Não tenho especial interesse por este tipo de temas e assuntos, mas confesso que existem elementos bastante
estranhos em toda esta história apresentada nos vídeos e documentários abaixo.
Houve uma campanha de descrédito contra Portugal, uma tentativa de denegrir a
imagem do país (acredito que não teve qualquer consequência pelo menos em
termos de turismo porque os números falam por si), lançando mentiras, no
sentido de tentar limpar a imagem dos cidadãos estrangeiros envolvidos, segundo
dizem alguns, e dessa forma, protegendo também a imagem do país de origem dessas
pessoas.
Mas terão sido simples lógicas patrioteiras?
Ou será que existem outras razões por detrás dessa aparente tentativa de
encobrimento? Quem esteve realmente envolvido nesse encobrimento? Dez anos
depois, o enigma e a polémica continuam. Podemos dizer que este desaparecimento é não só um
dos mais misteriosos ocorridos em Portugal mas também seguramente está presente
na lista dos casos mais famosos e mediáticos a nível mundial no que diz
respeito ao âmbito da investigação policial, criminologia e afins.
Este caso é bem ilustrativo das
dinâmicas e esquemas para os quais chamei a atenção e critiquei em anteriores
artigos e comentários aqui publicados. Exemplifica na perfeição certas
abordagens e comportamentos dos media.
Embora este caso não esteja
relacionado com os media portugueses, a verdade é que comportamentos
semelhantes podem ser encontrados também aqui (embora de forma talvez menos agressiva
do que noutros países). Ainda muito recentemente, pude identificar aqui nalguns
meios de comunicação nacionais tentativas de manipulação da opinião pública
(com sucesso, de uma forma geral) lançando informação incompleta e numa
primeira fase divulgando informações incorrectas. Mesmo que tenha sido com boas
intenções, porque se tratava de um problema relacionado com a saúde pública e
isso gerou um certo alarme, penso que a comunicação social deveria ter mais
cuidado e ser menos tendenciosa. Outras coisas puderam também ser confirmadas…
Para além de outros interesses, agendas e pressões que podem existir, é também importante dizer que, por exemplo, os anunciantes e os patrocinadores podem exercer uma forte influência sobre as televisões e outros meios, no que diz respeito às notícias e aos conteúdos apresentados, comentários e opiniões. Essa pressão (ou essa preocupação por parte dos media) pode surgir em certos meios, não em todos, como é evidente.
ResponderEliminarNeste contexto, podemos verificar como a publicidade e os media adaptam-se à realidade em cada momento. Mas nem sempre essa falta de imparcialidade se resume a convicções ideológicas, nem tudo é puramente ideológico, desinteressado ou com boas intenções. Existe também um aproveitamento, um calculismo para se estar de acordo com certas tendências, ideologias e opiniões, de forma a cair nas boas graças de certos grupos, lobbies poderosos, ou simplesmente para estarem alinhados com as modas passageiras e as tendências dominantes (a nível de pensamento e não só), e assim obtêm benefícios com toda essa estratégia.