O documentário
abaixo fala sobre a natureza da consciência humana, as EQM e a possibilidade da
comunicação com outras dimensões.
E, por exemplo,
pegando num dos assuntos aqui abordados, é certo que podemos encontrar problemas
e muitos pontos de interrogação dentro do espiritismo, até porque estamos a
falar de assuntos complicados.
Para alguns, a
mediunidade, seja qual for a forma que ela assuma, não pode, pelo menos neste
momento, ser “provada” cientificamente, apesar de alguns estudos interessantes
que têm surgido (recorrendo a experiências que envolvem monitorizações
fisiológicas e também outro tipo de estudos controlados).
Portanto, é possível
avaliar o grau de precisão e exactidão de certas afirmações/ informações
apresentadas por médiuns, mas cientificamente podemos apenas concluir, embora
sem unanimidade (como não podia deixar de ser), que estamos perante um fenómeno
real (não inventado, ou seja, ocorre mesmo alguma coisa) que, para além de
assumir várias formas, pode, em situações específicas (aquelas que foram
estudadas), levar-nos a propor mais do que uma hipótese (não apenas aquela que
se imaginaria à partida) sobre a origem de, por exemplo, uma determinada
informação apresentada. Ou seja, numa determinada situação (experiência
controlada realizada), a explicação pode não ser aquela que à partida
imaginamos ou cremos, podendo esta estar associada a outro tipo de fenómenos
psíquicos.
Mas o facto de ainda
não podermos concluir nada através do rótulo “ciência” (assim como não podemos
ainda provar a existência de universos paralelos mas temos boas razões para
aceitar a sua existência), não significa que não haja outro tipo de estudos e
abordagens que nos permitam tirar pelo menos algumas conclusões…
Quanto a este
tema, quer seja no passado, quer seja no presente, para além daqueles que
afirmam serem médiuns mais desenvolvidos (e se os mesmos apresentarem algum
tipo de prova, sempre fica mais fácil…), vão se acumulando casos de pessoas
normais e comuns, digamos assim, que inesperadamente vão tendo experiências importantes
e, não tendo aparentemente nada a ganhar com isso, partilham aquilo que
vivenciaram. São testemunhos cujas histórias e descrições apresentam alguma
coerência e significado, não havendo motivo para, nestes casos, aceitar a famosa
“ explicação mais simples” proposta por muitos “cépticos”.
Sugestões:
http://www.mitele.es/programas-tv/cuarto-milenio/temporada-10/programa-384/
(ver a partir do momento em que marca 01:18: 58)
Documentário:
Nota:
Nestes assuntos
relacionados com aquilo que nos está oculto, ou aquilo que podemos chamar de
realidades ocultas, é certo que podemos também aqui encontrar divergências de
opinião no que diz respeito ao tema abordado nesta publicação. Para além de
alguns pontos em comum, como é natural, também podemos encontrar diferentes
posições, doutrinas, ideias e interpretações sobre estes assuntos.
Desde a
teosofia, passando por outras escolas esotéricas/iniciáticas, até à doutrina
espirita (Kardec), conseguimos encontrar sempre uma certa divergência de
opinião. E se a estes exemplos juntarmos algumas das religiões mais
tradicionais, então temos posições ainda mais discordantes. Esta situação pode
ser interessante ou não, pode ser benéfica ou não, dependendo do ponto de vista
escolhido.
Depois, temos um
outro aspecto, vivemos em sociedades construídas e alicerçadas numa metafisica
materialista (irei falar disso na próxima publicação), que controla grande
parte das estruturas académicas e científicas, e estas por sua vez são
estruturas altamente influenciadoras da mente colectiva, onde certas coisas são
tabus e quase tudo é visto como superstição a eliminar.
De sociedades
controladas por clérigos que puniam e reprimiam toda e qualquer prática ou
ideia diferente da religião oficial, dando a explicação que mais lhes convinha
e deixando o povo na total ignorância, passámos para sociedades cheias de
“peneiras” promovidas por certos intelectuais (ou pseudo-intelectuais, segundo
alguns), pressupostos materialistas e preconceitos, onde investigar certos
temas é proibido ou então é digno de uma boa gargalhada ou troça humorística de
um espertinho qualquer.
O resultado disto
tudo é o seguinte: a ignorância, ausência de informação, confusões, muitas contradições,
e a ausência de estudos e pesquisas sérias que sejam desvinculadas de
religiões, escolas, certos grupos, grandes doutrinas ou grandes dogmas, não
desvalorizando todas essas coisas, aprendendo com todas essas coisas, mas com os
devidos filtros, critérios e cuidados.
É importante, na
minha opinião, explorar, investigar, sem esquecer o que está para trás, mas
compreender que certas coisas não devem ficar cristalizadas no tempo, estagnadas,
porque deve haver renovação em termos de pesquisa, e talvez seja possível obter
um novo entendimento sobre certos temas. E, dentro deste contexto actual,
independentemente das explicações que se possam dar, quer sejam de natureza
mais psicológica ou não (e muitas vezes a explicação parece ser mais do que
psicológica…), estamos a semear terreno para cada vez mais pessoas
(principalmente jovens adolescentes, e por isso talvez mais vulneráveis) caírem
em situações potencialmente perigosas como esta:
(aliás, se bem
me lembro, o tema do link já foi abordado noutra publicação mais antiga).
Ou seja,
resumindo, os temas mediúnicos não têm de estar necessariamente ligados a
situações desagradáveis e perigosas (e muitas vezes não estão!). Mas aqui, tal
como noutras áreas, primeiro há que estudar, pesquisar, tentar perceber o
sentido e a orientação das coisas, discernir, ver bem para não abrir alguma
porta desnecessária, saber o que estamos a fazer. E por vezes não há
necessidade nenhuma de realizar certas experiências, usando certos métodos sem
cautela, porque isso pode ser desaconselhável devido a factores psicológicos ou
a certas características intrínsecas e, admitindo outras possibilidades, quando
abrimos uma porta sem o devido cuidado, não sabemos quem poderá entrar por ela…
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