As experiências realizadas por
Persinger consistem na estimulação de certas partes do cérebro através da
utilização de campos magnéticos. Persinger refere que é possível produzir
certas experiências (que vulgarmente chamamos de místicas) e
sensações/percepções fora do comum.
Têm surgido algumas críticas ao
seu trabalho e estas estão relacionadas com a forma como essas experiências foram
conduzidas (em termos de rigor) e parece que houve uma tentativa de reproduzir
a experiência, mas não foi bem-sucedida (pelo menos, foi o que eu li, mas se
quiserem, podem pesquisar melhor este aspecto). No entanto, Persinger está
confiante no seu trabalho e refutou todas essas críticas, inclusivamente
explicando porque é que o outro investigador não conseguiu obter os mesmos
resultados positivos (mais uma vez, se quiserem, podem pesquisar melhor isto,
porque não perdi muito tempo com este tipo de pormenores).
Mas, acreditando no trabalho de
Persinger, o que é que podemos concluir de tudo isto? Podemos concluir que
estas experiências e sensações podem ser produzidas artificialmente e, por
isso, são apenas fantasias, alucinações ou criações do nosso cérebro?
A ideia é que, em determinadas
situações, certas pessoas passam por experiências místicas e paranormais,
quando são estimuladas por campos magnéticos. Esses campos magnéticos existem
na natureza ou então são produzidos pela tecnologia humana. Quando expostas a
estes campos, certas pessoas podem ser mais sensíveis do que outras. Para além
disso, há certas condições neurológicas que, só por si, podem desencadear
determinadas experiências deste género, tal como alguns afirmam.
Perante este cenário, os
materialistas convictos esfregam as mãos e dizem: “Ah, estão a ver? Isto prova
que tudo são fantasias! É tudo fabricado pelo cérebro e nada mais existe de
místico ou transcendente.”
Mas calma aí, minha gente! A
verdade é que isto não prova absolutamente nada e podemos ter duas
interpretações diferentes: a primeira seria a interpretação materialista (parece-me
errada); a segunda seria a ideia de que os campos magnéticos modificam algo
dentro do nosso cérebro e, ao estimulá-lo de uma determinada maneira,
conseguimos perceber realidades, dimensões ou mundos paralelos que
habitualmente escapam à nossa percepção comum. Por outras palavras, ficamos
sintonizados noutro tipo de frequências que nos rodeiam.
Para além disso, o facto destas
experiências/sensações/percepções serem semelhantes a outras de carácter
místico, transcendental ou mesmo paranormal, não quer dizer que sejam
exactamente iguais! Podemos admitir que há certas condições que, uma vez
preenchidas, facilitam determinadas experiências. Contudo, isto não serve para
explicar todos os fenómenos existentes. Seria demasiado redutor, tendo em conta
a diversidade e a complexidade de muitos destes fenómenos! (e, optando por uma
postura/interpretação 100% materialista, ainda mais redutor seria! É muito
fácil pegar em algo e dizer que tudo são apenas ilusões, alucinações,
fantasias, etc e depois encosta-se o assunto a um canto qualquer, mas essa
talvez não seja a melhor atitude…).
Por isso, na minha opinião, esta
teoria não vem provar a inexistência de outras realidades e, bem pelo
contrário, pode até ser uma ferramenta para explorar melhor esses estados
alterados de consciência. Podemos olhar para isto como uma porta de acesso a
outras realidades.
Na minha perspectiva, existem
fortes evidências que sustentam que a consciência não é apenas um produto da
actividade do cérebro, quer seja no âmbito das EQMs, projecção de consciência/experiências
fora do corpo, ou outro tipo de experiências paranormais. Mas podemos esperar
todo o tipo de propaganda e falsos argumentos na tentativa de contrariar tudo
isto.
Quando observados ao pormenor,
todos os argumentos que se apresentam como tentativas de reduzir a consciência
unicamente a um cérebro têm-se revelado inconsistentes. E, por exemplo, mesmo
em relação ao capacete de Deus, verificamos que há pessoas que tiveram
experiências fora do corpo e observaram tudo de cima, inclusivamente viram
Persinger e toda a sua equipa! Como explicar isto?! Se a consciência é algo que
está limitado a um cérebro, então isto não seria possível!
Olá Holos! Se há assunto controverso na parapsicologia é este do capacete de Deus. Concordo contigo a 100%... o capacete pode, de facto, estimular experiências espirituais genuínas... quem sabe se a mediunidade, por ex, não tem também uma base material... parece-me bastante possivel! Mas não há nada melhor que meter o capacete e tirarmos as nossas próprias conclusões ;)
ResponderEliminarOlá Danny,
EliminarSim, este tipo de experiências, assim como outras relacionadas , por exemplo, com privação sensorial e não só, podem, de facto, abrir certas portas e estimular aquilo que chamamos de mediunidade. Penso que a mediunidade é uma realidade, mas muitas vezes é um tema que necessita alguma filtragem e critério e nem sempre é fácil de abordar.
Em relação ao capacete ,como bem sabes, eles dão uma importância especial ao hemisfério direito, o que, em principio, faz sentido, pelas razões que bem conhecemos. Mas parece que certas pessoas (não sei se é 20%... não me recordo do que ele disse) não obtiveram experiências muito extraordinárias, porque, tal como acontece noutros temas (hipnose é um exemplo), nem toda a gente possui as mesmas características ou sensibilidade, digamos assim.
Abraço.
Apenas queria lembrar que neste blogue nunca serão publicados comentários que demonstrem boçalidade, faltas de respeito, vinganças..., preconceito, comportamentos próprios de um troll, etc. Por isso, caso a intenção do leitor seja essa, recomendo que não perca o seu precioso tempo.
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