quarta-feira, 26 de março de 2014

Fenómenos Psi e outros fenómenos extraordinários

Nesta entrevista (que pode ver no final desta publicação), o autor do livro “Science and Psychic Phenomena: The Fall of the House of Skeptics ” fala-nos sobre algumas evidências acerca dos fenómenos Psi e também sobre os movimentos de cepticismo organizado que tentam destruir estes temas (acabo por ser bastante repetitivo, pode ser ou não um defeito, já falei várias vezes neste tema e noutros que lhe estão associados, mas há sempre coisas a acrescentar).  

Classificar pessoas é sempre uma tarefa complicada e nem sempre desejável, mas podemos dizer que certas pessoas, de tão racionais e científicas que são (provavelmente muitos destes cépticos), acabam por tornar-se demasiado cruas, mecânicas e até previsíveis, não havendo espaço para mais nada nas suas vidas, e por isso não abrem a porta a uma série de possibilidades.

Por outro lado, temos também os mais românticos, idealistas e sonhadores, que são precisamente o contrário dos primeiros e não se envergonham da fantasia. Aqui é tudo emoção e de tanta emoção e sentimento, de tanta ilusão às vezes acabam na desilusão.

Por isso, talvez seja necessário combinar ambas as coisas, ambas as características, criando um equilíbrio. Há aqueles que negam tudo, rejeitam tudo e, por outro lado, há aqueles que acreditam em tudo. Eu prefiro estar no meio desses dois extremos!

Mas, para além de outros aspectos que falarei mais à frente, penso que precisamos de focar a nossa atenção no seguinte:

Primeiro, é necessário compreender que existem diferentes tipos de fenómenos e determinados fenómenos têm as suas próprias regras e mecanismos, por isso torna-se necessário muitas vezes (embora nem sempre) adoptar ferramentas e métodos de investigação apropriados e posturas mais flexíveis. Ou seja, é necessário compreender que nem tudo pode ser reproduzido em laboratório sempre que a minha vontade manda ou sempre que me apetece. E mesmo que alguns fenómenos possam ser provocados ou que haja uma certa probabilidade de os prever, sabemos que, não raras vezes, a sua natureza é altamente imprevisível.

Também sabemos que nem tudo pode ser observado quando queremos. Muitas vezes é preciso ter paciência e esperar pelo momento certo. No mundo natural, por exemplo, também não conseguimos observar eclipses todos os dias, não é?

Mas, mesmo quando são preenchidos todos os requisitos filosóficos e metodológicos dos “cépticos” e positivistas, quando se aplica o método científico, seguindo um empirismo rigoroso, externamente observável, puramente experimental e sem recorrer a mais nada, mesmo nessas situações, observamos rejeição e negacionismo por parte dos cépticos.

Sabemos que a forma como dizemos certas coisas provoca resistência nos outros. Depois temos também aquilo que alguns chamam de dissonância cognitiva e todos tentamos compensar isso, mesmo sem nos apercebermos, e os cépticos não são excepção e isso nota-se perfeitamente em muitos dos seus discursos…

Podemos também dizer que existem vários tipos de conhecimento, vários tipos de ciências (embora algumas pessoas tenham raptado a palavra ciência só para si), vários tipos de ferramentas, diferentes métodos, vários tipos de evidências, ou, até diria, vários níveis de evidências.

As próprias ciências naturais consideram certas coisas como verdades, mas no fundo são suposições, baseadas em algo, é certo, mas contudo, não deixam de ser suposições.

E não nos podemos esquecer de que a realidade, ou, melhor dizendo, o conhecimento é uma construção. Para além de não podermos eliminar por completo a consciência e a subjectividade, pois fazem também parte da equação.

A realidade, na qual a ciência natural se debruça, pode ser ilusória, um sonho, porque os sonhos são todos reais até ao momento em que despertamos… Isso não quer dizer que eu não possa desfrutar do sonho e orientá-lo conforme as possibilidades…





Os autoritarismos e os policiamentos assumem várias formas, independentemente de haver situações excepcionais que exijam tal postura (coisa que pode estar aberta ao debate e deverá ser abordada sob várias perspectivas, o que nem sempre acontece). Temos vários sistemas de controlo e policiamento e, por exemplo, a psiquiatria e algumas áreas similares caem nessa categoria.

