Antes de mais, em relação a este
e a outros artigos que já escrevi, queria realçar que falo (neste caso,
escrevo) segundo a perspectiva de quem reflecte sobre estes assuntos, não falo
segundo a perspectiva de quem domina totalmente ou tem mestria e pretende dar
lições aos outros. Também não escrevo o que mais me convém, não escrevo o que
me dá jeito escrever, escrevo o que me parece mais certo e correcto, dentro
daquilo que é a minha intuição pessoal, reflexão e conhecimento actual que é
sempre incompleto, e é certo que amanhã sempre posso mudar de ideias, pois não
somos seres estáticos, estamos sempre a aprender! Para além disso, tenho a
liberdade de escrever e dizer o que me apetece, sem nenhum tipo de receio, pois
não estou ligado a nenhuma cartilha científica, religiosa, céptica, esotérica,
politica ou de outra natureza qualquer. Portanto, neste momento, sou livre para
dizer todos os “disparates” que me apetecerem! Por isso, acho que é sempre bom
não estar demasiado apegado a uma determinada doutrina ou sistema em
particular, porque isso dá-nos uma certa liberdade de pensamento e liberdade a
todos os níveis e, se as circunstâncias assim exigirem, isso permite-nos mudar
ou evoluir nalgum sentido. É importante também referir que uma certa filtragem
pessoal é necessária em tudo.
A realidade tem truques? A
realidade tem segredos? A realidade existe da forma que julgamos? Que tipo de “
Matrix” é este em que vivemos? Existe uma consciência cósmica? Podemos
experienciá-la? A natureza do Universo é holográfica? Será o Universo de
natureza fractal, assim como podemos observar através de alguns exemplos na
natureza? Qual é a verdadeira relação entre a consciência e a realidade? Serão
a mesma coisa? E se forem distintas, como se relacionam? Podemos “mexer” e
modificar a realidade com os nossos pensamentos, atitudes e comportamentos?
Existe livre arbítrio? Podemos atrair coisas e situações? A realidade responde
às nossas perguntas? A realidade envia-nos sinais e mensagens? Devemos estar
atentos e alerta? Somos guiados? Qual é a função das sincronicidades? São fruto
do acaso? Seremos participantes activos ou passivos nesta história? Qual é o
propósito dos acontecimentos? O Universo, a natureza, a consciência, a
vida-será tudo fruto do acaso? Existia algo antes deste Universo?
Provavelmente! Evolutivamente falando, estaremos em condições de entender tudo
isto? Ou ainda estaremos num estágio infantil?
Espaço e tempo: será que
realmente compreendemos estas coisas? Será o tempo uma ilusão? Será que o tempo
não é aquilo que nós julgamos? Passado, presente e futuro existirão todos ao
mesmo tempo?
Estas são questões que surgem com
alguma frequência e nem sempre são de fácil resposta.
Há quem afirme que a vida não tem
sentido e que as coisas não têm nenhum propósito e, perante o absurdo da vida e
o sofrimento, tentamos desesperadamente encontrar um sentido para tudo, para
não cairmos no vazio e no desespero. De certa maneira, talvez até nem haja
nenhum grande propósito e o ser humano (a maior parte) leve tudo demasiado a
sério. Pode ser que tudo seja apenas um jogo (mesmo que às vezes fiquemos com a
sensação de que esse jogo aparentemente não tem piada nenhuma…). Por outro
lado, e aceitando que é apenas um jogo, isto implica que existe um sentido e um
propósito, um fim a ser atingido, um fim que até poderá renovar-se
constantemente e infinitamente…E, no final, podemos até surpreender-nos porque
depois descobrimos que esse tal propósito não era bem o que estávamos à
espera!
A verdade é que apenas
percepcionamos uma pequena parte da realidade e pode até ser que essa realidade
apenas exista dentro da nossa cabeça (e, de certa forma, apenas existe!). Para
além disso, somos formatados pela sociedade em vários sentidos e isso
influencia as nossas visões, crenças e perspectivas de várias maneiras.
E, se for tudo uma questão de
perspectiva, podemos até colocar a hipótese de habitarmos dentro do organismo
de um ser qualquer. E, se assim for, nem nos apercebemos disso! Será que uma
célula do nosso organismo saberá quem nós somos? Terá consciência de que faz
parte de um corpo humano e que esse corpo humano tem também uma consciência?
Mundos dentro de mundos, universos dentro de universos e organismos dentro de
organismos… Muitos mundos, muitos universos, muitas dimensões, muitos
organismos, diferentes consciências e formas de existência… O microcosmo é um
reflexo do macrocosmo? Etc…
E se um grão de areia contém todo
o universo, então até um grão de areia possui alguma forma de consciência e,
apesar das aparências, tudo pode ser uma única coisa ou, melhor dizendo, um
único ser, um único algo, embora apenas captemos partes separadas ou isoladas
desse algo.
Portanto, dentro de uma
determinada visão que é partilhada por muitos, o universo seria um organismo e
todos nós faríamos parte dele. Ao mesmo tempo, o universo está dentro de cada
um de nós e, na verdade, nós somos o universo, temos dentro de nós a
consciência da totalidade, digamos assim. Nós e o universo somos um só! Todas
as coisas e seres não são mais do que diferentes expressões de uma única
consciência. De maneira que tudo no universo está interconectado: o que
acontece num determinado lado afecta automaticamente os outros lados… E podemos
até ir buscar alguns exemplos que nos demonstram essa conexão que falei
anteriormente. Mas apenas irei falar de um que talvez até nem seja o mais
fantástico de todos, mas mesmo assim não deixa de ser curioso: não sei se já
repararam, mas em determinados períodos da História, quando alguém teve
determinadas ideias, quer seja a nível politico, científico, artístico, etc,
imediatamente noutras partes do globo, outras pessoas começaram estranhamente a
ter também ideias semelhantes e isto traduz-se a nível de invenções e outro
tipo de situações. É como se realmente houvesse uma ligação qualquer e algo
ficasse no “ar” e, de alguma forma, “contaminasse” outras pessoas. E muitas vezes não existiu nenhum tipo de
contacto entre essas pessoas. Inicialmente, pode ser iniciado por uma única
pessoa ou então começa de forma sincrónica… Obviamente, verificamos mais esta
situação quando estamos a falar de culturas iguais ou semelhantes.
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