de respostas
a algumas das mais frequentes afirmações e opiniões relacionadas com estas
temáticas:
“Se os ETs realmente existirem,
sendo tecnologicamente muito mais avançados do que nós, é bastante provável que
nos queiram dominar, explorar nossos recursos naturais, porque estarão
interessados em colonizar outros planetas”
Essa é a visão que determinado
tipo de ficção científica (não toda) nos apresenta! Visão também reforçada por
aquilo que sabemos da História do ser humano.
É certo que não posso excluir
essa possibilidade, mas eu pergunto: Quem consegue viajar grandes distâncias
até chegar ao nosso planeta (através de atalhos ou não), quem demonstra possuir
tecnologia tão avançada, estará interessado em aniquilar-nos ou roubar os
nossos recursos naturais? Não poderá encontrar recursos em qualquer outro
planeta desabitado? (o que não falta aí são planetas!). Não será demasiado
trivial? É possível que se estejam nas tintas para os nossos recursos! O
objectivo pode até passar por coisas que nem conseguimos compreender!
Não sei se os ETs são todos
iguais no que diz respeito a intenções e objectivos. Porém, há sempre a
tendência para achar que os ETs são como nós, mas isso pode ser um erro. Talvez
não tenham esse comportamento infantil de destruir tudo o que encontram à sua
volta e consumir todos os recursos naturais. Podemos até dizer que alguns
homens criaram Deus (um certo conceito de Deus) à sua semelhança, e agora
existem outros homens a tentar fazer o mesmo em relação aos ETs.
“No caso de haver um contacto,
poderá ser semelhante à chegada dos europeus à América, quando Colombo
descobriu ou, como alguns preferem dizer, encontrou a América.”
Na minha opinião, não me parece
que esta comparação faça algum sentido!
Quanto aos ETs, e apenas pensando
no nosso universo, é importante não esquecer que o sistema solar é jovem quando
comparado com outras regiões da nossa galáxia. Há regiões da nossa galáxia
muito mais antigas. Por isso, imaginando que existem outras civilizações mais
avançadas, essas civilizações podem ser milhares ou milhões de anos mais
avançadas do que nós! Conseguimos imaginar tal coisa?! Ou seja, supondo que
Colombo foi o primeiro europeu a encontrar a América (o que sinceramente duvido),
comparar este tema com a chegada dos europeus à América, isso revela alguma
ingenuidade… (acontece aos melhores)
Para além disso, devemos pensar
no conceito de ET de uma forma mais abrangente: desde viajantes do tempo do
próprio planeta Terra, ou então algo que surge de uma outra dimensão ou
universo paralelo, e até mesmo cenários e situações que hoje não conseguimos
compreender nem sequer imaginar… Ou seja, o conceito de ET pode não se limitar
a seres que habitam no nosso Universo, quer seja nesta ou noutra galáxia.
“Não há nenhuma razão para
acreditar que outras espécies inteligentes sejam humanóides, provavelmente
serão muito diferentes de nós, logo alguns desses avistamentos e testemunhos
divulgados pela ovnilogia são todos produtos de uma fértil imaginação”
Afirmações como esta, na minha opinião,
são apenas especulações sem qualquer tipo de base. Por isso, talvez uma boa
parte dessas espécies não seja tão exótica assim, podem até ter algum tipo de
semelhança e evoluído de forma similar àquela que verificamos aqui na Terra.
Não podemos excluir essa possibilidade, embora reconheça que espécies
totalmente exóticas também podem existir.
E, se aceitarmos a hipótese
interdimensional, avistamentos de seres humanóides fazem ainda mais sentido.
Mas é evidente que algumas
pessoas sempre pensam que essas formas de vida teriam obrigatoriamente de ser
bastante diferentes daquilo que existe na Terra, mas são apenas suposições de
quem não aceita o facto de já estarmos a ser visitados por outras
inteligências.
“É um erro assumir que, neste vasto Universo,
todas as civilizações tecnologicamente mais avançadas são pacíficas,
civilizadas e que só nos querem ajudar a evoluir espiritualmente. Isso são tudo
tretas!”
Não podemos dizer, com total
certeza, que não haja alguma civilização visitante com más intenções, mas
existem razões para acreditar que são “boazinhas” e mais sábias do que nós, uma
dessas razões é o facto de não se terem autodestruído e por isso conseguiram
evoluir e sair do estado de civilização tipo 0, que é um nível de civilização
muito perigoso e é precisamente nesse nível que nos encontramos actualmente.
Por isso, essas civilizações já tiveram tempo suficiente para entender certas
coisas, ao contrário de nós, que não sabemos, não queremos ver ou fingimos que
não sabemos. Para além disso, nós podemos estar a viver numa espécie de zoo e a
nossa evolução enquanto espécie pode estar a ser influenciada por alguns desses
ETs. Onde está o elo perdido? Pois então, nada nos garante que ele não esteja
precisamente nessas manipulações genéticas.
“ Mas mesmo que não se tenham autodestruído,
isso não exclui a possibilidade de serem agressivas para outras espécies. Por
exemplo, os leões não se autodestroem, serão pacifistas?”