A função da psiquiatria é (e sempre foi) ajustar o individuo a uma sociedade profundamente doente (essa sim é doente!). Quem não entender isto, não entende nada!

O DSM5, segundo dizem, é uma autêntica vergonha! (os outros também não eram grande coisa).

Quando referimos que a sociedade estigmatiza o “doente mental”, esquecemo-nos de que os diagnósticos psiquiátricos não fazem outra coisa senão rotular, julgar e estigmatizar as pessoas… Não deixa de ser paradoxal!

A psiquiatria já serviu como instrumento político (e, segundo alguns, ainda serve) e é algo que evolui conforme as regras e normas sociais e culturais. Tende a normalizar e policiar os comportamentos, mas não só… (não esquecer que a homossexualidade já foi uma doença mental e existem outros exemplos). Por isso, tem também muito de pseudociência, mas não me recordo de ver nenhum ataque por parte dos cépticos (ou, melhor dizendo, pseudocépticos) porque no fundo participam todos do mesmo jogo de controlo…

O conceito de doença mental é outra coisa muito confusa e aqui de repente cabe tudo e mais alguma coisa, transforma-se tudo em doenças. Há que entender bem o que é uma doença! Não sou um cientificista, considero que existe espaço para estudar a psique, mas quem disser que existe uma base biológica/química que legitima muitos desses diagnósticos, está a mentir ou então foi alvo de doutrinação enganosa, pois aqui não há qualquer objectividade nesse sentido.

Dito isto, não nego a existência de sofrimento psicológico (que poderá ou não depender de vários factores) e suas possíveis consequências. Que fique bem claro!

E, para além de outras estruturas organizadas que têm também esta função de controlo, temos também estes movimentos organizados de cépticos.

Mas quando falo em estruturas, posso também falar de tradições mantidas, atitudes e comportamentos que agem por “contágio” e cópia, coisas repetidas, até inconscientemente, coisas que permanecem através das gerações, muitas vezes camufladas de coisa normal e boa parte delas partilham lógicas não muito agradáveis.

Depois, podíamos também falar do papel dos media (ou, melhor dizendo, do papel que não têm, porque, dentro de uma determinada lógica, não é suposto terem, apesar de algumas excepções e episódios esporádicos).

Lamentavelmente, muitas ideias ficam apenas limitadas à Internet porque, por exemplo, as televisões não as divulgam nem estão interessadas em debatê-las (ou porque não são bem-vindas ou talvez porque não têm consciência da sua importância). Podemos concordar com o essencial mas não concordar com tudo, podemos concordar com tudo e podemos até nem concordar com nada, mas seria justo dar suficiente tempo de antena a toda a gente e isso não se verifica! Em vez disso, preferem insistir em programas que não acrescentam muito…

O passado é uma construção feita no presente, acontecimentos presentes têm as suas causas no passado, mas em algum momento poderíamos dizer que os acontecimentos passados e presentes são influenciados pelo futuro?

Acerca do futuro, não sei exactamente como ele vai ser, mas podemos sempre fazer uma previsão e há coisas que são mais ou menos óbvias e uma delas é o desemprego. O desemprego será uma realidade no futuro (em geral, sem especificar nenhuma profissão). Isto é o tipo de coisa que provavelmente nenhum político ou economista quer dizer na televisão, mas, por exemplo, a tecnologia começa cada vez mais a “roubar” empregos e continuará a fazê-lo. Ao contrário do que muitos possam pensar, isto representa algo muito positivo porque liberta-nos da escravidão da obrigação do trabalho. No entanto, se não forem feitas mudanças tendo em vista um modelo diferente, então aí será dramático! Alguém vê os media a tocar em assuntos como este? Raríssimo!





A História repete-se em ciclos, sempre existiram ideias que chocam, o contraditório, visões incompatíveis, faz parte do “jogo”. Sempre existiram defensores de algo e opositores, e por vezes é a partir desse diálogo (ou debate) que se avança para outros patamares e novas ideias.

Ser contra algo ou discordar de algo, discordar de uma determinada ideia, etc, não é necessariamente uma coisa má e o conhecimento e a própria ciência evolui dessa maneira.

