Ontem as pessoas fizeram
manifestações e mostraram a sua indignação (e têm razão), só é pena que só
agora estejam indignadas (e porque agora começa a tocar a todos), mas mais vale
tarde do que nunca. Compreendo perfeitamente a situação, mas penso que não é
com violência que chegamos lá (embora, no geral, as manifestações até foram
pacíficas). Para além disso, manifestações, só por si, não resolvem nada (já
foram feitas outras manifestações e não melhorou, aliás até piorou). Mas o que
é que realmente as pessoas querem? Essa é a grande questão. Querem menos
austeridade, mais emprego, etc, mas fica a sensação de que a maior parte das
pessoas não está consciente ou sensibilizada para certas coisas e possivelmente
não querem a verdadeira mudança/revolução, ou seja, desejam que se resolvam os
problemas que estão a ter um impacto directo nas suas vidas (e na vida das suas
famílias), mas dá a sensação de que ainda não estão a ter uma visão total da
situação. Por isso, talvez não queiram a verdadeira mudança (relacionada com a
construção, desde a base, de uma nova civilização com novas filosofias e um
novo modo de viver) ou então simplesmente não acreditam que tal seja possível e
isso é perfeitamente compreensível, porque a máquina está montada de tal
maneira, estamos tão dependentes dela (quer seja no âmbito nacional e
principalmente internacional) que torna-se difícil acreditar que é possível
desmontar isto com segurança e construir algo diferente.
Sobre o FMI (que faz parte da troika):
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