Flatland é uma metáfora acerca da
sociedade do Séc.XIX, mas que em muitos aspectos ainda continua actual.
Mudar mentalidades e preconceitos pode ser uma tarefa extremamente difícil, e certos aspectos culturais estão bastante enraizados. Certas experiências e novas ideias, para além de serem incompreendidas em geral, podem não ser muito bem recebidas, principalmente quando falamos de estruturas que se assumem como autoridades e que tentam de alguma forma suprimir essas ideias.
Quando não estamos expostos a diferentes ideias (mesmo que a principio pareçam muito estranhas), corremos o risco de tornarmo-nos mais limitados no pensamento. A diversidade enriquece e abre novas possibilidades que podem ser exploradas. E sem troca de ideias corremos o risco de estagnar e não evoluir para algo melhor.
Sobretudo, é importante que as pessoas saibam que a realidade não tem de ser só uma (esta), o mundo não tem de ser visto como “precisa” de ser visto, o mundo (a sociedade) é uma construção que está sempre a mudar, a cultura (actual) não tem necessariamente de nos dominar até aos ossos. O mundo não é o que precisa de ser, mas sim o que queremos que ele seja… Seguir o rebanho passivamente, sem reflectir, talvez tenha algumas vantagens adaptativas, mas não deixa também de ter imensas desvantagens e nem sempre estamos conscientes delas.
Por outro lado, Flatland fala-nos da possibilidade de existirem outras dimensões.
A existência de outras dimensões é bastante plausível e já é teoricamente aceite pelos físicos. E isto vem abrir muitas possibilidades e implica que talvez existam outros seres que vivem em dimensões que escapam à nossa percepção.
Na minha opinião, a existência de
outras realidades (não apenas aquelas que concebemos como materiais) é mais do
que provável e deve haver por aí mundos que não conseguimos compreender nem
imaginar!
Vou lendo os teus textos apesar das minhas críticas
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:) Naturalmente! Não é suposto estarmos todos de acordo em relação a tudo, há sempre divergências de opinião e visões diferentes, até porque somos todos seres diferentes. Desde que não se perca a empatia e que haja respeito pela posição do outro, não vejo qualquer problema. Tendo isso em conta, podemos também defender aquilo que achamos que é o mais correcto ou as ideias que merecem ser melhor exploradas.
EliminarNão presumo estar certo em relação a tudo, embora tenha as minhas convicções (e não somente crenças), e amanhã sempre posso mudar de ideias (embora reconheça que a dissonância cognitiva existe e nem sempre é fácil mudar, porque o ego exerce a sua influência e o apego às ideias é uma armadilha…). Para além disso, a minha cultura não abrange muita coisa, mas vou fazendo o que posso (e não é falsa modéstia).
O importante é que cada um tenha a liberdade de expressar o que traz dentro de si e partilhar ideias e experiências. Evitando sempre a tentação de montar “inquisições”.
Tenho uma pergunta para lhe fazer sobre as vacinas, mas deixarei para mais tarde, espero não me esquecer.