segunda-feira, 1 de junho de 2015

Bruxaria: desmontando preconceitos e confusões!

Um documentário interessante, que pretende desmistificar certas ideias e explicar o verdadeiro sentido da Bruxaria.

A bruxaria, por razões históricas, acabou por ganhar um sentido e significado distorcido, que ainda hoje faz parte do imaginário de uma grande parte da população.

Sendo frequentemente e erradamente associada a práticas de magia negra ou a cultos satânicos, a palavra ganhou uma conotação negativa e, não raras vezes, tem servido para, de forma jocosa, classificar todo o tipo de práticas e cosmovisões não aceites pela cultura vigente, de maneira que muitos acabam por misturar coisas que, embora tenham aspectos semelhantes, devem ser distinguidas.

Na verdade, desvirtuar o sentido original de certas coisas tem sido prática comum por parte dos detractores e vencedores que vão conseguindo espalhar a confusão, sendo normalmente bem-sucedidos. Podemos até dizer que existem outros exemplos ainda mais notórios do que este, mas pertencentes a âmbitos não relacionados com o ocultismo.

Nota:

Esta publicação não pretende demonstrar se determinadas práticas/rituais são reais ou não. Aqui não há nenhuma intenção de demonstrar, ou convencer, que certas práticas funcionam. Isso é outra conversa completamente diferente, trata-se de outro tipo de questões cuja abordagem envolve alguma complexidade, pelo menos no que diz respeito a este assunto em particular. Embora saibamos que foram realizados alguns estudos sobre temas que talvez possuam alguns aspectos em comum com, por exemplo, os rituais da bruxaria e, sendo esses estudos polémicos, muitos defendem que os resultados foram importantes (é igualmente importante lembrar que uma boa parte desses estudos constata a existência de pequenos efeitos, ou seja, não estamos a falar de coisas semelhantes àquilo que vemos na banda desenhada, por exemplo. Embora por vezes haja fenómenos extraordinários e casos dignos de nota).

Como sempre, devemos manter a nossa mente aberta, mas com algum tipo de filtragem e critério satisfatoriamente cuidadoso (tendo como base estudos mais amplos ou simplesmente a nossa experiência pessoal).  

E, por outro lado, assumindo que existe alguma realidade no que diz respeito àquilo que nos está oculto, será também importante ter algum cuidado para não abrir possíveis portas desnecessárias e potencialmente perigosas, ou então, saber primeiro como e por onde navegar… Mas, não menos importantes são os efeitos nefastos que o medo e a ignorância por vezes provocam nas pessoas. Isso, por si só, pode produzir um impacto por meio da simples sugestão que, tendo o poder de desencadear benefícios, também é capaz de trazer seus prejuízos.

É importante também salientar que quando vemos alguns católicos fervorosos criticarem o paganismo, eles esquecem-se que a sua religião é mais pagã do que imaginam! Basta ver, por exemplo, o vasto panteão católico…,etc.





1 comentário:

  1. Tinha decidido não tocar novamente neste assunto porque já me tornei demasiado repetitivo e talvez isto seja maçador para o leitor, mas aparecem sempre novidades que reforçam e mostram que as minhas críticas têm fundamento.

    No seguimento deste assunto, existe uma palestra do investigador Dean Radin sobre o tema da magia, aconteceu numa conferência chamada scienceandnonduality. O tema da palestra é interessante, a informação e a investigação também são interessantes. Dean apresentou muita informação, mas o que mais me chamou a atenção foi mais uma vez as dinâmicas de grupo, as dinâmicas sociais de rejeição no que diz respeito a este tipo de temas. Trata-se de uma aversão, uma lavagem cerebral a que uma parte da sociedade foi sujeita (não só no meio cientifico e académico). A forma como algumas pessoas também incorporam certas visões do mundo e seguem-nas muitas vezes passivamente.

    Certas pessoas são capazes de engendrar argumentos tolos, sem base e sem sentido nenhum, falácias e hipóteses ad hoc na tentativa desesperada de salvar o seu paradigma (já vimos isso em relação ao estudo da consciência, mas também noutras áreas). Tudo é possível e será possível ver neste âmbito. Por isso, esqueçam os defeitos das religiões e das outras áreas que são tão atacadas pelos cépticos, porque alguns desses mesmos cépticos são capazes de nos presentear com autênticas pérolas. Afinal, os cépticos não são perfeitos, também caem em erros, os mesmos erros que eles tanto gostam de apontar aos outros.

    No que diz respeito à ciência, já nem falo de casos de corrupção e de outras falsidades e manipulações da verdade que ocorrem em certas áreas ditas cientificas, desta vez apenas me foco noutro tipo de comportamentos.

    Há quem diga que isto faz parte de uma conspiração mais profunda, mas não quero ir por aí. De forma diria porca e pouco séria, a comunidade cientifica está contaminada por preconceitos e crenças rígidas, contrariando e manchando os seus próprios princípios e ideais que hipocritamente tanto apregoam. O nível de hipocrisia é cada vez mais alto. É sujo e porco o que se passa!

    As vítimas muitas vezes transformam-se em agressores e neste âmbito não faltam exemplos disso mesmo. Se ainda houvesse fogueiras, haveria muita gente queimada na fogueira de uma inquisição cientifica. A ciência foi sequestrada por gente fanática, cheia de crenças absolutas, e tudo isto com a conivência e complacência de muitos. Por medo de consequências, há também quem aja, fale e comporte-se sempre de uma determinada maneira (como é evidente, isto não acontece só nesta área). A fogueira não acabou, apenas mudou de forma. A censura também não acabou.

    Isto tem alguma importância? Acredito que sim, importante em vários sentidos. Mas, entretanto, a vida continua. Com ou sem crença, a vida continua. A vida continua, uns adaptam-se melhor e outros pior. Com ou sem magia, a vida continua. No final desta vida, alguns arrepender-se-ão de certas atitudes e decisões que tomaram. Outros lamentar-se-ão por não terem conseguido, ou por não terem podido viver certas situações, não concretizaram o que sempre desejaram. Tanto uns como outros, talvez nunca saberão ao certo que parte das suas vidas poderia ter sido diferente. Nunca saberão qual foi a verdadeira extensão das suas possibilidades num determinado momento. E pode ser que certos acontecimentos e decisões tenham sido as únicas possíveis e as coisas não poderiam ter acontecido de outra maneira.

    A magia (ou outra coisa semelhante) poderá ser uma ferramenta até que ponto? Quais as reais possibilidades? Quais as limitações? Com ou sem magia, haverá coisas que nunca poderão ser mudadas?

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