Reafirmo: não podemos excluir a
possibilidade de alguns desses visitantes terem más intenções, e muitas pessoas
pensam que, de facto, assim acontece. Na verdade, entre muita especulação,
existem algumas situações e casos que nos deixam com dúvidas… Contudo, eu até
poderia estar aqui a fazer referência a certos episódios e testemunhos de
credibilidade, inclusivamente do âmbito militar, no sentido de dar força ao
argumento que diz que eles são “bonzinhos”, mas bastaria apenas dizer que
existem razões bem lógicas e coerentes para acreditar que uma grande parte
desses visitantes é pacifista (eles já passaram por muito…).
Em relação aos leões, é bom
lembrar que, por exemplo, os leões estão bastante limitados na sua natureza e
capacidades, pois não possuem armas nucleares e afins, nem produzem tecnologia,
tal como nós humanos produzimos. Para além disso, estamos a querer comparar
situações completamente distintas, daí, na minha opinião, não fazer muito
sentido este tipo de argumento. O leão, mesmo que quisesse, não teria a
capacidade para destruir a natureza, produzir alterações ecológicas, destruir a
biodiversidade do planeta Terra e o clima, nem teria a capacidade de se
autodestruir numa qualquer guerra, sob um qualquer pretexto, ideológico ou não.
“São tudo especulações, não
podemos saber qual é o perfil dessas civilizações porque nunca tivemos um
contacto com elas, nem sequer sabemos se existem! São fantasias!”
São exercícios fantasiosos, mas
partilhados por alguns cientistas, tais como Michio Kaku, por exemplo, que,
como bem sabemos, é um tipo bastante “fantasioso”. Mas, convém lembrar que
essas classificações têm uma razão de ser e uma lógica por detrás. Convém
também dizer que a palavra fantasia não é uma coisa necessariamente negativa.
Quantas fantasias da ficção científica inspiraram realizações científicas e
tecnológicas? A ficção alimenta a ciência e a ciência alimenta a fantasia, é um
processo mútuo.
“Partindo do princípio de que
certos relatos são verdadeiros, algumas pessoas referem ter sido raptadas por
outras entidades e submetidas a experiências desagradáveis. Não podemos ocultar
o facto de determinadas pessoas terem saído traumatizadas dessas experiências.”
Que alguém seja raptado e sujeito
a experiências sem dar o seu consentimento, segundo a nossa perspectiva humana,
isso não deixa de ser algo que aparentemente está errado. Ainda mais se isso
provocar qualquer espécie de trauma na pessoa! Mas, segundo pude perceber,
também é verdade que muitas pessoas dizem que saem transformadas para melhor, a
longo prazo, por isso existem diferenças na forma como as pessoas encaram tais
experiências, quando conseguem recuperar a memória das mesmas. Mas quais são as
verdadeiras intenções e objectivos? Nós temos de ver todas as perspectivas, não
só a nossa como humanos. Já sei que não existe unanimidade neste capítulo, mas
podemos dizer que nós humanos também capturamos certos animais contra a sua
vontade, anestesiamos, colocamos coisas neles para monitorizá-los, fazemos
testes invasivos e depois devolvemos esses animais ao seu habitat, mas a nossa
intenção é boa e prende-se com o facto de querermos preservar a espécie ou
protegê-la nalgum sentido…
“Até podem querer
transformar-nos em comida, nós também comemos todo o tipo de animais e,
inclusivamente, já houve casos de canibalismo… Devemos ser prudentes, nada de
messianismos!”
É verdade, alguns humanos devoram
animais de quase todas as espécies, mas uns devoram mais do que outros, e
alguns simplesmente não comem carne, temos de tudo um pouco. Mas de uma coisa
podemos ter a certeza: se esses visitantes quisessem nos eliminar e limpar do
mapa, já o teriam feito há muito tempo; também é verdade que a população humana
tem aumentado bastante nas últimas décadas e, que eu saiba, até agora ninguém
nos transformou em chouriços humanos e afins, pelo menos não numa larga escala,
a não ser que queiramos aceitar o cenário do filme "Predator", porque
de vez em quando lá desaparece alguém no mundo e nunca mais se sabe nada sobre
essas pessoas, aí talvez entre essa possibilidade e outras. Mas eu penso que
não vale a pena amedrontar demasiado as pessoas. Podíamos até ir buscar também
as mutilações de gado e outras coisas, por isso sim eu não excluo totalmente
essas possibilidades, embora certas pessoas afirmem que o perigo não está no
facto de quererem nos transformar em comida, mas sim reside noutro tipo de
manipulações.
Eu penso que o messianismo pode
viver lado a lado com a tal prudência, porque acredito que existem razões e
informações que nos levam a pensar que fazemos parte de uma família maior.
“Há aqui muito wishfull thinking nestas histórias, sinceramente! Não temos de misturar
estes assuntos com temas religiosos ou esotéricos, é esta mania de andar a
cultuar supostas entidades superiores. São mitos, invenções de gente tonta! E depois,
não podemos juntar prudência com messianismo, são inconciliáveis!”
