terça-feira, 23 de junho de 2015

Além do visível

O documentário abaixo fala sobre a natureza da consciência humana, as EQM e a possibilidade da comunicação com outras dimensões.

E, por exemplo, pegando num dos assuntos aqui abordados, é certo que podemos encontrar problemas e muitos pontos de interrogação dentro do espiritismo, até porque estamos a falar de assuntos complicados.

Para alguns, a mediunidade, seja qual for a forma que ela assuma, não pode, pelo menos neste momento, ser “provada” cientificamente, apesar de alguns estudos interessantes que têm surgido (recorrendo a experiências que envolvem monitorizações fisiológicas e também outro tipo de estudos controlados).

Portanto, é possível avaliar o grau de precisão e exactidão de certas afirmações/ informações apresentadas por médiuns, mas cientificamente podemos apenas concluir, embora sem unanimidade (como não podia deixar de ser), que estamos perante um fenómeno real (não inventado, ou seja, ocorre mesmo alguma coisa) que, para além de assumir várias formas, pode, em situações específicas (aquelas que foram estudadas), levar-nos a propor mais do que uma hipótese (não apenas aquela que se imaginaria à partida) sobre a origem de, por exemplo, uma determinada informação apresentada. Ou seja, numa determinada situação (experiência controlada realizada), a explicação pode não ser aquela que à partida imaginamos ou cremos, podendo esta estar associada a outro tipo de fenómenos psíquicos.

Mas o facto de ainda não podermos concluir nada através do rótulo “ciência” (assim como não podemos ainda provar a existência de universos paralelos mas temos boas razões para aceitar a sua existência), não significa que não haja outro tipo de estudos e abordagens que nos permitam tirar pelo menos algumas conclusões…

Quanto a este tema, quer seja no passado, quer seja no presente, para além daqueles que afirmam serem médiuns mais desenvolvidos (e se os mesmos apresentarem algum tipo de prova, sempre fica mais fácil…), vão se acumulando casos de pessoas normais e comuns, digamos assim, que inesperadamente vão tendo experiências importantes e, não tendo aparentemente nada a ganhar com isso, partilham aquilo que vivenciaram. São testemunhos cujas histórias e descrições apresentam alguma coerência e significado, não havendo motivo para, nestes casos, aceitar a famosa “ explicação mais simples” proposta por muitos “cépticos”.

Sugestões:


http://www.mitele.es/programas-tv/cuarto-milenio/temporada-10/programa-384/ (ver a partir do momento em que marca 01:18: 58)


Documentário:



Nota:

Nestes assuntos relacionados com aquilo que nos está oculto, ou aquilo que podemos chamar de realidades ocultas, é certo que podemos também aqui encontrar divergências de opinião no que diz respeito ao tema abordado nesta publicação. Para além de alguns pontos em comum, como é natural, também podemos encontrar diferentes posições, doutrinas, ideias e interpretações sobre estes assuntos.

Desde a teosofia, passando por outras escolas esotéricas/iniciáticas, até à doutrina espirita (Kardec), conseguimos encontrar sempre uma certa divergência de opinião. E se a estes exemplos juntarmos algumas das religiões mais tradicionais, então temos posições ainda mais discordantes. Esta situação pode ser interessante ou não, pode ser benéfica ou não, dependendo do ponto de vista escolhido.

Depois, temos um outro aspecto, vivemos em sociedades construídas e alicerçadas numa metafisica materialista (irei falar disso na próxima publicação), que controla grande parte das estruturas académicas e científicas, e estas por sua vez são estruturas altamente influenciadoras da mente colectiva, onde certas coisas são tabus e quase tudo é visto como superstição a eliminar.

De sociedades controladas por clérigos que puniam e reprimiam toda e qualquer prática ou ideia diferente da religião oficial, dando a explicação que mais lhes convinha e deixando o povo na total ignorância, passámos para sociedades cheias de “peneiras” promovidas por certos intelectuais (ou pseudo-intelectuais, segundo alguns), pressupostos materialistas e preconceitos, onde investigar certos temas é proibido ou então é digno de uma boa gargalhada ou troça humorística de um espertinho qualquer.

O resultado disto tudo é o seguinte: a ignorância, ausência de informação, confusões, muitas contradições, e a ausência de estudos e pesquisas sérias que sejam desvinculadas de religiões, escolas, certos grupos, grandes doutrinas ou grandes dogmas, não desvalorizando todas essas coisas, aprendendo com todas essas coisas, mas com os devidos filtros, critérios e cuidados.

É importante, na minha opinião, explorar, investigar, sem esquecer o que está para trás, mas compreender que certas coisas não devem ficar cristalizadas no tempo, estagnadas, porque deve haver renovação em termos de pesquisa, e talvez seja possível obter um novo entendimento sobre certos temas. E, dentro deste contexto actual, independentemente das explicações que se possam dar, quer sejam de natureza mais psicológica ou não (e muitas vezes a explicação parece ser mais do que psicológica…), estamos a semear terreno para cada vez mais pessoas (principalmente jovens adolescentes, e por isso talvez mais vulneráveis) caírem em situações potencialmente perigosas como esta:  
                   
http://cadenaser.com/programa/2011/11/13/milenio_3/1321143428_850215.html                                                     
(aliás, se bem me lembro, o tema do link já foi abordado noutra publicação mais antiga). 

Ou seja, resumindo, os temas mediúnicos não têm de estar necessariamente ligados a situações desagradáveis e perigosas (e muitas vezes não estão!). Mas aqui, tal como noutras áreas, primeiro há que estudar, pesquisar, tentar perceber o sentido e a orientação das coisas, discernir, ver bem para não abrir alguma porta desnecessária, saber o que estamos a fazer. E por vezes não há necessidade nenhuma de realizar certas experiências, usando certos métodos sem cautela, porque isso pode ser desaconselhável devido a factores psicológicos ou a certas características intrínsecas e, admitindo outras possibilidades, quando abrimos uma porta sem o devido cuidado, não sabemos quem poderá entrar por ela…

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