sábado, 11 de julho de 2015

Temas e Questões Ovnilógicas: As intenções e os objectivos dos visitantes

Segue-se um conjunto de respostas a algumas das mais frequentes afirmações e opiniões relacionadas com estas temáticas:

“Se os ETs realmente existirem, sendo tecnologicamente muito mais avançados do que nós, é bastante provável que nos queiram dominar, explorar nossos recursos naturais, porque estarão interessados em colonizar outros planetas”

Essa é a visão que determinado tipo de ficção científica (não toda) nos apresenta! Visão também reforçada por aquilo que sabemos da História do ser humano.

É certo que não posso excluir essa possibilidade, mas eu pergunto: Quem consegue viajar grandes distâncias até chegar ao nosso planeta (através de atalhos ou não), quem demonstra possuir tecnologia tão avançada, estará interessado em aniquilar-nos ou roubar os nossos recursos naturais? Não poderá encontrar recursos em qualquer outro planeta desabitado? (o que não falta aí são planetas!). Não será demasiado trivial? É possível que se estejam nas tintas para os nossos recursos! O objectivo pode até passar por coisas que nem conseguimos compreender!

Não sei se os ETs são todos iguais no que diz respeito a intenções e objectivos. Porém, há sempre a tendência para achar que os ETs são como nós, mas isso pode ser um erro. Talvez não tenham esse comportamento infantil de destruir tudo o que encontram à sua volta e consumir todos os recursos naturais. Podemos até dizer que alguns homens criaram Deus (um certo conceito de Deus) à sua semelhança, e agora existem outros homens a tentar fazer o mesmo em relação aos ETs.

“No caso de haver um contacto, poderá ser semelhante à chegada dos europeus à América, quando Colombo descobriu ou, como alguns preferem dizer, encontrou a América.”

Na minha opinião, não me parece que esta comparação faça algum sentido!

Quanto aos ETs, e apenas pensando no nosso universo, é importante não esquecer que o sistema solar é jovem quando comparado com outras regiões da nossa galáxia. Há regiões da nossa galáxia muito mais antigas. Por isso, imaginando que existem outras civilizações mais avançadas, essas civilizações podem ser milhares ou milhões de anos mais avançadas do que nós! Conseguimos imaginar tal coisa?! Ou seja, supondo que Colombo foi o primeiro europeu a encontrar a América (o que sinceramente duvido), comparar este tema com a chegada dos europeus à América, isso revela alguma ingenuidade… (acontece aos melhores)

Para além disso, devemos pensar no conceito de ET de uma forma mais abrangente: desde viajantes do tempo do próprio planeta Terra, ou então algo que surge de uma outra dimensão ou universo paralelo, e até mesmo cenários e situações que hoje não conseguimos compreender nem sequer imaginar… Ou seja, o conceito de ET pode não se limitar a seres que habitam no nosso Universo, quer seja nesta ou noutra galáxia.

“Não há nenhuma razão para acreditar que outras espécies inteligentes sejam humanóides, provavelmente serão muito diferentes de nós, logo alguns desses avistamentos e testemunhos divulgados pela ovnilogia são todos produtos de uma fértil imaginação”

Afirmações como esta, na minha opinião, são apenas especulações sem qualquer tipo de base. Por isso, talvez uma boa parte dessas espécies não seja tão exótica assim, podem até ter algum tipo de semelhança e evoluído de forma similar àquela que verificamos aqui na Terra. Não podemos excluir essa possibilidade, embora reconheça que espécies totalmente exóticas também podem existir.

E, se aceitarmos a hipótese interdimensional, avistamentos de seres humanóides fazem ainda mais sentido.

Mas é evidente que algumas pessoas sempre pensam que essas formas de vida teriam obrigatoriamente de ser bastante diferentes daquilo que existe na Terra, mas são apenas suposições de quem não aceita o facto de já estarmos a ser visitados por outras inteligências.

 “É um erro assumir que, neste vasto Universo, todas as civilizações tecnologicamente mais avançadas são pacíficas, civilizadas e que só nos querem ajudar a evoluir espiritualmente. Isso são tudo tretas!”

Não podemos dizer, com total certeza, que não haja alguma civilização visitante com más intenções, mas existem razões para acreditar que são “boazinhas” e mais sábias do que nós, uma dessas razões é o facto de não se terem autodestruído e por isso conseguiram evoluir e sair do estado de civilização tipo 0, que é um nível de civilização muito perigoso e é precisamente nesse nível que nos encontramos actualmente. Por isso, essas civilizações já tiveram tempo suficiente para entender certas coisas, ao contrário de nós, que não sabemos, não queremos ver ou fingimos que não sabemos. Para além disso, nós podemos estar a viver numa espécie de zoo e a nossa evolução enquanto espécie pode estar a ser influenciada por alguns desses ETs. Onde está o elo perdido? Pois então, nada nos garante que ele não esteja precisamente nessas manipulações genéticas.