Neste contexto, sou até capaz de concordar com os cépticos em relação a alguns assuntos, mas estes tipos abusam e tudo aquilo que não se encaixa na sua visão, visões alternativas que sejam diferentes da ortodoxia, do estabelecido (nas mais diversas áreas até), tudo o que mexe leva pau e fortemente, e muitas vezes sem necessidade nenhuma. E fazem-no recorrendo muitas vezes a atitudes e discursos provocatórios e pouco recomendáveis e usando formas que não são construtivas (ataques pessoais não são incomuns). Por vezes apenas incendeiam e ridicularizam, para além de serem peritos em passar “atestados de incompetência” aos outros, quando o assunto não lhes interessa.

Outro aspecto está relacionado com o facto de serem muito selectivos! Porque é que os cépticos nunca tocam, por exemplo, neste assunto: http://www.youtube.com/watch?v=IncNj99k2ig Não tocam nele nem nas mentiras que o rodeiam, mentiras que ainda continuam a ser papagueadas por alguns. O assunto não representa nenhuma novidade e estou certo de que não surpreenderá os mais atentos e perspicazes. Trata-se apenas da ponta do icebergue, pois esta área é abundante em situações duvidosas ou até misteriosas... Não vou entrar em polémicas sobre se a pessoa deve ou não deve tomar isto ou aquilo, isso cada um é que sabe (quando tem a liberdade para decidir…). Não dou palpites sobre a vida de ninguém e não quero ter uma postura demasiado radical. Não sou um proibicionista, desde que ninguém saia prejudicado, claro. Apenas acho que a pessoa tem de estar bem informada (em relação às mentiras também), o que geralmente não acontece. Porque muitas vezes é pior a emenda do que o soneto… Depois também podíamos falar da maneira como se diaboliza umas substâncias e depois tolera-se a venda e consumo de outras, mas isso já é um outro assunto.

Podemos dizer que este e outros assuntos simplesmente não fazem parte da agenda dos cépticos e seguramente não é por falta de motivos ou razões. Parecem ser defensores do status quo, e daí seleccionarem apenas certas coisas.

E sempre que tentam censurar algo (também se dedicam a isso), acabam por produzir o efeito contrário ao pretendido, ou seja, estimulam ainda mais a curiosidade e o interesse do público. Os cépticos parecem não entender psicologia básica! E embora algumas campanhas movidas no sentido de descredibilizar estes temas resultem, no geral não têm sido lá muito bem-sucedidos, pois o interesse por estes temas é cada vez maior!

A História avança e as vítimas por vezes transformam-se nos agressores, e nem o sabem!

É preciso entender como surgiram estes grupos e quais são as suas verdadeiras motivações. A História pode ajudar-nos a entender todos estes aspectos e o autor deste livro aborda também essa perspectiva histórica. Depois, tal como já tinha referido noutras publicações, é importante perceber que existe uma posição ideológica, dogmática, de carácter materialista e que, na minha opinião, é bastante clara, apesar de toda uma retórica mascarada de seriedade científica e de fomento do pensamento critico.

Haverá outra motivação por detrás disto? Algo que desconhecemos completamente? Não sei, mas o certo é que a sua tenacidade é impressionante.

Para além disso, como já tinha dado a entender, existe também aqui um problema relacionado com epistemologia e posturas intolerantes.





Os temas relacionados com mistérios e fenómenos extraordinários ou, se preferirem, invulgares (embora não tanto como se possa imaginar) têm o poder de causar duas reacções antagónicas: desprezo e crítica negativa ou fascínio e interesse crescente. No meu caso provocam um fascínio e interesse crescente!  

Muitas pessoas referem que certos temas são simplesmente tretas e, por exemplo, no caso do fenómeno OVNI, dizem que tudo não passa de folclore moderno. É evidente que têm todo o direito de assim pensarem, mas acredito que certos temas não têm nada de treta e merecem uma maior atenção.

Bem sei que certos temas têm sido maltratados por muita gente, umas vezes por desconhecimento de certos factos, outras vezes por negacionismo dogmático e um certo preconceito epistemológico, e outras vezes simplesmente por medo de serem ridicularizados, porque ainda há temas que, por ignorância, podem ser culturalmente inaceitáveis, embora já se fale mais abertamente deles. Também é verdade que existem muitas pessoas que se aproveitam destas coisas, por isso reconheço que nem tudo é verdade, mas, por outro lado, também há desinformação e tentativas de encobrimento para que ninguém saiba o que se passa...

