domingo, 2 de abril de 2017

Realidades paralelas

Este programa apresenta-nos uma investigação multidisciplinar com resultados importantes que, na minha opinião, não deveriam deixar ninguém indiferente. É, portanto, um exemplo a seguir, principalmente porque todo o processo de investigação foi filmado e os resultados são partilhados com o público, estimulando assim uma reflexão sobre estes fenómenos.
 
Para além de um certo rigor e cuidado na forma de conduzir a investigação (o que é sempre importante), são revelados aspectos interessantes e existem algumas corroborações. Por isso recomendo ver com atenção.
 
É também importante salientar que algumas características repetem-se e são comuns neste tipo de fenómenos, tal como podemos verificar através de outras investigações que foram realizadas dentro de um modelo semelhante.
 
(No link abaixo, ver a partir do minuto 24)
 
 
 

3 comentários:

  1. A propósito da multidisciplinariedade, queria partilhar algo sobre a aprendizagem. Quero acrescentar o seguinte:

    Talvez isto já esteja escrito nalgum livro sobre aprendizagem. Também sei que existem modelos de aprendizagem que hoje já são utilizados na prática e parecem ter alguns aspectos semelhantes em relação a esta minha ideia. Mas posso falar da minha experiência pessoal (embora na minha vida eu não tenha aprendido tudo desta maneira que aqui exponho, como é óbvio). Este não tem de ser o único método, e também não digo que seja sempre possível aprender assim desta maneira, porém por vezes dou por mim a pensar que uma das boas maneiras de se aprender é simplesmente escolher ou conseguir identificar um tema (ou um conjunto de temas) que nos apaixone verdadeiramente (seja qual for o tema, não importa, podem ser temas denominados alternativos ou não oficiais). Acho que aprendemos de forma mais segura e duradoura (em termos de memória e não só) quando associamos boas emoções a essa aprendizagem. Ou seja, primeiro arranjamos um pretexto, um motivo, uma razão, e a partir desse tema inicial vamos estudando, aprendendo ou reaprendendo outras disciplinas, conceitos e teorias que podem ser essenciais para um melhor entendimento desse tema inicial pelo qual sentimos um forte interesse ou paixão. Normalmente a aprendizagem que é feita nas escolas, por exemplo, faz uma divisão rígida entre as várias disciplinas, ensina as coisas separadamente, em classes ou aulas distintas, mas penso que não tem de necessariamente ser sempre assim no processo de aprendizagem. Considero que podemos por vezes misturar todas as disciplinas e ver todos os vários aspectos de um tema ou problema, ver como um todo, por isso um determinado tema, situação, questão ou problema pode ser visto ao mesmo tempo desde um ponto de vista filosófico, matemático, geográfico, seja o que for. Trata-se sobretudo de desconstruir um pouco as coisas, fazer o contrário do que se costuma fazer, ou seja, normalmente aprende-se sem uma razão, sem um estímulo adequado, aprende-se por obrigação, aprendemos para podermos estar bem adaptados à sociedade, com a preocupação de no futuro ser um robô bem oleado e produtivo, que mais tarde se especializa, que depois mais tarde arranja uma razão, um objectivo sobre o qual deposita todas as, digamos, ferramentas que foi aprendendo. Mas dentro desta ideia que aqui exponho, trata-se de inverter um pouco essa lógica e partir primeiro de um estímulo, de uma razão, e só depois então as ferramentas vão sendo incorporadas à medida que exploramos esse interesse ou interesses. Por outras palavras, não se compartimenta demasiado o conhecimento e estimulamos a mente para que as coisas possam ser vistas como um todo, sob vários aspectos ao mesmo tempo e, para além disso, dá-se liberdade para o interesse e iniciativa partirem do próprio indivíduo e não sob a imposição de outros, nem com total passividade (sem questionar absolutamente nada, por exemplo) em relação às matérias e assuntos estudados! Penso que esta é uma das maneiras de construir mentes com uma cultura geral e diversificada, apesar de reconhecer que nada é perfeito e existem sempre áreas que preferimos em detrimento de outras, tendências, talentos e diferentes disposições. Aprendemos muitas vezes com a prática, aprendemos fazendo, dentro de um ambiente e contexto apropriados ( que seja de preferência pouco agressivo e aqui esta palavra pode assumir vários significados) segundo as disposições e características de cada um, que não têm de ser necessariamente iguais para todos (e não são).

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  2. Podia dar vários exemplos (profissões, ordens, grupos, associações, etc, etc) mas vou-me focar nas universidades, no meio académico não existe diversidade na forma de se apresentarem as coisas, não há grandes oportunidades, é tudo muito rígido, regras a cumprir por todos de igual forma. Não quero com isto negar o rigor, sei que existem sempre algumas regras e consensos que têm de ser estabelecidos (embora certos consensos tendem a mudar muito com o tempo…), mas há coisas que me provocam, entre outros sentimentos desagradáveis, um certo tédio, são limitações às nossas liberdades criativas e também não podemos, por exemplo, disponibilizar informação e ideias à nossa maneira, existem regras para tudo, é aborrecido e por isso é natural que não dê para todos! Demasiadas formalidades, para além de mentes bastante formatadas em muitos casos. Em relação à liberdade de expressão, também existem tentativas de censura, ainda recentemente vimos alguns exemplos disso nas notícias. Fala-se muito que as universidades são locais onde se respeita a liberdade de expressão mas no fundo é treta porque há sempre temas e assuntos que são mal vistos, principalmente se não pertencerem às ideologias e teorias dominantes (e os alunos também por vezes ficam mal na fotografia). Fala-se muito que as universidades são locais de discussão aberta e livre, de debate de ideias, onde se reflecte e aprende sobre qualquer assunto mas, na prática, lamento, as coisas não funcionam assim em muitas universidades. Já sabemos quem realmente manda nas universidades e as pressões às quais estão sujeitos, sabemos quem tem poder e quem não tem. E ainda existem aqueles que acham que só meia dúzia de iluminados e doutos podem dar palestras e apresentar ideias e esquecem-se de que as universidades deveriam ser de todos e para todos, independentemente do percurso e especialização, independentemente de pertencerem ou não à instituição. É um tema vasto mas fico por aqui.

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  3. Mais uma investigação muito interessante:

    http://www.mitele.es/programas-tv/cuarto-milenio/592b0cf7cb15da6ff78b45ec/player

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