“ Mas mesmo que não se tenham autodestruído, isso não exclui a possibilidade de serem agressivas para outras espécies. Por exemplo, os leões não se autodestroem, serão pacifistas?”

Reafirmo: não podemos excluir a possibilidade de alguns desses visitantes terem más intenções, e muitas pessoas pensam que, de facto, assim acontece. Na verdade, entre muita especulação, existem algumas situações e casos que nos deixam com dúvidas… Contudo, eu até poderia estar aqui a fazer referência a certos episódios e testemunhos de credibilidade, inclusivamente do âmbito militar, no sentido de dar força ao argumento que diz que eles são “bonzinhos”, mas bastaria apenas dizer que existem razões bem lógicas e coerentes para acreditar que uma grande parte desses visitantes é pacifista (eles já passaram por muito…).  

Em relação aos leões, é bom lembrar que, por exemplo, os leões estão bastante limitados na sua natureza e capacidades, pois não possuem armas nucleares e afins, nem produzem tecnologia, tal como nós humanos produzimos. Para além disso, estamos a querer comparar situações completamente distintas, daí, na minha opinião, não fazer muito sentido este tipo de argumento. O leão, mesmo que quisesse, não teria a capacidade para destruir a natureza, produzir alterações ecológicas, destruir a biodiversidade do planeta Terra e o clima, nem teria a capacidade de se autodestruir numa qualquer guerra, sob um qualquer pretexto, ideológico ou não.

“São tudo especulações, não podemos saber qual é o perfil dessas civilizações porque nunca tivemos um contacto com elas, nem sequer sabemos se existem! São fantasias!”

São exercícios fantasiosos, mas partilhados por alguns cientistas, tais como Michio Kaku, por exemplo, que, como bem sabemos, é um tipo bastante “fantasioso”. Mas, convém lembrar que essas classificações têm uma razão de ser e uma lógica por detrás. Convém também dizer que a palavra fantasia não é uma coisa necessariamente negativa. Quantas fantasias da ficção científica inspiraram realizações científicas e tecnológicas? A ficção alimenta a ciência e a ciência alimenta a fantasia, é um processo mútuo.

“Partindo do princípio de que certos relatos são verdadeiros, algumas pessoas referem ter sido raptadas por outras entidades e submetidas a experiências desagradáveis. Não podemos ocultar o facto de determinadas pessoas terem saído traumatizadas dessas experiências.”

Que alguém seja raptado e sujeito a experiências sem dar o seu consentimento, segundo a nossa perspectiva humana, isso não deixa de ser algo que aparentemente está errado. Ainda mais se isso provocar qualquer espécie de trauma na pessoa! Mas, segundo pude perceber, também é verdade que muitas pessoas dizem que saem transformadas para melhor, a longo prazo, por isso existem diferenças na forma como as pessoas encaram tais experiências, quando conseguem recuperar a memória das mesmas. Mas quais são as verdadeiras intenções e objectivos? Nós temos de ver todas as perspectivas, não só a nossa como humanos. Já sei que não existe unanimidade neste capítulo, mas podemos dizer que nós humanos também capturamos certos animais contra a sua vontade, anestesiamos, colocamos coisas neles para monitorizá-los, fazemos testes invasivos e depois devolvemos esses animais ao seu habitat, mas a nossa intenção é boa e prende-se com o facto de querermos preservar a espécie ou protegê-la nalgum sentido…

“Até podem querer transformar-nos em comida, nós também comemos todo o tipo de animais e, inclusivamente, já houve casos de canibalismo… Devemos ser prudentes, nada de messianismos!”

É verdade, alguns humanos devoram animais de quase todas as espécies, mas uns devoram mais do que outros, e alguns simplesmente não comem carne, temos de tudo um pouco. Mas de uma coisa podemos ter a certeza: se esses visitantes quisessem nos eliminar e limpar do mapa, já o teriam feito há muito tempo; também é verdade que a população humana tem aumentado bastante nas últimas décadas e, que eu saiba, até agora ninguém nos transformou em chouriços humanos e afins, pelo menos não numa larga escala, a não ser que queiramos aceitar o cenário do filme "Predator", porque de vez em quando lá desaparece alguém no mundo e nunca mais se sabe nada sobre essas pessoas, aí talvez entre essa possibilidade e outras. Mas eu penso que não vale a pena amedrontar demasiado as pessoas. Podíamos até ir buscar também as mutilações de gado e outras coisas, por isso sim eu não excluo totalmente essas possibilidades, embora certas pessoas afirmem que o perigo não está no facto de quererem nos transformar em comida, mas sim reside noutro tipo de manipulações.

Eu penso que o messianismo pode viver lado a lado com a tal prudência, porque acredito que existem razões e informações que nos levam a pensar que fazemos parte de uma família maior.

“Há aqui muito wishfull thinking nestas histórias, sinceramente! Não temos de misturar estes assuntos com temas religiosos ou esotéricos, é esta mania de andar a cultuar supostas entidades superiores. São mitos, invenções de gente tonta! E depois, não podemos juntar prudência com messianismo, são inconciliáveis!”

