quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

Questões ovnilógicas: a origem mais razoável!

Alguns dos avistamentos são, na verdade, naves tripuladas por seres humanos? Será?!
 
Há quem afirme que não devemos automaticamente dizer que essas naves são todas de origem extraterrestre (em sentido amplo). Algumas pessoas defendem que uma boa parte desses objectos (OVNIS) são tecnologia criada por humanos ou produto de engenharia reversa de tecnologia extraterrestre.  
 
Como é óbvio, não sou dono da verdade mas encontro razões coerentes e razoáveis para não acreditar nesta tese. Os OVNIS (falo daqueles que nos interessam porque nem todos os ovnis permitem-nos tirar conclusões) não são produto de nenhuma tecnologia humana nem de engenharia reversa de naves ou tecnologia recuperada, pois penso que tal cenário é pouco provável!
 
Em seguida irei expor alguns argumentos no sentido de esclarecer melhor a minha posição:
 
-Em relação à engenharia reversa, é importante ter em consideração o seguinte: o mais provável é que exista um enorme fosso tecnológico e científico entre nós humanos e essas entidades, por isso é muito pouco provável que os melhores cientistas entendam e consigam replicar tecnologia ET. Cito o ufólogo Stanton Friedman: “Se fosse possível recuar quinhentos anos e oferecer a Cristóvão Colombo um submarino nuclear e um orçamento ilimitado, será que ele conseguiria fazer a engenharia reversa? ” A resposta parece-me óbvia…;
 
- Não é plausível que seja produto de tecnologia cem por cento humana, nem hoje e muito menos no passado, e se recuarmos no tempo (não muito), conseguimos obter registos que não são nada compatíveis com qualquer possibilidade humana a nível tecnológico;
-O comportamento destes objectos é característico de curiosidade (mas não só), existe também, aqui e ali, um contacto muito característico ou qualquer tipo de intenção invulgar que parece mostrar que se trata de visitantes de fora, ou de alguém que aparece e se faz notar deliberadamente por alguma razão concreta. Portanto, este não é o comportamento que se esperaria de humanos que já conhecem as dinâmicas habituais e por isso não teriam qualquer interesse em adoptar este tipo de comportamento, até porque não precisam de usar essas naves para estudar seja o que for ou aceder à população;
 
-Vamos admitir que alguém teve sucesso na tal engenharia reversa (o que, tal como vimos, seria pouco provável) e existe um projecto secreto de alguma potência. Se esse grupo de humanos pretende manter tudo isso em segredo, porque é que então decidem aparecer e andar a passear por zonas povoadas e às vezes até densamente povoadas? Não faz muito sentido! Seria mais lógico que se afastassem dessas zonas. Ninguém no seu juízo perfeito iria ostentar aquilo que pretende manter secreto. Com toda a certeza, não iriam testar estas coisas em cima da cabeça dos outros, muito menos a uma baixa altitude, porque existem outras formas de o fazer, logo, na minha opinião, podemos descartar esta teoria;
- Por último, será que esses seres, essas entidades permitiriam uma coisa dessas? Permitiriam que um ser humano esteve na posse de tecnologia ET? É uma boa questão! Estaria tal facto dentro dos seus interesses? E alguém acha que eles teriam alguma dificuldade em impedir isso? Claro que não teriam, seria demasiado fácil para eles.
 
Existem também outras alegações que circulam por aí mas que, na minha opinião, não passam de especulações sem evidências e com bases muito débeis, para além de outras alegações em relação à formação académica, cientifica e sobre o passado de algumas pessoas, afirmações que não são corroboradas por outras testemunhas nem por documentos. Ou seja, coisas que deixam muitas dúvidas e provavelmente são embustes.
Por isso, neste momento, a única explicação que faz todo o sentido, tendo em conta os principais casos e estudos, é aquela que afirma que a origem desses objectos (aqueles que interessam) é cem por cento exógena e não são tripulados por humanos da Terra pertencentes às nossas civilizações actuais, mas sim tripulados por outras entidades. E esta conclusão é puramente racional. A posição por mim adoptada não é simplesmente produto de uma qualquer ânsia do ser humano para encontrar outras formas de inteligência ou mesmo um sentido da vida. E mesmo que haja até um certo desejo de encontrar vida inteligente, isso não invalida determinados argumentos.   

1 comentário:

  1. Acrescentaria ainda o seguinte:

    Nas descrições feitas pelas testemunhas e nos casos dignos de especial nota, existe um aspecto muito importante que está relacionado com as manobras impossíveis apresentadas por estes objectos (à luz daquilo que é conhecido pelo ser humano). Para além de outros aspectos curiosos, falo sobretudo das acelerações bruscas, mudanças abruptas de trajectória, que parecem desafiar a lei da inércia, ou seja, dentro do nosso conhecimento actual, podemos afirmar que nenhum ser humano resistiria a essas manobras e possivelmente qualquer metal conhecido não suportaria tais manobras levando a nave a desintegrar-se. E isto tem de ser levado em conta principalmente pelos negacionistas.

    E pensando nos negacionistas, é sempre importante referir que, dentro de uma determinada perspectiva, também podemos dizer que a História não consegue provar certos aspectos de acontecimentos do passado, porque a História não trabalha apenas com achados arqueológicos, existem outras fontes, não é? Por isso é importante não desvalorizar a ovnilogia. É errado considerar que a ovnilogia (a verdadeira) não tem valor só porque não apresenta evidências materiais empíricas contundentes. Stanton Friedman, numa conferência, falava da existência de quatro tipos de ciência, a ovnilogia encaixaria na quarta categoria que é similar a, por exemplo, uma investigação criminal. Seus métodos têm limitações? Sim! Mas é o que se pode arranjar! E se todos aceitam que estes métodos devem ser usados para prever e principalmente investigar determinadas ocorrências, então porque não aplicá-los também a este tema?

    Apresentar o tema com eloquência torna-se sempre, por isso, necessário, principalmente quando fica patente em muitos debates sobretudo uma divergência epistemológica, um cientismo fechado, que a partir daí serve para colocar alguns numa posição de negacionismo mas também abre espaço para construir toda uma retórica à volta da sigla OVNI e, dessa forma, criando dúvidas ilógicas na cabeça dos mais incautos. Alguns referem:" não sabemos o que é" mas, digo eu, sabemos o que não é! Sabemos o que não pode ser! Sabemos o que não pode ser, principalmente quando "isso" não é de hoje. Devemos escolher sempre a explicação mais simples, portanto, se eu vir uma banana, a origem dessa banana é uma bananeira que existe algures, não sei onde, mas essa bananeira não pode ser uma macieira!

    É certo que nem todos os OVNIS são OVETS, mas alguns OVNIS são OVETS, colocaria as coisas desta maneira. Na verdade, alguns até usam a palavra disco voador , precisamente porque apenas estão interessados nos OVETS. Mas talvez até seja mais apropriado usar a palavra exógeno (significando que tem origem fora da nossa civilização, daquilo que é conhecido) em vez da palavra extraterrestre. Sem nunca esquecer que uma grande parte da informação que circula em muitos meios ditos ufológicos, e também na TV, tem buracos por todo o lado, sendo pura desinformação, na minha opinião.

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