Pois é, uns possuem wishfull thinking (mesmo que argumentem
minimamente a sua posição) e outros são ultrapessimistas. Portanto, temos de
tudo um pouco.
O ponto fulcral é que temos vindo
a ser visitados, já o resto talvez seja mais especulativo.
O mito não é necessariamente uma
mentira ou algo sem importância que não merece análise…
O messianismo não exclui a
prudência, porque diferentes visitantes podem ter diferentes intenções, embora
eu acredite que a grande maioria não nos quer mal.
Não se trata de cultuar ninguém,
não foi esse o sentido que eu dei quando falei em família maior. É que, com ou
sem religião, as pessoas ainda vivem amarradas a falsos paradigmas e acreditam
piamente que são peças isoladas independentes, e foi precisamente esse
pensamento que nos levou a fazer muitos disparates no nosso planeta. A
interdependência existe, por isso aquilo que eu faço aqui pode mais cedo ou
mais tarde ter um impacto ali, de maneira que esses visitantes, alguns talvez
na posse de mais sabedoria e conhecimento, sabem que ao ajudar-nos também se
ajudam a si próprios. Também não convém muito que estas crianças humanas saiam
por aí colonizando o espaço, são demasiado perigosas e imaturas, por isso
convém primeiro que elas cresçam um pouco e depois sim, que se juntem a algo
maior. Embora eu ache, e não estou sozinho nesta opinião, que a maioria das
civilizações semelhantes à nossa, provavelmente não chegam a fazer grandes
viagens por esse universo (ou universos) fora, porque, antes que isso aconteça,
elas autodestroem-se, e apenas progridem aquelas civilizações que conseguem:
controlar e gerir certos aspectos da sua psique, construir sociedades
cooperativas e pacifistas, e cuidar da sua “casa” (e é essa filosofia que é
transportada para fora, para os outros vizinhos). Agora, claro, pode haver
sempre excepções.
Eles observam mas aparentemente
não interferem, ou interferem sem a maioria de nós dar conta disso. Mas isto é
muito complexo, porque envolve também concepções acerca de dimensões, espaço,
tempo, a natureza da consciência, concepções que a maioria de nós tem
dificuldade em compreender.
“ Pois é, o Homem é capaz de
fazer esses erros todos, faz parte da sua natureza humana! Com certeza, não irá
mudar só porque estabeleceu contacto com seres de outra civilização…”
Em relação à natureza humana,
isso é um tema antigo e que tem gerado bastante controvérsia, discussões
filosóficas e não só. Mas do meu ponto de vista, eu não concebo uma natureza
humana completamente fixa e imutável e, para além disso, encontrámos e
encontramos alguma variabilidade, ou seja, certas características e
comportamentos não foram e não são partilhados por todos da mesma maneira. Com
isto não quero descartar a parte biológica do ser humano, essa está presente,
mas simplesmente é impossível estudar/compreender a biologia fora do contexto
do ambiente, porque o ser humano não nasce num vácuo e isto é ainda mais
verdade e importante no aspecto comportamental.
Portanto, o que vem de fora, seja
o que for, pode sempre de qualquer maneira, com mais ou menos tempo,
influenciar-nos. Agora, o facto de alguma coisa servir como catalisador (quer
seja numa direcção ou noutra), por si só, não muda determinada situação, porque
nós não somos agentes passivos, depende também de nós. Pode até ser que muitas
dessas civilizações não queiram perder tempo connosco, porque simplesmente
estão noutra “sintonia”, digamos assim. Mas outras já querem e têm qualquer
tipo de interesse.
“ Em relação a esses seres, o
avanço tecnológico não tem de necessariamente vir acompanhando de uma moral.
Isso não dá mais superioridade moral a ninguém”
Em relação ao avanço tecnológico
ser condizente com uma moral (a nossa), realmente não posso ter a certeza
absoluta de que isso seja uma regra absoluta, mas, como já expliquei
anteriormente, encontro razões para defender essa posição. Mas prefiro antes
usar a palavra ética porque a ética preocupa-se em fundamentar as acções (sem
esquecer que o raciocínio não é a única ferramenta e não tem de ser
incompatível com outros aspectos…)
Quanto à ética de alguns desses
visitantes, se tivermos em conta o seu comportamento durante as visitas
realizadas às bases de misseis nucleares, então podemos concluir que em certos
aspectos essa ética não diverge muito daquela partilhada por alguns de nós.
É verdade que ser
tecnologicamente mais avançado, por si só, não dá mais superioridade ética a
ninguém, aliás nós temos culturas, sociedades e comunidades com menos
tecnologia mas mais pacíficas, cooperantes, e sábias (não todas, mas uma parte
delas). Por isso, depende principalmente da interacção com essa tecnologia, da
reflexão em relação à mesma, das experiências adquiridas ao longo de um largo
período de tempo, do conhecimento e sabedoria acumulado, que fazem com que uma
determinada civilização siga o melhor caminho possível e, durante esse
processo, consiga corrigir certos aspectos e melhorá-los, ou, segundo alguns,
acordar para aquilo que sempre foi mas esqueceu por força das circunstâncias.
Caso não o faça, corre sérios riscos de desaparecer, na minha opinião.