sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Além das Leis

Dizemos que são as leis da natureza, dizemos que são as leis da física, mas não são as leis da natureza, não são as leis da física, são as leis dos físicos! São as leis dos cientistas! São as leis dos Homens! Será que existem, de facto, leis? Ou será que elas apenas existem dentro da nossa cabeça? Estaremos obcecados por leis e, por isso, vemos leis em todo o lado?

E mesmo dentro da física foram-nos apresentadas outras perspectivas e excepções a algumas dessas leis absolutas e, como exemplo, temos a relatividade de Einstein. A própria física quântica veio mexer com muita coisa e deu lugar a uma série de perguntas e dúvidas em relação à natureza da realidade. Segundo muitos afirmam, o mundo da física quântica é um mundo complexo, enigmático e misterioso. E, mesmo hoje em dia, há físicos teóricos que falam de coisas que, até há bem pouco tempo, julgávamos serem impossíveis e pertencentes apenas à ficção científica.

Portanto, cuidado quando dizemos que algo é impossível, porque o futuro (imediato ou não) pode provar o contrário.

Já no âmbito cultural, social, filosófico e não só, tivemos outros conceitos como o relativismo, o idealismo, etc. Foram propostas que se apresentaram como uma visão diferente da realidade, uma visão menos rígida, propondo perspectivas mais amplas e diversificadas da realidade, a todos os níveis, não só científicos. E sem nunca esquecer que existe sempre um elemento de subjectividade em tudo e que pode estar mais ou menos presente conforme a situação particular ou a importância que damos a essa subjectividade.

Neste contexto, abrem-se novas possibilidades e podemos talvez já aceitar melhor outras ideias, comportamentos, perspectivas, hipóteses, realidades e dimensões que no passado achávamos serem coisas tontas, absurdas e sem sentido. Por exemplo, podemos dizer que não existe apenas uma realidade, existem muitas mais realidades paralelamente à nossa-isso é mais do que provável! Assim como também existem muitas realidades dentro de nós próprios (mundo interior).

No nosso mundo interior somos multifacetados. Somos um somatório de várias situações, tendências, estados, disposições, sem, no entanto, deixarmos de ser únicos. De certa maneira, podemos dizer que somos várias pessoas dentro de uma só. E podia talvez também pegar na memória dos ancestrais e falar dos próprios ascendentes que deixaram a sua marca em nós e outros aspectos (aspectos que não estão relacionados com essa memória/energia, porque nem tudo se resume a isso. Somos mais do que essa componente biológica, etc.).

Em relação à energia dos antepassados, de certa forma essas pessoas habitam dentro de nós e, consoante vários factores, elas podem ter mais ou menos influência em nós (mas por vezes não precisamos de ser 100% “escravos” dessa situação…)

Para além de tudo isso, também pode existir algo que tenha estado presente mesmo antes do nascimento, ou seja, o ponto de partida pode ter sido muito antes do nascimento.

Também somos limitados por um determinado tempo e pelas ideias desse tempo e fico cada vez mais com a impressão de que tendemos a seguir ou a ser influenciados pelo lugar onde estamos (localização geográfica) e pelas pessoas que nos rodeiam ou com quem convivemos-tudo isso gera uma espécie de forte campo de influência.

Voltando um pouco atrás, ao tema da existência de outras realidades e dimensões, pensemos no seguinte: se não quiserem usar a palavra prova, então talvez possamos afirmar que existem fortes indícios de todas estas coisas. Não só pelas equações dos físicos teóricos, mas também através de muitos testemunhos e experiências/acontecimentos estranhos e insólitos que revelaram essas outras realidades que são desconhecidas para a maior parte de nós.

Mas, em vez de leis naturais, há quem prefira chamar-lhes hábitos e, como sabemos, os hábitos não são absolutos, eles podem ser mudados com o tempo. Para além disso, estas leis naturais são apenas verdades estatísticas e, dentro desta ideia, isto implica, necessariamente, a existência de excepções. Portanto, o determinismo não é absoluto e a realidade pode ser vista como um modelo psicofísico, ou seja, o observador faz parte deste processo e não pode existir separadamente.

É certo que, por vezes, aquilo que julgávamos ser impossível entra na nossa realidade quotidiana e viola essas leis! E as nossas lógicas e leis podem ser muito diferentes das lógicas dessas outras realidades (realidades que podem ser vistas como físicas ou não físicas). Há muita coisa que ainda não sabemos e os nossos conceitos, lógicas e raciocínios podem ainda ser muito limitados e ingénuos!

A História ensina-nos que temos sucessivos ciclos em que algo se estabelece como estrutura e depois aparece outra coisa nova que rompe com essa estrutura estabelecida e é formada uma nova estrutura que substitui a antiga (isto pode ser observado em várias áreas). A História vai evoluindo dessa maneira!

Estaremos perto de um novo ciclo? Em breve teremos uma nova estrutura? Talvez essa transição já tenha começado e nem nos apercebemos disso…



Sem comentários:

Enviar um comentário