domingo, 13 de dezembro de 2015

Em torno da questão de Fátima


Em relação a Fátima, eu posso oferecer muitos argumentos, posso colocar muitos defeitos na religião, claro que posso, mas também posso reconhecer que há muitas pessoas que encontram conforto, apoio, força, energia, convívio nestas peregrinações, encontram na religião um significado para as suas vidas, por isso Fátima não é só os OVNIS, Fátima é muito mais do que isso. E, para mim, apenas uma opinião pessoal, exemplos como Fátima enquadram-se em lógicas que podem estar muito para além de determinado credo ou religião específica, independentemente de ter havido manipulação ou não. Foi também bom para a economia da região e foi bom para o país, mas isso é apenas na minha óptica!
 
Quanto ao dinheiro, ele está metido em todo o lado, neste momento é assim que as nossas sociedades funcionam, as instituições religiosas não são excepção. Não tenho conhecimento suficiente para poder discutir certos pormenores em relação ao dinheiro envolvido no santuário. Sobre isso já ouvi críticas e algumas talvez sejam legitimas, mas posso dizer que da última vez que lá estive, assisti a cerimónias junto com familiares e ninguém me pediu coisa alguma... Estou à vontade para falar porque não sou devoto católico, sou, por isso, insuspeito.
 
Além disso, é preferível que os acontecimentos de Fátima fiquem conservados numa esfera do religioso do que em esfera nenhuma, pior seria terem sido esquecidos e ignorados, que era o que muitos pretendiam. Se não tivesse sido preservada a memória, não podíamos estar aqui hoje a discutir interpretações e pontos de vista sobre Fátima...
 
É verdade que o cenário de uma manipulação dos acontecimentos faz bastante sentido e há razões para acreditar nisso. Mas, como já tinha referido, teria sido bastante pior se o acontecimento tivesse caído no completo esquecimento, se não houvesse registos nem depoimentos de ninguém, ou se fosse pura e simplesmente ignorado. As pessoas, por exemplo, podiam não ter dado o benefício da dúvida, podiam não ter acreditado nas crianças, se isso tivesse acontecido, aquela multidão não teria presenciado nada, hoje seriam talvez vistas como partidas e invenções de crianças ou alucinações…
 
E mais, ocorre-me a seguinte ideia: apenas especulo mas, partindo do princípio de que não foi Nossa Senhora que lá apareceu, esses seres teriam algum plano? Sabiam exactamente o que estavam a fazer? Talvez! Porque é que esses seres não apareceram para académicos, pessoas cultas, da cidade, por exemplo? Porque é que decidiram aparecer para crianças humildes, ignorantes, camponeses, muito religiosas? Claro que pode haver mais do que uma razão para o facto, umas dessas razões pode estar relacionada com qualquer tipo de característica sensitiva, digamos assim, das crianças.  
 
Mas a questão fundamental que eu quero colocar prende-se com a conservação do acontecimento e a importância, dinâmica colectiva que aquele local ganhou depois do acontecimento. Esses seres poderiam ter isso em mente e por isso sabiam que, naquela época (e talvez mesmo hoje), a única maneira de conservar o acontecimento e de dar dinâmica colectiva àquele local era precisamente sob o manto da religião! Estava tudo calculado! Seria a única forma de dar força a algo que eles tinham em mente, um projecto qualquer que envolveria o desenvolvimento daquele local em termos de dinâmicas colectivas que talvez tenham algum propósito para esses seres… A intenção era levar gente para ali, durante muito tempo, com algum propósito…



Extra:

São também comuns dois tipos de afirmações sobre este tema: para uns, nada aconteceu e, para outros, Fátima não é caso isolado porque existem mais aparições marianas por todo o mundo, Fátima é apenas mais um acontecimento entre muitos. Em relação à primeira afirmação, não é verdade que nada aconteceu, algo aconteceu porque temos argumentos suficientes e provas que sustentam esses acontecimentos invulgares. No que diz respeito à segunda afirmação, eu não sou especialista em questões de aparições marianas, mas parece-me que o caso de Fátima possui particularidades que a maioria dos outros casos não apresenta. É verdade que aparições de Nossas Senhoras não aconteceram apenas em Portugal, e, para além disso, em Portugal, Fátima não é o único caso de aparições da virgem, mas o caso de Fátima tem características únicas e uma riqueza de detalhes, registos, documentos, testemunhos variados, inclusivamente de um professor de ciências da Universidade de Coimbra, que testemunhou o acontecimento, para além de jornalistas, etc, o que aliás levou historiadores a fazer outro tipo de interpretações bastante plausíveis, e é isso que está aqui em questão, a riqueza do acontecimento, que foi único nesse sentido.

Algumas pessoas ainda colocam a hipótese de ter sido um caso de humanos do futuro que nos alertavam para certas situações. Quanto a esta hipótese, sabemos que é teoricamente possível viajar no tempo, mas deparamo-nos com o chamado paradoxo do avô, por isso, segundo alguns físicos, no caso de os visitantes serem humanos do futuro, não podem mudar o seu próprio passado, eles apenas podem mudar ou influenciar o passado de alguém que pertence a um universo paralelo, ou seja, neste caso, os pastorinhos são praticamente idênticos aos pastorinhos do passado desses visitantes, mas essas crianças são de um universo paralelo, o nosso universo. Não podemos mudar o nosso próprio passado, apenas podemos mudar o passado dos outros...    

No seguimento deste artigo, e porque estamos a falar de contactos com outros seres, decidi colocar aqui mais um caso interessante e que, na minha opinião, merece a nossa atenção. Não é propriamente um caso excepcional mas é mais um que se junta a outros de natureza semelhante. O caso aparece logo no início do seguinte programa:
 

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