Recentemente, tive a oportunidade
de confirmar aquilo que não deveria surpreender ninguém. Dois exemplos que, na
minha opinião, mostram duas coisas: alguns jornalistas não são isentos, e
certos canais de televisão têm uma motivação ideológica e filosófica.
Em relação ao que pude ler numa revista
bastante conhecida e que reúne bastantes leitores, o texto pareceu-me
tendencioso, desinformação completa. E se não é feito de propósito, parece!
Qual teria sido a razão? Bem, algumas dessas razões passam-me neste momento
pela cabeça… Já é um tema gasto!
Sobre o canal de televisão (já
com historial de debunking), o mesmo transmitiu um documentário, supostamente
imparcial, mas que habilmente e em certos momentos pretendia induzir o
espectador a não tirar nenhuma conclusão sobre o tema, criando dúvidas no
espectador, mesmo quando seria legítimo tirar uma conclusão.
Obviamente, ambos falavam sobre
dois temas ligados ao mistério: o fenómeno OVNI (no caso do documentário) e a
natureza da consciência (no caso da revista). Mas, mesmo quando falamos de
outros assuntos menos misteriosos, por vezes também podemos notar falta de
isenção que surge disfarçada de imparcialidade ou aparece de forma mais
descarada.
Não pretendo generalizar, sei que
existem muitos tipos de jornalistas e jornalismos, e compreendo perfeitamente
que por vezes é difícil ir contra a corrente. Mas sabemos muito bem que existem
jornalistas que inclusivamente são pagos para fazerem determinados trabalhinhos,
de forma a influenciar a opinião pública sobre os mais variados assuntos, são
como mercenários. Outros simplesmente têm de obedecer a ordens que vêm de cima,
ou então estão amarrados a determinadas ideias preconcebidas e isso transparece
quando abordam certos temas (vão na corrente, a tal conformidade).
Acredito que os meios de
comunicação mais convencionais exercem uma grande influência na população (em
todo o mundo). Imaginando outras possibilidades, e salvo algumas excepções, não
penso que estejam a fazer um bom trabalho (e para chegar a esta conclusão não
precisamos de recorrer aos temas misteriosos…).
Convém também dizer que o Cepticismo
nasceu na Grécia e nada tem a ver com este tipo de cepticismo vulgarmente
praticado, pois neste caso não se trata da dúvida, mas sim da negação
dogmática, que é uma crença como qualquer outra, portanto trata-se de um
pseudocepticismo. Subtilmente criando a dúvida tendenciosa ou descaradamente
forçando explicações, trata-se de uma atitude ou situação em que algumas
pessoas se auto-intitulam cépticas dizendo que não podemos tirar conclusões, mas
depois acabam por cair em contradição quando afirmam que certos fenómenos são
explicados assim ou assado, quer seja através da química do cérebro ou outra
coisa qualquer.
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