domingo, 26 de janeiro de 2014

Os mistérios do espaço, do tempo e dos seres que neles habitam, a consciência, o Universo e a realidade (1ª parte)

Antes de mais, em relação a este e a outros artigos que já escrevi, queria realçar que falo (neste caso, escrevo) segundo a perspectiva de quem reflecte sobre estes assuntos, não falo segundo a perspectiva de quem domina totalmente ou tem mestria e pretende dar lições aos outros. Também não escrevo o que mais me convém, não escrevo o que me dá jeito escrever, escrevo o que me parece mais certo e correcto, dentro daquilo que é a minha intuição pessoal, reflexão e conhecimento actual que é sempre incompleto, e é certo que amanhã sempre posso mudar de ideias, pois não somos seres estáticos, estamos sempre a aprender! Para além disso, tenho a liberdade de escrever e dizer o que me apetece, sem nenhum tipo de receio, pois não estou ligado a nenhuma cartilha científica, religiosa, céptica, esotérica, politica ou de outra natureza qualquer. Portanto, neste momento, sou livre para dizer todos os “disparates” que me apetecerem! Por isso, acho que é sempre bom não estar demasiado apegado a uma determinada doutrina ou sistema em particular, porque isso dá-nos uma certa liberdade de pensamento e liberdade a todos os níveis e, se as circunstâncias assim exigirem, isso permite-nos mudar ou evoluir nalgum sentido. É importante também referir que uma certa filtragem pessoal é necessária em tudo.

A realidade tem truques? A realidade tem segredos? A realidade existe da forma que julgamos? Que tipo de “ Matrix” é este em que vivemos? Existe uma consciência cósmica? Podemos experienciá-la? A natureza do Universo é holográfica? Será o Universo de natureza fractal, assim como podemos observar através de alguns exemplos na natureza? Qual é a verdadeira relação entre a consciência e a realidade? Serão a mesma coisa? E se forem distintas, como se relacionam? Podemos “mexer” e modificar a realidade com os nossos pensamentos, atitudes e comportamentos? Existe livre arbítrio? Podemos atrair coisas e situações? A realidade responde às nossas perguntas? A realidade envia-nos sinais e mensagens? Devemos estar atentos e alerta? Somos guiados? Qual é a função das sincronicidades? São fruto do acaso? Seremos participantes activos ou passivos nesta história? Qual é o propósito dos acontecimentos? O Universo, a natureza, a consciência, a vida-será tudo fruto do acaso? Existia algo antes deste Universo? Provavelmente! Evolutivamente falando, estaremos em condições de entender tudo isto? Ou ainda estaremos num estágio infantil?

Espaço e tempo: será que realmente compreendemos estas coisas? Será o tempo uma ilusão? Será que o tempo não é aquilo que nós julgamos? Passado, presente e futuro existirão todos ao mesmo tempo?

Estas são questões que surgem com alguma frequência e nem sempre são de fácil resposta.

Há quem afirme que a vida não tem sentido e que as coisas não têm nenhum propósito e, perante o absurdo da vida e o sofrimento, tentamos desesperadamente encontrar um sentido para tudo, para não cairmos no vazio e no desespero. De certa maneira, talvez até nem haja nenhum grande propósito e o ser humano (a maior parte) leve tudo demasiado a sério. Pode ser que tudo seja apenas um jogo (mesmo que às vezes fiquemos com a sensação de que esse jogo aparentemente não tem piada nenhuma…). Por outro lado, e aceitando que é apenas um jogo, isto implica que existe um sentido e um propósito, um fim a ser atingido, um fim que até poderá renovar-se constantemente e infinitamente…E, no final, podemos até surpreender-nos porque depois descobrimos que esse tal propósito não era bem o que estávamos à espera! 

A verdade é que apenas percepcionamos uma pequena parte da realidade e pode até ser que essa realidade apenas exista dentro da nossa cabeça (e, de certa forma, apenas existe!). Para além disso, somos formatados pela sociedade em vários sentidos e isso influencia as nossas visões, crenças e perspectivas de várias maneiras.

E, se for tudo uma questão de perspectiva, podemos até colocar a hipótese de habitarmos dentro do organismo de um ser qualquer. E, se assim for, nem nos apercebemos disso! Será que uma célula do nosso organismo saberá quem nós somos? Terá consciência de que faz parte de um corpo humano e que esse corpo humano tem também uma consciência? Mundos dentro de mundos, universos dentro de universos e organismos dentro de organismos… Muitos mundos, muitos universos, muitas dimensões, muitos organismos, diferentes consciências e formas de existência… O microcosmo é um reflexo do macrocosmo? Etc…

E se um grão de areia contém todo o universo, então até um grão de areia possui alguma forma de consciência e, apesar das aparências, tudo pode ser uma única coisa ou, melhor dizendo, um único ser, um único algo, embora apenas captemos partes separadas ou isoladas desse algo.


Portanto, dentro de uma determinada visão que é partilhada por muitos, o universo seria um organismo e todos nós faríamos parte dele. Ao mesmo tempo, o universo está dentro de cada um de nós e, na verdade, nós somos o universo, temos dentro de nós a consciência da totalidade, digamos assim. Nós e o universo somos um só! Todas as coisas e seres não são mais do que diferentes expressões de uma única consciência. De maneira que tudo no universo está interconectado: o que acontece num determinado lado afecta automaticamente os outros lados… E podemos até ir buscar alguns exemplos que nos demonstram essa conexão que falei anteriormente. Mas apenas irei falar de um que talvez até nem seja o mais fantástico de todos, mas mesmo assim não deixa de ser curioso: não sei se já repararam, mas em determinados períodos da História, quando alguém teve determinadas ideias, quer seja a nível politico, científico, artístico, etc, imediatamente noutras partes do globo, outras pessoas começaram estranhamente a ter também ideias semelhantes e isto traduz-se a nível de invenções e outro tipo de situações. É como se realmente houvesse uma ligação qualquer e algo ficasse no “ar” e, de alguma forma, “contaminasse” outras pessoas.  E muitas vezes não existiu nenhum tipo de contacto entre essas pessoas. Inicialmente, pode ser iniciado por uma única pessoa ou então começa de forma sincrónica… Obviamente, verificamos mais esta situação quando estamos a falar de culturas iguais ou semelhantes.



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