Dizemos que são as leis da
natureza, dizemos que são as leis da física, mas não são as leis da natureza,
não são as leis da física, são as leis dos físicos! São as leis dos cientistas!
São as leis dos Homens! Será que existem, de facto, leis? Ou será que elas
apenas existem dentro da nossa cabeça? Estaremos obcecados por leis e, por
isso, vemos leis em todo o lado?
E mesmo dentro da física
foram-nos apresentadas outras perspectivas e excepções a algumas dessas leis
absolutas e, como exemplo, temos a relatividade de Einstein. A própria física
quântica veio mexer com muita coisa e deu lugar a uma série de perguntas e
dúvidas em relação à natureza da realidade. Segundo muitos afirmam, o mundo da
física quântica é um mundo complexo, enigmático e misterioso. E, mesmo hoje em
dia, há físicos teóricos que falam de coisas que, até há bem pouco tempo,
julgávamos serem impossíveis e pertencentes apenas à ficção científica.
Portanto, cuidado quando dizemos
que algo é impossível, porque o futuro (imediato ou não) pode provar o
contrário.
Já no âmbito cultural, social,
filosófico e não só, tivemos outros conceitos como o relativismo, o idealismo,
etc. Foram propostas que se apresentaram como uma visão diferente da realidade,
uma visão menos rígida, propondo perspectivas mais amplas e diversificadas da
realidade, a todos os níveis, não só científicos. E sem nunca esquecer que
existe sempre um elemento de subjectividade em tudo e que pode estar mais ou
menos presente conforme a situação particular ou a importância que damos a essa
subjectividade.
Neste contexto, abrem-se novas
possibilidades e podemos talvez já aceitar melhor outras ideias,
comportamentos, perspectivas, hipóteses, realidades e dimensões que no passado
achávamos serem coisas tontas, absurdas e sem sentido. Por exemplo, podemos
dizer que não existe apenas uma realidade, existem muitas mais realidades
paralelamente à nossa-isso é mais do que provável! Assim como também existem
muitas realidades dentro de nós próprios (mundo interior).
No nosso mundo interior somos
multifacetados. Somos um somatório de várias situações, tendências, estados,
disposições, sem, no entanto, deixarmos de ser únicos. De certa maneira,
podemos dizer que somos várias pessoas dentro de uma só. E podia talvez também
pegar na memória dos ancestrais e falar dos próprios ascendentes que deixaram a
sua marca em nós e outros aspectos (aspectos que não estão relacionados com
essa memória/energia, porque nem tudo se resume a isso. Somos mais do que essa
componente biológica, etc.).
Em relação à energia dos
antepassados, de certa forma essas pessoas habitam dentro de nós e, consoante
vários factores, elas podem ter mais ou menos influência em nós (mas por vezes
não precisamos de ser 100% “escravos” dessa situação…)
Para além de tudo isso, também pode
existir algo que tenha estado presente mesmo antes do nascimento, ou seja, o
ponto de partida pode ter sido muito antes do nascimento.
Também somos limitados por um
determinado tempo e pelas ideias desse tempo e fico cada vez mais com a
impressão de que tendemos a seguir ou a ser influenciados pelo lugar onde
estamos (localização geográfica) e pelas pessoas que nos rodeiam ou com quem
convivemos-tudo isso gera uma espécie de forte campo de influência.
Voltando um pouco atrás, ao tema
da existência de outras realidades e dimensões, pensemos no seguinte: se não
quiserem usar a palavra prova, então talvez possamos afirmar que existem fortes
indícios de todas estas coisas. Não só pelas equações dos físicos teóricos, mas
também através de muitos testemunhos e experiências/acontecimentos estranhos e
insólitos que revelaram essas outras realidades que são desconhecidas para a
maior parte de nós.
Mas, em vez de leis naturais, há
quem prefira chamar-lhes hábitos e, como sabemos, os hábitos não são absolutos,
eles podem ser mudados com o tempo. Para além disso, estas leis naturais são
apenas verdades estatísticas e, dentro desta ideia, isto implica,
necessariamente, a existência de excepções. Portanto, o determinismo não é
absoluto e a realidade pode ser vista como um modelo psicofísico, ou seja, o observador
faz parte deste processo e não pode existir separadamente.
É certo que, por vezes, aquilo
que julgávamos ser impossível entra na nossa realidade quotidiana e viola essas
leis! E as nossas lógicas e leis podem ser muito diferentes das lógicas dessas
outras realidades (realidades que podem ser vistas como físicas ou não
físicas). Há muita coisa que ainda não sabemos e os nossos conceitos, lógicas e
raciocínios podem ainda ser muito limitados e ingénuos!
A História ensina-nos que temos
sucessivos ciclos em que algo se estabelece como estrutura e depois aparece
outra coisa nova que rompe com essa estrutura estabelecida e é formada uma nova
estrutura que substitui a antiga (isto pode ser observado em várias áreas). A
História vai evoluindo dessa maneira!
Estaremos perto de um novo ciclo?
Em breve teremos uma nova estrutura? Talvez essa transição já tenha começado e
nem nos apercebemos disso…
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