Pois é, uns possuem wishfull thinking (mesmo que argumentem minimamente a sua posição) e outros são ultrapessimistas. Portanto, temos de tudo um pouco.

O ponto fulcral é que temos vindo a ser visitados, já o resto talvez seja mais especulativo.

O mito não é necessariamente uma mentira ou algo sem importância que não merece análise…

O messianismo não exclui a prudência, porque diferentes visitantes podem ter diferentes intenções, embora eu acredite que a grande maioria não nos quer mal.

Não se trata de cultuar ninguém, não foi esse o sentido que eu dei quando falei em família maior. É que, com ou sem religião, as pessoas ainda vivem amarradas a falsos paradigmas e acreditam piamente que são peças isoladas independentes, e foi precisamente esse pensamento que nos levou a fazer muitos disparates no nosso planeta. A interdependência existe, por isso aquilo que eu faço aqui pode mais cedo ou mais tarde ter um impacto ali, de maneira que esses visitantes, alguns talvez na posse de mais sabedoria e conhecimento, sabem que ao ajudar-nos também se ajudam a si próprios. Também não convém muito que estas crianças humanas saiam por aí colonizando o espaço, são demasiado perigosas e imaturas, por isso convém primeiro que elas cresçam um pouco e depois sim, que se juntem a algo maior. Embora eu ache, e não estou sozinho nesta opinião, que a maioria das civilizações semelhantes à nossa, provavelmente não chegam a fazer grandes viagens por esse universo (ou universos) fora, porque, antes que isso aconteça, elas autodestroem-se, e apenas progridem aquelas civilizações que conseguem: controlar e gerir certos aspectos da sua psique, construir sociedades cooperativas e pacifistas, e cuidar da sua “casa” (e é essa filosofia que é transportada para fora, para os outros vizinhos). Agora, claro, pode haver sempre excepções.

Eles observam mas aparentemente não interferem, ou interferem sem a maioria de nós dar conta disso. Mas isto é muito complexo, porque envolve também concepções acerca de dimensões, espaço, tempo, a natureza da consciência, concepções que a maioria de nós tem dificuldade em compreender.

“ Pois é, o Homem é capaz de fazer esses erros todos, faz parte da sua natureza humana! Com certeza, não irá mudar só porque estabeleceu contacto com seres de outra civilização…”

Em relação à natureza humana, isso é um tema antigo e que tem gerado bastante controvérsia, discussões filosóficas e não só. Mas do meu ponto de vista, eu não concebo uma natureza humana completamente fixa e imutável e, para além disso, encontrámos e encontramos alguma variabilidade, ou seja, certas características e comportamentos não foram e não são partilhados por todos da mesma maneira. Com isto não quero descartar a parte biológica do ser humano, essa está presente, mas simplesmente é impossível estudar/compreender a biologia fora do contexto do ambiente, porque o ser humano não nasce num vácuo e isto é ainda mais verdade e importante no aspecto comportamental.

Portanto, o que vem de fora, seja o que for, pode sempre de qualquer maneira, com mais ou menos tempo, influenciar-nos. Agora, o facto de alguma coisa servir como catalisador (quer seja numa direcção ou noutra), por si só, não muda determinada situação, porque nós não somos agentes passivos, depende também de nós. Pode até ser que muitas dessas civilizações não queiram perder tempo connosco, porque simplesmente estão noutra “sintonia”, digamos assim. Mas outras já querem e têm qualquer tipo de interesse.

“ Em relação a esses seres, o avanço tecnológico não tem de necessariamente vir acompanhando de uma moral. Isso não dá mais superioridade moral a ninguém”

Em relação ao avanço tecnológico ser condizente com uma moral (a nossa), realmente não posso ter a certeza absoluta de que isso seja uma regra absoluta, mas, como já expliquei anteriormente, encontro razões para defender essa posição. Mas prefiro antes usar a palavra ética porque a ética preocupa-se em fundamentar as acções (sem esquecer que o raciocínio não é a única ferramenta e não tem de ser incompatível com outros aspectos…)

Quanto à ética de alguns desses visitantes, se tivermos em conta o seu comportamento durante as visitas realizadas às bases de misseis nucleares, então podemos concluir que em certos aspectos essa ética não diverge muito daquela partilhada por alguns de nós.

É verdade que ser tecnologicamente mais avançado, por si só, não dá mais superioridade ética a ninguém, aliás nós temos culturas, sociedades e comunidades com menos tecnologia mas mais pacíficas, cooperantes, e sábias (não todas, mas uma parte delas). Por isso, depende principalmente da interacção com essa tecnologia, da reflexão em relação à mesma, das experiências adquiridas ao longo de um largo período de tempo, do conhecimento e sabedoria acumulado, que fazem com que uma determinada civilização siga o melhor caminho possível e, durante esse processo, consiga corrigir certos aspectos e melhorá-los, ou, segundo alguns, acordar para aquilo que sempre foi mas esqueceu por força das circunstâncias. Caso não o faça, corre sérios riscos de desaparecer, na minha opinião.


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