Qualquer pesquisa feita de forma neutra e séria e que seja livre de preconceitos, irá surpreender, com toda a certeza!

No que toca aos OVNIs, uma percentagem desses objectos ( a maior parte) podem ser facilmente explicados, mas o que nos interessa são aqueles 5 ou 10% dos casos ( e não são poucos) em que decididamente não existe uma explicação, ou seja, são objectos voadores não identificados no sentido em que não possuem uma matricula que identifique a sua origem, mas, sem dúvida alguma, não são de cá! E não são de cá, porque, seguindo uma determinada lógica, a sua tecnologia e suas capacidades aeronáuticas desafiam tudo o que sabemos até ao momento e por isso são aquilo a que podemos chamar de OVETs (objecto voador extraterrestre- extraterrestre no sentido de ser de fora e fora implica muita coisa. Não tem necessariamente de ser do nosso Universo ou dimensão…)

A questão da prova tem muito que se lhe diga e isto está relacionado com aquilo que eu dizia anteriormente. Se alguém decide ter uma postura 100% cientificista e decide que prova é apenas um pedaço de ADN alienígena ou uma nave exposta para toda a gente ver, então nesse caso ainda não existem provas, isso é um facto! Mas se tivermos uma postura mais abrangente e tolerante, digamos assim, então nesse caso existem muitos indícios e mesmo provas. Se colocarmos todas as ferramentas de investigação à nossa disposição, então aí a história passa a ser outra, tal como numa investigação criminal e policial em que a evidência toma um outro sentido. Por isso, evidência não é apenas essa abordagem simplista naturalista, mas pode ser um conjunto de coisas que quando colocadas juntas permitem-nos juntar as peças de um puzzle e tirar algumas conclusões…

E sobre os OVNIS e outros fenómenos, não faz sentido acreditar que todos mentem ou estão alucinados ou que todos se enganam! Mas os cépticos preferem acreditar que assim acontece! Os cépticos dizem que o testemunho não tem qualquer valor… então, nesse caso, a própria medicina estuda sintomas e os sintomas não são externamente observáveis, diríamos o quê? Diríamos que a medicina deveria estudar apenas sinais?

Por exemplo, dizer que o cérebro se comporta mais como se fosse uma espécie de antena e que a consciência está dentro do cérebro da mesma forma que as imagens da TV estão dentro do televisor ou da mesma forma que o locutor de rádio está dentro do aparelho de rádio, mesmo com dados e informações que apontam nesse sentido, isso constitui uma heresia e terá de ser punido com os instrumentos adequados! Para mais algumas informações sobre o tema das EQMs, recomendo ouvir, por exemplo:


Este é mais um tema que, embora distinto (pensamos nós), encaixa perfeitamente nalgumas coisas que referi anteriormente. A ideia de que a consciência é apenas um produto da actividade eléctrica do cérebro pode ser um tremendo erro. Este tipo de reducionismo é defendido por muitas pessoas, mas existem certas evidências que apontam noutro sentido e as EQMs fazem parte desse grupo. Ao contrário do que alguns dizem, há coisas que simplesmente não têm uma explicação. A consciência parece não estar limitada a um cérebro. Mas afinal o que é a consciência? Pode até ser que apenas a consciência exista, é uma hipótese. É lógico que não nego que existe uma relação entre cérebro e consciência, mas parece que algo existe de forma independente…. É um tema polémico, sem dúvida, e que gera por vezes posições e discussões muito acesas e nas quais eu não quero entrar! (convém dizer que as pessoas que passaram por essa experiência geralmente não estão preocupadas em ganhar debates e têm uma postura diferente). Cada um é livre de pensar o que quiser, contra ou a favor, e não vale a pena mover inquisições como alguns cépticos fazem.

O mais curioso é que algumas pessoas que tiveram essa experiência também pensavam como os cépticos e depois abandonaram por completo a sua concepção materialista e o seu cepticismo desapareceu completamente. Existem muitos casos semelhantes, mas é este tipo de transformação radical que me deixa intrigado…









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