sexta-feira, 12 de abril de 2013

As EQM vividas por portugueses


Mais uma vez o tema das EQM e desta vez uma reportagem de cá.

Em determinado momento da reportagem, alguém diz que o que há são apenas teorias… Pois é! Contudo, para as pessoas que passaram pela experiência (e não só), não será difícil tirar pelo menos uma pequena conclusão. Eu sei que fica mal tirar conclusões, mas às vezes temos de arriscar, nem que utilizemos a palavra “parece”.

Mas isto de teorias é mesmo assim, há coisas que são apenas teorias duvidosas e desesperadas tentativas de credibilizar uma determinada área e aí as coisas passam a ser papagueadas como se fossem certezas científicas. E, em relação a outros temas que até parecem possuir mais evidências, ninguém quer tirar conclusões… Já estamos habituados!

De lembrar que cada um dos argumentos propostos pelos defensores de uma causa meramente biológica podem ser contrariados. Para que não fique a impressão de que o tema pode ter duas interpretações, poder pode e respeitam-se todas as opiniões, mas os argumentos mais materialistas têm vindo a perder terreno.

A comunidade médica não tem uma opinião unânime, mas eu tenho a certeza de que isso pouco importa para as pessoas que viveram a experiência. No final, pouco importa tudo isso, a única verdade que conta é aquela que cada um sentiu ao passar por essa experiência. E, como alguém costuma dizer, quando o mistério te bate à porta, vem sem avisar, é como se levasses um murro no estômago e depois todas as tuas ideias rigidamente estabelecidas começam a cair por terra.


2 comentários:

  1. Obrigado por postares este video Holos! É muito importante saber que estes temas são abordados aqui em Portugal.
    As EQM são realmente experiências muito interessantes e há coisas que os materialistas têm muita dificuldade em responder:
    Uma delas é o facto de muitas destas experiências ocorrerem em alturas em que o coração está parado e logo o fornecimento de sangue ao cérebro estar comprometido.
    Outra têm que ver com a qualidade subjetiva da experiência... Ainda há pouco tempo saiu um artigo na PLOSone em que se comparam as memórias de EQM com memórias de eventos reais e imaginários... verifica-se que a memória das EQM é muito mais sólida do que as restantes. Isso é nítido quando as pessoas que reportam EQM dizem que a experiência tem uma "vivacidade" fora do comum... também é dificil, tal como foi dito na reportagem, compreender como é que um cérebro moribundo possa construir uma alucinação deste tipo.
    No caso da experiência de flashback, as pessoas costumam referir que conseguem visualizar as suas memórias num tempo muito curto, com muita nitidez e detalhe. Nesses instantes parece que o tempo estica... em 2 segundos as pessoas são capazes de se aperceberem de memórias que, em situações normais, demorariam horas a serem revisitadas. Para além disso, é interessante que no flashback, normalmente, as pessoas sentem o mal que fazem aos outros como se fosse a elas próprias.
    A questão das EQM em cegos também parece muito interessante (embora eu conheça pouco sobre o assunto).
    Este é um tema muito interessante e tenho a certeza que ainda vamos ouvir falar muito nisto.

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    1. De nada! Faço-o com gosto.
      A consciência está para o cérebro da mesma forma que um locutor de um programa de rádio qualquer está para o meu aparelho rádio. Ou seja, bem que podes abrir o rádio todo, mas não encontrarás nada nem ninguém lá dentro. Podes destruir o aparelho todo, danificá-lo, diminuirás a qualidade da recepção das ondas rádio, mas, mesmo que destruas completamente o rádio, não destruirás nem o locutor nem a emissão. Eu não entendo muito de electrónica nem destas coisas de rádios, mas parece-me uma boa metáfora.
      É mais do que provável que assim seja. No entanto, quem já tomou uma decisão, quem fechou completamente a sua mente a esta possibilidade jamais aceitará isto!
      Eu penso que, em parte, essa negação está também relacionada com o "trauma" e a aversão que muitas pessoas foram ganhando em relação à religião. E por isso pensam que, aceitando estes fenómenos, terão de aceitar também tudo o que a religião diz e essa hipótese não lhes agrada. Mas não há que misturar as coisas, a religião, embora também seja baseada nestas experiências, é produto da cultura, tradição e da "roupagem" humana (para além de ser produto também de muitos interesses bem terrenos...) e muitas vezes não representa a experiência pura, não representa os fenómenos tal como eles se apresentam. A religião representa uma determinada interpretação e linguagem próprias de um determinado tempo e de uma determinada cultura. O que não quer dizer que tudo o que venha da religião seja para deitar fora, mas há que fazer uma distinção entre a experiência vivida e contada de forma pura e neutra ( sem "arranjos" e interpretações sacerdotais, sem interferências de fora) e a religião propriamente dita.

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